A JS Lousada, pelo Comunicado n.º 3/2007, já havia denunciado o plágio do, à altura, Presidente da JSD Lousada, Joaquim Mota.
Três anos volvidos e a falta de ética e seriedade parecem ter-se espalhado para o PSD Lousada. Desta vez, o plágio encontra-se encoberto mas, devidamente e em boa altura, foi descoberto.
Foi-o porque há pessoas que querem passar uma imagem de seriedade, conhecimento e domínio de matérias que não têm a mínima correspondência com a realidade. É um show-off, um palco onde andam a encenar virtudes e a propalar filosofias mas que, in veritas, mais não são do que fumaça.
O caso em questão acontece novamente com uma pessoa que tem responsabilidades na área da educação e que ensina filosofia. As nossas perguntas são: que filosofia será? É esta a filosofia que ensina à juventude? Onde estão a ética, a verdade e a sapiência? É caso para dizermos, como Platão, "são muitos os que usam a régua, mas poucos os inspirados"?
O texto em questão foi "escrito" pela Professora de Filosofia, Dra. Maria Cândida Novais, e publicado no Jornal "Verdadeiro Olhar" (que não tem qualquer responsabilidade no sucedido), tendo por título "Tempos conturbados e um verão para anestesiar os pensamentos".
Ora, o plágio encapotado a que nos referimos tem por base um texto, da autoria do Eng. Álvaro Santos e foi publicado no dia 9 de Abril de 2010, com o título "Horizonte: Reinventar o QREN" no Semanário do Grande Porto e no Povo Livre (pág. 11). É fácil de detectar, apesar de a autora ter colocado umas vírgulas e uns pontos para tentar disfarçar os "pensamentos anestesiados", a falta de alma, conhecimentos e imaginação com que escreveu o dito artigo. Daí que se aconselhe uma comparação atenta de ambos os textos. No entanto, não podemos deixar de realçar algumas partes, sendo que existem muitos mais exemplos, pelo que aconselhámos a comparação:
Eng. Álvaro Santos: Três anos volvidos, a execução do QREN registou uma baixíssima taxa de execução de 9%. No período homólogo, o QCA III registava uma taxa de execução de 25%. Sinal dos tempos. Tempos conturbados. De crise internacional. De crise nacional. De desemprego. De convulsões sociais. De angústia. De falta de esperança.
Dra. Cândida Novais (PSD Lousada): Três anos volvidos, e o QREN registou uma baixíssima taxa de execução de 9%, resvalando em tempos difíceis de crise nacional, desemprego, contestação social e muita angústia.
Eng. Álvaro dos Santos: A verdade é que aquele que "poderia", e deveria ser, um instrumento privilegiado de promoção da competitividade, do desenvolvimento regional e de estímulo à coesão social e territorial, tem esbarrado em sucessivos pecados capitais.
Dra. Cândida Novais (PSD Lousada): A verdade é que, aquele que deveria ser um instrumento privilegiado de promoção da competitividade, do desenvolvimento local e de estímulo à coesão social, tem sido constantemente reavaliado e entrado em confrontação com a realidade, como a que vivemos e que não foi pensada para a aplicação destes fundos comunitários, criados para uma sociedade em crescimento económico.
Eng. Álvaro dos Santos: (…) o QREN aposta em grandes projectos de obras públicas, em detrimento dos investimentos de proximidade, tão importantes para ajudar a ultrapassar os tempos de crise actuais. Ao negligenciar o papel das PME e das autarquias, o QREN não está a contribuir para o reforço da economia e do desenvolvimento local e regional. (…)
Dra. Cândida Novais (PSD Lousada): (…) o QREN aposta em grandes projectos em detrimento de investimentos de proximidade, fundamentais para auxiliar a ultrapassar a crise difícil que atravessam as PME´S e as autarquias, que acabam por serem negligenciadas, o que em nada contribui para o reforço da economia e do desenvolvimento local sustentável. (…)
Seria bem mais fácil, humilde e meritório colocar a fonte/autor do texto e o problema estaria resolvido. Mas não. Opta-se pela mentira e omissão.
É vergonhosa esta actuação, mais ainda da parte de quem vem. O texto já foi analisado por várias pessoas que nem sequer filiações partidárias têm, e a unanimidade na análise é geral. E mesmo que se pudesse considerar que as alterações cosméticas não enformam o crime de usurpação, ainda assim, a verosimilhança é tão forte e acentuada que só demonstra uma falta de carácter, de ideias e de conhecimentos que nos fazem agradecer ao Povo Lousadense não lhe ter confiado, cara Dra. Cândida Novais, qualquer responsabilidade política nas últimas eleições.
Pior, só mesmo pensarmos que continua a guiar a juventude lousadense, que exerce uma profissão que deveria ter regras deontológicas e de interesse público, as quais nos parecem estar longe de serem cumpridas.
Relembramos o prescrito no Código dos Direitos de Autor, no seu artigo 195.º: "comete o crime de usurpação quem, sem autorização do autor ou do artista, do produtor de fonograma e videograma ou do organismo de radiodifusão, utilizar uma obra ou prestação por qualquer das formas previstas neste Código."
Trata-se de mais um acto isolado ou, uma vez mais, a tónica do PSD Lousada a vir ao de cima? São estas as ideias renovadoras do PSD Lousada? Ideias baseadas na cópia encapotada, no plágio e na vergonha depois de se ser descoberto? Os lousadenses têm mais uma vez a prova de que são feitas as "opiniões" dos membros do PSD Lousada.
Primeiro a estrutura da JSD, agora o PSD Lousada. Depois da repetição destes casos, que credibilidade têm os artigos destas pessoas?
Políticos como estes? Não obrigado!
O original é sempre melhor!
JS Lousada