Na primeira oferta, não concordaram com a interferência do Estado no negócio (através da Golden Share), apesar de acharem que este era um mau negócio!!!
Agora criticam a segunda oferta e dizem que preferiam a primeira.
Então vejamos:
As candidaturas para os programas de estágios profissionais vão ser reabertas a 16 de Agosto, assegurou o presidente do Instituto de Emprego e Formação Profissional.
Ouvido pela TSF, Francisco Madelino assegurou que não há qualquer problema financeiro relacionado com a suspensão temporária destas candidaturas.
«O objectivo era com o mesmo dinheiro envolver mais pessoas. Isto é fácil de fazer com uma redução de três meses, ou seja, com a anulação da decisão de há quatro meses, poderíamos envover mais cinco a seis mil jovens em estágios», explicou.
Francisco Madelino adiantou ainda que a reavaliação que foi feitas destas candidaturas e que envolve uma proposta de redução de um ano para nove meses do tempo de estágios é feito «em nome de duas causas».
«Envolver mais jovens no mercado de trabalho em períodos em que o crescimento económico tem sido mais reduzido e a necessidade de modernizar as PME, que recebem grande parte dos apoios que vão para esta área», acrescentou.
in: TSF
"Toda a gente sabe que o caso Freeport começou com uma reunião conspirativa envolvendo um polícia, um ex-autarca (PP) e um chefe de gabinete de Santana Lopes (PSD).
Não será altura de as direcções do PP e do PSD se dessolidarizarem publicamente dessa forma de fazer política? Só para termos a certeza de que certas tácticas não têm a bênção das altas instâncias desses partidos".
in: Jugular - João Pinto e Castro
Estes valores resultam da intervenção realizada pelos técnicos da autarquia, bem como das parcerias estabelecidas no âmbito do programa DICAS (Diversidade, Inclusão, Complexidade, Autonomia, Solidariedade).
O trabalho desenvolvido pelo programa DICAS ao longo de quatro anos tem sido aperfeiçoado e foram ainda introduzidos novos projectos, tendo como objectivo a intervenção e prevenção em situações que podem ser debeladas em fase inicial.
O trabalho conjunto da autarquia, através dos pelouros da educação e da acção social, dos vários agrupamentos de escolas e escola secundária e outras entidades concelhias e de cariz nacional, são apontados como fundamentais para que os valores da taxa de abandono escolar estejam a diminuir desta forma.
Os vários projectos de intervenção, como é o Orienta-te e Segue, SEA, Férias Divertidas e, mais recentemente, o Pré-SEA.
Os números apresentados pelo programa DICAS referem que são mais de 2500 casos acompanhados e apoiados de crianças e jovens que frequentam os quatro agrupamentos de escolas do concelho e a Escola Secundária de Lousada. Esta é uma das funções no plano de intervenção, que actua ao nível do projecto SEA - Sinalização, Encaminhamento e Acompanhamento.
O número de casos sinalizados ao longo dos anos tem diminuído como se pode constatar pelos números apresentados. Em 2006 foram 879 sinalizações, sendo que 2009 teve um número superior a 275. Os psicólogos que actuam nas escolas têm o papel importante de sinalizar os casos que necessitam de encaminhamento, por exemplo, para o Centro de Saúde, Segurança Social, Comissão de Protecção de Crianças e Jovens e Centro de Recursos Especializados. Os técnicos acompanham os alunos e, para tal, envolvem os encarregados de educação.
Mais avaliações e menos sinalizações
De acordo com o relatório apresentado o número de sinalizações tem vindo a sofrer um decréscimo desde 2006, ano em que foi criado o DICAS, até à actualidade. No entanto, as avaliações psicológicas são realizadas em maior número, quando comparados os anos lectivos 2008-2009 e 2009-2010.
De acordo com o coordenador do programa DICAS, Dr. Bruno Fernandes, psicólogo da autarquia, "são vários os casos que se encontram na iminência de arquivamento. No entanto, temos sempre alguma relutância em fazê-lo, na medida em que pode surgir uma alteração repentina da situação e, por precaução, temos o caso ainda aberto".
O Pré-SEA surge no ano lectivo 2009-2010 e tem como objectivo principal a actuação junto dos alunos dos jardins-de-infância. Este processo passa por ser um rastreio das aptidões e competências adquiridas, necessárias para os processos de aprendizagem, bem como identificar as possíveis lacunas ao nível do desenvolvimento que restrinjam o sucesso educativo. O projecto prevê o encaminhamento e acompanhamento dos alunos com necessidades, de forma mais precoce. Assim, o número de crianças avaliadas no concelho, no âmbito dos quatro agrupamentos foi de 74,5 por cento.
Orientação vocacional importante na hora da escolha
O papel do DICAS vai mais além e chega a mais crianças e jovens em idade escolar. O projecto Orienta-te e Segue, através da sua vertente de orientação vocacional a partir do 9.º ano de escolaridade, apoia os mais novos nas suas opções escolares e profissionais.
Relativamente ao balanço geral realizado à comunidade escolar e aos parceiros envolvidos a avaliação, de acordo com os dados recolhidos através de inquéritos, é positiva.
A Vereadora da Acção Social, Dr.ª Cristina Moreira, salienta que o DICAS "é de todos os parceiros que estejam a trabalhar com as crianças do concelho, contribuindo para uma melhoria da qualidade de vida actuando cada vez mais cedo nas dificuldades que possam ser resolvidas de modo célere".
O papel das escolas foi também enaltecido, na medida em que é através delas que a taxa de abandono com valores tão diminutos e, como refere a Dra. Cristina Moreira, "os alunos que poderiam estar numa situação de maior predisposição para o abandono, encontrem uma saída profissional aliciante que os motive para a continuidade dos estudos".
in: TVS
O socialista Almeida Santos dá este sábado uma entrevista ao «Diário Económico» onde defende o primeiro-ministro com unhas e dentes. E chega a compará-lo a Deus: «Sócrates é como Deus nosso Senhor, está em toda a parte».
«Admiro-o por muitas razões, não só a resistência psíquica, clarividência, capacidade oratória, a de se deslocar. Ele é como Deus nosso Senhor, está em toda a parte», afirmou.
O ex-presidente da Assembleia da República, a quem José Sócrates apelidou de «Príncipe da Democracia» chama o primeiro-ministro de «amigo», uma amizade na qual tem «muito orgulho».
«Ele gosta muito de mim. Eu também gosto e admiro-o muito. E tenho muita pena que ele tenha sido tão mal tratado, tão agredido. Nunca nenhum primeiro-ministro foi tão agredido como ele e tão injustamente. Já o acusaram pelo menos de quatro coisas graves e ainda não provaram nenhuma. Mas continuam à procura», diz.
«Ele cansa um exército e quando vai a qualquer país ainda vai correr na rua», disse ainda do chefe do Governo, a quem admira ainda a «capacidade de inovação».
Almeida Santos acompanhou três primeiros-ministros socialistas, que admirou. «Tenho grande admiração por Mário Soares: pai da democracia. O Guterres: brilhante orador. Dos três, o melhor primeiro-ministro tem sido Sócrates», concluiu.
in: Agência Financeira
Morreu o Fernando Jorge. A notícia, embora esperada, calcorreou todo o concelho a partir da manhã de sábado, confirmando o infeliz desenlace do Presidente da Junta de Santo Estêvão.
Mas, sendo inevitável, sobretudo após a degradação do estado de saúde nas últimas semanas, não deixou de causar profunda tristeza e enorme perplexidade. Tristeza pela perda de um amigo leal e afável, de um autarca devotado à causa pública, de um empresário dinâmico e empreendedor, de um cidadão honrado e íntegro, de um pai e marido extremoso. E perplexidade perante a abrupta força da doença, qual inimigo poderoso e traiçoeiro, que o derrubou ainda jovem e de quem ainda havia muito a esperar.
Fernando Jorge foi um defensor intransigente e um combatente incessante pelos interesses da sua freguesia. E não lhe faltaram motivos para vincar a sua perseverança, coerência e espírito de sacrifício, sobretudo na década de 1990, logo após ter assumido, de forma algo inesperada, e por vicissitudes administrativas, a presidência da Junta.
A arremetida de alguns, que, por razões espúrias, tentaram a desanexação de alguns lugares da freguesia e a incorporação em Idães constituiu um teste difícil à sua liderança.
No entanto, provação maior sentiu na insensata intenção da transferência da freguesia para o concelho de Vizela. Perante forças poderosas, de partidos políticos à Assembleia da República, Fernando Jorge soube resistir e – com a colaboração preciosa de outros cidadãos da freguesia, diga-se em abono da verdade – manter inviolável a integridade territorial de uma freguesia pequena, mas sempre disputada. Foi notável a organização de um referendo, que, embora sem carácter vinculativo, constituiu uma expressão indizível da vontade popular, apresentando-se não apenas de forma esmagadora na consulta, como manifestando-se, por maioria avassaladora, para permanecer no concelho de Lousada.
Uma ligação afectiva que se prolongou de forma incessante em todas iniciativas promovidas pela Câmara Municipal: desde o encontro anual de cantadores de Janeiras até à realização dos Jogos Desportivos, as delegações de Santo Estêvão compareceram sempre de forma numerosa e entusiasta.
Nesta vinculação, o papel e interesse de Fernando Jorge foram decisivos, sem esquecer a sua ligação à Associação Desportiva de Lousada, de que foi dirigente da Secção Juvenil.
Estamos, pois, perante um Lousadense de corpo e alma, pronto a dar o seu testemunho de amor à terra, mesmo nas circunstâncias mais difíceis e ingratas.
Por isso, a melhor homenagem que lhe poderá ser prestada é imitar a sua permanente dedicação, o seu bairrismo sadio, a sua integridade moral.
Sucumbiu na última provação, perdendo num combate desigual, mas com a mesma dignidade com que saiu vencedor em todas as lutas para o engrandecimento, valorização e desenvolvimento da sua freguesia.
Resta-nos a sua obra e, sobretudo, o seu exemplo e a sua coragem.
por: Eduardo Vilar (Verdadeiro Olhar)
A lista de Pedro Alves foi a única a ir a votos no Congresso que decorreu este fim-de-semana em Lisboa.
De acordo com dados da organização, Paulo Alves recolheu 188 votos a favor, num total de 213 votantes.
Cinco congressistas votaram contra esta lista única, tendo sido contabilizados 20 votos em branco.
Duarte Cordeiro, que agora abandona a liderança da JS, apenas esteve no cargo dois anos (um mandato).
O novo líder da JS tem 29 anos e é docente da Faculdade de Direito.
in: iol
"Maria Amélia"
Descobri recentemente que o termo "Maria Amélia" é aplicado em alguns locais do país para descrever aquelas pessoas que andam ao sabor do vento, das imposições dos outros ou das modas. No fundo, é o nosso "Maria vai com as outras" mas com numa versão mais soft, fazendo lembrar a filha de D. Pedro I.
Pelos vistos, é o que se passa com os Deputados do PSD Lousada. Mudam de opinião consoante a camisa que vestem: em Lousada atiram com o populismo à cara dos cidadãos e tentam encostar o Presidente da Câmara e os deputados municipais do PS à parede sobre as SCUT.
No entanto, quando o âmbito de decisão é regional, mudam a camisa e escondem-se, abstêm-se e fogem àquilo que dizem, escrevem e propalam. Como pois, poderá alguém confiar nestes senhores? Poder-se-á acreditar nas suas palavras? Qual é o valor das suas intervenções? Para mim, nenhum…
Tudo isto por causa de um coelho que anda por aí a fazer das suas, a meter-se com os espanhóis e a falar mal do país aos sete ventos. Um coelhinho que quer privatizar o que de melhor temos, tornar Portugal numa colónia do neo-liberalismo e propalar um PSD que terá de mudar de nome porque o "social-democrata", deixará de existir.
É por estas e outras que, quando determinados senhores resolverem fazer intervenções deste tipo, e seja qual for a sua natureza, eu terei de intervir e lembrar-lhes que lhes faltam duas coisas: palavra e uma boa horta em casa!
Uma boa horta em casa??? Sim, e vedada! É que o coelhinho deixou apenas de comer feijões e alfaces… Agora anda também a comer tomates (ai o guloso!!!) em muitos quintais por esse país fora e, pese embora muitos até ficarem animados pela perda (!), outros há que não poderão deixar de continuar a chamar à atenção, para a necessidade de, no quintal, haverem tomates e coragem de dizer "Não!" ao coelhinho. Há coelhinhos e Marias Amélias; há vergonha e necessidade de explicar o puro devaneio!
in: TVS
Assistiu-se na última Assembleia da Comunidade Intermunicipal do Sousa e Tâmega, ao maior indecoro de que há memória no que se confere à falta de coerência, sensatez e posicionamento local no âmbito político-partidário.
Resumindo de uma forma geral, é do conhecimento de todos que o Governo de José Sócrates tinha a intenção de portajar as SCUT do Grande Porto, nomeadamente A41/A42.
Posto isto, os vários presidentes da Câmara, edis e diversos líderes partidários dos mais variados quadrantes políticos manifestaram-se e bem, contra esta medida inclusive os autarcas do mesmo partido do Governo, o Partido Socialista.
O caso de Lousada é revelador dessa postura. Desde o início que a autarquia Lousadense liderada por Jorge Magalhães, bem como todo o aparelho partidário do PS/JS Lousada mostrou-se de forma inequívoca contra essa medida do Governo, preocupando-se somente com o interesse da população Lousadense.
Esta atitude por parte do PS/JS Lousada é comprovada com o posicionamento de primeira linha da nossa autarquia e dos vários elementos socialistas contra a medida. Para além disso, e em abono da verdade, o PSD regional e local apoiou este posicionamento, apresentando assim uma postura idêntica de combate.
Até ao momento sempre houve concordância por parte de todos os círculos partidários de Lousada e da região em relação a esta questão.
Assim sendo, e face aos mais diversos protestos realizados pelos autarcas da região, o Governo voltou atrás na sua decisão e tentou alterar substancialmente a sua posição. Apresentou como alternativa, introduzir portagens em todas as SCUT do país e isentar os residentes de cada uma dessas regiões abrangidas pelas ditas estradas, desde que estejam abaixo do índice médio de poder de compra concelhio (IPCC).
Como vivemos um momento político conturbado em termos nacionais e sendo necessária a aprovação das propostas governamentais por parte da oposição, o governo assumiu o compromisso de negociar todas estas medidas com o PSD, tal como havia acordado no PEC.
A maior surpresa surge, quando o novo líder do PSD - Pedro Passos Coelho, mostra-se contra a medida de isentar o pagamento de portagem aos residentes da área de abrangência da SCUT e propõe que todas elas sejam pagas por todos na sua totalidade, sem qualquer tipo de excepções, leia-se, isenções.
Nesse sentido, o Grupo Intermunicipal do Partido Socialista decidiu apresentar uma moção na última Assembleia (que reúne todos os concelhos da região do Sousa e Tâmega) propondo, e passamos a citar, "reiterar a defesa da não introdução de portagens nas A41 e A42, apelando a que governo e PSD, nas negociações que actualmente decorrem, sejam sensíveis às particularidades da nossa região", principalmente nesta fase em que o governo recuou e é pública a postura intransigente do PSD Nacional face a este ponto.
Ao pensarmos que esta Moção seria votada favoravelmente de modo maciço e peremptório pelos representantes da região, não poderíamos estar mais enganados. Surpresa das surpresas, a grande maioria dos deputados intermunicipais do PSD fez declarações completamente incoerentes com aquilo que vinham defendendo até aqui nos seus concelhos. Referiram até, que concordavam com o pagamento de portagens nas SCUT, tal como o seu líder Pedro Passos Coelho defende.
Até o elemento representante do PSD Lousada, no momento da votação, absteve-se. Contrariando o que tinha feito há dois meses em plena Assembleia Municipal de Lousada, aquando a moção apresentada pelo PS Lousada. A grande diferença, é que nessa altura o único alvo era o Governo.
Ao depararmo-nos com isto apenas podemos concluir e lamentar algumas situações.
1 - Durante o período de tempo em que o Governo de José Sócrates foi favorável à introdução de portagens sem qualquer tipo de isenção nas SCUT, os digníssimos representantes locais do PSD, insurgiram-se, protestaram e manifestaram-se contra esta medida, referindo que os interesses das suas populações estavam em primeiro lugar. Posição salutar e que o PS da região, particularmente o PS Lousada concorda e apoia de forma inequívoca.
2 - Por outro lado, actualmente, quando Pedro Passos Coelho e o PSD Nacional assumem como postura a intenção de portajar as SCUT, sem qualquer tipo de isenção ou benefício para a população, estes representantes do PSD (inclusive de Lousada) já se escondem e esquecem-se daquilo que vinham defendendo desde há largos meses. O interesse pela sua população esfumou-se!!!
Para concluir, achamos que é lamentável que uma questão tão sensível e essencial para a nossa população, não tenha tido nesta assembleia uma resposta firme de contestação por parte dos elementos do PSD da região nomeadamente de Lousada.
A postura demonstrada através das declarações e da abstenção a esta proposta é claramente demonstrativa de que os interesses partidários dos deputados intermunicipais do PSD estão acima do interesse da população que representam.
Deste modo, qualquer que seja a explicação dada por estes senhores, esta atitude não terá desculpa possível. Foi notório o que pensam em relação aos interesses da região e ao seu partido quando foram confrontados com uma situação de fácil resolução caso tivessem sido coerentes.
Sugerimos que os presidentes de Câmara da região eleitos pelo PSD revejam o seu posicionamento político face às SCUT, porque o que é certo, é que a maioria dos seus membros está ao lado de Pedro Passos Coelho e não da população que eles próprios representam.
Uma coisa é certa, seja quem for que governe, o Partido e Jovens Socialistas da região, mais particularmente de Lousada, estarão sempre ao lado da sua população defendendo de forma acérrima os seus direitos e pretensões, mesmo que tenham de afrontar o posicionamento do PS Nacional e de José Sócrates.
Já quanto ao PSD, está mais do que visto, mudam de opinião ao sabor do vento e à custa das ideias e dos ideais do seu líder, não importando as necessidades da população de Lousada, Vale do Sousa ou Tâmega. Este foi um acto indesculpável para com a população.
Ass: Grupo Intermunicipal de deputados socialistas lousadenses
in: TVS
Parece que não. As ligações empresariais dos deputados fazem-se sentir em múltiplos sectores, e principalmente naqueles em que a promiscuidade com o Estado é mais rentável, das obras públicas ao ambiente, das finanças à saúde.
Os deputados detentores de grandes escritórios de advogados são a face mais visível desta realidade. De cada vez que um deputado/advogado debate ou elabora legislação, vacila entre lealdade ao povo que o elege e a fidelidade às empresas que lhe pagam.
Mas esta duplicidade de papéis sente-se em cada sala do Parlamento. Quando reúne a comissão parlamentar de obras públicas, com seis dos seus membros directamente ligados ao meio, mais parece estar reunida uma associação empresarial do sector. Afinal, que interesses ali se defendem? Os deputados/empresários representam o povo junto do sector, ou o sector junto do Estado?
E na saúde? Também se deverá sentir desconfortável o presidente da comissão, Couto dos Santos, administrador da construtora MonteAdriano, quando se discutam obras em hospitais ou centros de saúde.
E por aí fora. O despudor é de tal ordem que até a comissão de combate à corrupção foi presidida por Vera Jardim que, na sua qualidade de presidente do Banco Bilbao Viscaya e duma leasing imobiliária, representa os sectores mais permeáveis à corrupção, a finança e a construção civil; já para não falar do seu vice-presidente, Lobo de Ávila, que pertence aos órgãos sociais das empresas de Miguel Pais do Amaral, com inúmeras ligações ao Estado.
Os exemplos são inúmeros, a promiscuidade entre política e negócios é regra. A Assembleia aviltou-se e já nem parece um parlamento democrático. É mais um escritório de representações.
in: JN
Estamos perante uma mancha florestal de 15 hectares, marcada por grande diversidade de flora, e de um espaço com uma vinculação afectiva muito forte, quer à freguesia de Vilar do Torno e Alentém, quer às povoações circundantes.
Por outro lado, a colaboração do Parque Biológico de Gaia na concepção e desenho do projecto, constitui, já por si, um registo de qualidade e de credibilidade que importa salientar.
Na área sobrante será construída uma escola profissional de turismo, equipada com uma unidade de restauração ao serviço dos visitantes e do público em geral, numa útil complementaridade de serviços.
A decisão da Autarquia encerra várias conclusões.
Desde logo, a aposta na revalorização ambiental, na sequência, aliás, do empreendido por todo o concelho, e muito bem recapitulado na última Assembleia Municipal pelo deputado Carlos Nunes. Do Parque de Lazer circundante à Torre dos Mouros ao Parque de Lazer de Casais, do parque temático de Sousela até à zona de lazer de Cernadelo, passando pela concretização do Parque Urbano da Vila, perpassa uma visão clara da importância concedida à criação de áreas de convívio com a natureza, favorecendo a ocupação dos tempos livres, o lazer e o recreio.
Depois, a dimensão pedagógica do projecto. Visitas guiadas, ateliês, jogos educativos, sessões temáticas, observatórios e muitas outras actividades poderão ser realizadas, acentuando a acção educativa no respeito pela biodiversidade e pela convivência pacífica entre o homem e o meio natural.
O carácter turístico também será preponderante. Um equipamento destas características capitaliza enorme interesse, atrai muitos visitantes e suscita um dinamismo proveitoso.
Finalmente, e não menos importante, é a perpetuação da figura do senhor Rui Feijó, antigo proprietário, falecido em 15 de Maio de 2008, cuja conduta política, cultural, social e humanitária o remete para um dos lugares mais nobres na vida do concelho e do país. Será, pois, a consagração legítima e a homenagem mais bela que lhe poderia ser prestada.
Aliás, a sua família, comungando dos mesmos princípios, facilitou a realização de um empreendimento que, indiscutivelmente, marcará a história do concelho e da região, preservando e potenciando a Mata de Vilar como espaço emblemático e dando um sinal favorável de como, em tempo de crise, é sempre possível encontrar sinais de esperança.
in: Verdadeiro Olhar