31 de maio de 2010

Comissão Nacional do PS aprova apoio a Manuel Alegre

Comissão Nacional aprovou por larga maioria apoio à candidatura presidencial de Manuel Alegre, sob proposta do Secretário-Geral, José Sócrates. Francisco Assis comunicou a decisão aos jornalistas, frisando tratar-se de uma candidatura independente, perante a qual o PS tomou “uma posição clara, consciente e por ampla maioria”. No final da reunião, José Sócrates considerou que "a candidatura de Manuel Alegre honra o país".

Francisco Assis esclareceu que a decisão ocorreu após um tempo de reflexão e de debate, frisando que “numa questão tão importante não faria sentido que o PS não tomasse posição”, como alguns defenderam. Para Francisco Assis, Manuel Alegre tem condições para ganhar e para ser um bom Presidente da República.

A decisão foi tomada por uma significativa maioria, com apenas 1 abstenção e 10 votos contra.

in: manuelalegre.com

Afinal...


Realmente há coisas do diabo.

Pacheco Pereira fazia questão de se "atirar" à Lusa e à sua linha editorial politíca, acusando-a de ser "simpática" para com o Governo de José Sócrates.

Ou seja, faz o que é costume, atira a pedra e esconde a mão, nunca chegando a efectivar o que realmente queria dizer.

E não é que para espanto de todos nós, é noticiado que o editor e Responsável Político da Lusa - Rui Baptista, saiu da dita agência para agarrar com toda a força, o lugar de assessor de Pedro Passos Coelho.

Pacheco Pereira mais uma vez a trabalhar bem. Lança o fumo sem fogo, a suspeição, o diz-que-disse, para depois nos presentear com isto!

30 de maio de 2010

Submarinos: Um negócio Europeu

A publicação na revista "Der Spiegel" de notícias sobre os processos judiciais em curso em Portugal e na Alemanha sobre as suspeitas de corrupção, burla e falsificação rodeando a compra de submarinos e em que o Estado português é o principal lesado, levou imediatamente o Presidente da Comissão Europeia a mandar dizer que não tinha tido “intervenção directa ou pessoal” na negociação do contrato, além de participar na decisão colectiva em Conselho de Ministros.

Dos processos Somague e Casino já se conhece ao Dr. Durão Barroso este jeito de sacudir responsabilidades; ainda que, neste caso, ao sacudi-las, fique atascado na mais diminuidora irresponsabilidade – um Primeiro Ministro que não quis saber de como se fazia, como se pagaria, a mais cara aquisição feita pelo seu país em décadas... Enfim, o seu Ministro da Defesa que se defenda.... (e, com sorte, talvez consiga encontrar lá em casa, entre os milhares de documentos fotocopiados que levou do Ministério, a acta desaparecida do contrato das contrapartidas e o contrato de “leasing” onde se fixam as condições e o prazo de pagamento pelo Estado ao consórcio financeiro, engendrado pelo BES, que financiou a aquisição dos submarinos.)

Mas este é um processo que, além de responsabilidade políticas e criminais a nível nacional em Portugal e na Alemanha, pode implicar violação de normativo comunitário - incluindo das regras da concorrência, desde logo aplicáveis aos sectores industriais supostos beneficiar das contrapartidas dos submarinos. E pode questionar a integridade e transparência das contas que Portugal é suposto prestar a Bruxelas, respeitando as regras do EUROSTAT.

Em causa pode estar, também, o cumprimento por Portugal das Directivas reguladoras das aquisições de equipamento de defesa, promovidas pela Comissão e aprovadas pelo PE em 2009, que deverão ser transpostas para a legislação nacional até 2011 e que exigem a comunicação integral à Comissão Europeia de todos os dados relacionados com aquisições de equipamento de defesa. Ora o contrato para o fornecimento dos submarinos foi assinado em 2004, mas a entrega do primeiro só deverá processar-se este ano e os pagamentos - se o contrato não for entretanto denunciado ou renegociado – passarão a fazer-se a partir de 2011 por mais 12 anos, ou seja até 2023, segundo se deduz da Lei de Programação Militar.

Todos estes elementos deveriam levar o Presidente da Comissão Europeia a ordenar sem demora o desencadeamento de uma investigação da Comissão Europeia ao processo de aquisição de submarinos em que é comprador o Estado português e em que são vendedoras empresas alemãs.

Seria, antes de mais, um antídoto contra especulações sobre o seu papel neste negócio enquanto Primeiro Ministro: tudo espelhar face ao “Der Spiegel”. Seria, também, uma boa maneira de ajudar a defender os interesses e recursos do Estado português, quando a crise e o PEC impõem medidas de contenção orçamental drásticas. Seria, ainda, uma forma de ajudar toda a UE (Alemanha incluída) a combater os esquemas opacos e corruptos que têm caracterizado as aquisições militares e de incentivar o cumprimento das novas Directivas reguladoras do mercado de equipamentos de segurança e defesa. Seria, finalmente, uma boa maneira de a Comissão Europeia auxiliar Portugal a resistir a uma eventual “retaliação germânica”, esgrimida por aqueles (incluindo dois ex-CEMAs) que sustentam que Portugal deve receber os submarinos e amochar prejuízos e ofensas, com o argumento de que a denúncia do contrato seria uma “afronta à Alemanha”.

Armado de investigação comunitária e da legislação europeia na matéria, o Presidente Durão Barroso saberá fazer ver à sua apoiante e correligionária Senhora Merkel aquilo que os procuradores alemães logo toparam: que os contratos estão viciados por corrupção, falsificações e burlas várias e o grande lesado é o Estado português. Acresce que a justiça e a imprensa germânicas vêm demonstrando que as empresas em causa têm recorrido por sistema à corrupção para lograrem contratos destes em todas as latitudes, não só em Portugal. Além de moralizador, o impacto poderia ter também efeitos equilibradores relativamente ao preocupante “superavit” externo que a Alemanha vem cultivando à custa dos “deficits” dos seus parceiros da zona euro. E, pelos vistos, à custa de exportações propulsionadas sistematicamente por subornos e esquemas criminosos.

por: Ana Gomes - Eurodeputada
in: Aba da Causa

29 de maio de 2010

Greve!

Pedro Adão e Silva diz:

‘Quando mais precisávamos de um movimento sindical internacionalista, temos uma CGTP que cultiva uma política isolacionista. A recusa em aderir à nova Confederação Sindical Internacional pode parecer uma questão menor, mas não é: prejudica a nossa capacidade institucional para responder à crise. Hoje, em lugar de estar com os sindicatos europeus autónomos, a CGTP escolheu descer a avenida lado a lado com os sindicatos politicamente tutelados que pertencem à Federação Sindical Mundial. Os sindicatos de democracias pujantes como a Coreia do Norte, Bielorrússia ou Síria.’

in: Câmara Corporativa

28 de maio de 2010

Votar uns pelos outros

Circula um abaixo-assinado que propõe a redução do número de deputados na Assembleia da República.

Esta medida, única e exclusivamente apoiada pelo PSD, para além de populista e demagógica, vai contra todos os estudos sociais e políticos, uma vez que a sua aprovação resultará numa diminuição drástica da representação dos partidos mais pequenos e também das regiões menos desenvolvidas do país.

Já estou a ver, o Dr. Pacheco Pereira e Mota Amaral a promover um tipo de votação como os Russos fizeram esta semana:


Ainda a Moção

Uma moção de censura apresentada pelo Partido Comunista Português num momento como este, é algo que ainda não consegui entender. Mas tudo bem...

O problema é que depois vêm-me à memória conceitos como Gulag e Grande Expurgo...

27 de maio de 2010

“Portugal não está numa situação catastrófica”

Ricardo Salgado, ao Diário Económico, diz que é importante explicar o que está a ser feito em Portugal para atacar a crise.

O presidente do Banco Espírito Santo garantiu, em declarações ao Diário Económico, que "Portugal não está numa situação catastrófica". Ricardo Salgado, que integra o ‘roadshow' a Wall Street, reconhece que o momento é de uma crise global, que afecta toda a economia, incluindo a Americana", mas recusa que Portugal seja posto em pé de igualdade com a Grécia.

"A forma de o fazer [mostrar que Portugal é diferente] é ir para lá [aos mercados internacionais] e explicar o que está a ser feito em Portugal", tal como o evento que decorre hoje em Wall Street, sublinhou Ricardo Salgado. O presidente do BES deu ontem uma entrevista à cadeia de televisão CNBC, onde frisou que "Portugal não está na mesma situação da Grécia".


Para o banqueiro esta é "uma crise de liquidez" e, por isso, "há que ter paciência e esperar pelos resultados das intervenções, nomeadamente na Europa e esperar que os mercados acalmem". No entanto, Ricardo Salgado, ainda em declarações ao Diário Económico, deixou um alerta: "os bancos centrais têm de ser mais rápidos a responder às crises de liquidez, para dar mais confiança aos mercados".

in: DE


Mundial 2010

Jerónimo de Sousa diz que não perde, por nada deste mundo, o jogo entre Portugal e a Coreia do Norte.

Getting the Euro Zone Back to Work

"Bailout packages, austerity programs and liquidity operations are only one part of the solution to the euro zone's woes. If the common-currency bloc is serious about restoring its financial credibility, it needs to tackle its weak productivity growth and chronic lack of competitiveness. Ten years ago, the European Union set out its Lisbon Agenda, which was supposed to turn the region into "the most competitive and dynamic knowledge-based economy in the world" by this year".

Dr. Medina Carreira e os politicos malvados


Todas as pessoas que trabalharam com Medina Carreira deveriam dar a sua opinião pessoal e profissional acerca desta figura "proeminente" da nossa sociedade.

Tenho especial curiosidade em saber a opinião de Mário Soares.

Existe a necessidade de darem tempo de antena aos "do outro lado".

26 de maio de 2010

Funeral


Quando é que é a missa de sétimo dia da comissão do dr. Mota Amaral, simultaneamente presidente, cangalheiro da mesma e encomendador do piedoso acto?

por: João Gonçalves, Portugal dos Pequeninos

25 de maio de 2010

Duas ideias...


1 - "A ver se eu percebi. Pedro Passos Coelho, "para salvar o país", deu cobertura à solução única encontrada pelo governo. Uma semana depois, afirma junto de empresários que os problemas do país só se resolvem com eleições, presumo que depois das presidenciais. Entretanto, abstém-se na moção de censura do PC, mas antecipa uma consequência política se as conclusões da comissão de inquérito indicarem habitar em São Bento um mentiroso. Ou seja, por um lado apoia-se o governo, por outro acena-se com eleições antecipadas duas vezes numa semana. É obra".

2 - "Pois claro, há quem queira ouvir as escutas porque está muito preocupado com o estado da nação. Não tem nada a ver com estratégias pessoais, nem com tentativas de mostrar que uma estratégia errada e iníqua era a certa. Quer-me parecer que os mártires, desta vez, vão ficar a falar sózinhos. Nem todos ajudam como Sócrates ajudou. Que vão falando".

Clima Económico Europeu

A culpa também é do PM - JS?

A Itália corta, a Alemanha aperta, a Espanha suspende, a Inglaterra adia, a Grécia... enfim, a Grécia.

Tudo por causa das Finanças Públicas.

Não deixa de ser impressionante - a crer nos mais avalizados comentadores portugueses - a influência nefasta que José Sócrates tem exercido por essa Europa fora.

Ou - nas sábias palavras de Dona Judite - o que andou esta gente, distraída, incapaz, a fazer em 2009?

in: Câmara Corporativa

24 de maio de 2010

E se os Gestores fossem, também eles, substituidos por máquinas?


"A partir de Junho a Brisa vai começar a substituir os trabalhadores que estão nas portagens por máquinas, revela o Jornal de Negócios.

A automatização será feita de forma gradual e em paralelo a concessionária avança com um processo de rescisões voluntárias a 1280 operadores. Segundo o diário, a concessionária tem previstas medidas de apoio à criação do próprio emprego, formação e “outplacement” para ajudar a colocar no mercado de trabalho os colaboradores dispensados.

O projecto de automatização vai abranger toda a rede de auto-estradas em Portugal, num total de 1160 quilómetros de extensão. O sistema já estava a ser testado desde 2008, altura em que a empresa liderada por Vasco de Mello instalou 24 máquinas de cobrança na A17. O chamado “Via Manual” foi também implementado em Fevereiro deste ano na A15".

in: Público

Obras Públicas

Por que é que os fundamentalistas da suspensão de todos os investimentos em obras públicas (aeroporto, autoestradas, etc.), mesmo que nenhuns encargos trouxessem para as finanças públicas (como o aeroporto), se esquecem de excluir outros bem dispendiosos, como o alargamento da rede de metro em Lisboa e no Porto?
por: Vital Moreira

23 de maio de 2010

Jornalismo à Portuguesa

Podia ser a TVI, mas é simples ficção do blog Correio Preto:

"Num rigoroso exclusivo e citando "fontes bem colocadas junto do executivo", o Correio Preto vai avançar amanhã, sexta-feira, com a notícia de que o Governo tem plnaos para reforçar os investimentos públicos, planeando a construção de uma estação espacial a ser instalada na Ota.

Obviamente, o Correio Preto conta, com esta notícia, ser citado pelas rádios, televisões e sites, provocando que a notícia dure umas horas. Para isso, conta ainda com a colaboração de todos os partidos que tratarão de comentar, criticar e pedir a presença na Assembleia da República, com carácter de urgência, do ministro das Obras Públicas. Assim, a notícia vive mais umas horas e anima a vida dos portugueses.

Depois, a meio da tarde, José Sócrates irá desmenti-la até usando o argumento de que, nesta altura, esse tipo de investimento seria rídiculo e impensável. Mas à noite, via telejornais, a notícia irá manter-se, baseando-se, antes de mais, na notícia do Correio Preto. E com as óbvias reacções dos partidos. E só depois o desmentido oficial.

No sábado, logo pela manhã, o mesmo Correio Preto conta fazer outra manchete, não pedindo desculpa aos leitores, não admitindo que foi um erro, mas com a história "completa": o Governo tinha mesmo intenções de construir a estação espacial, mas foi a notícia do Correio Preto que obrigou José Sócrates a recuar. E para apimentar a coisa, acrescentaremos que sob pressão de Cavaco , de acordo com "fontes em Belém", e de Pedro Passos Coelho que até admitiu romper o acordo com o Governo.

E assim andará o Correio Preto feliz e contente até, daqui a umas semanas e perante a queda de audiência, tenha mais criatividade para outra grande "cacha": citada, comentada e desmentida. Mas o que importa? A audiência sobe, não sobe"

21 de maio de 2010

«Parem a oposição às civilizações»

O vídeo que recebeu o prémio de Melhor Critica Política - Parem com as comparações entre o Ocidente e o Oriente.

Um partido Sexista

O último congresso do PSD saiu uma nova liderança, jovem e jovial, a querer fazer um corte geracional com o passado. Saíram sinais, linhas de tendência. Nas palavras, nos discursos. Na composição dos órgãos nacionais. Leitura rápida. Há um novo PSD. Um PSD mais liberal, na economia, na sociedade. Um PSD brando nos costumes, ligeiro nos princípios. Um PSD que não perde tempo, sempre a abrir, a pensar no futuro.

A palavra mais usada foi unidade. Unidade real ou virtual. Pouco importa. Unidade rompida. Para a escolha do Conselho Nacional. O resultado foi surpreendente. Absolutamente bestial.

Saiu uma heroína: Sofia Galvão. Quem é Sofia Galvão? É uma das figuras mais inspiradoras entre as sociais-democratas, advogada e cronista, sendo a única mulher a conseguir entrar para o Conselho Nacional. O órgão mais importante entre congressos. Em cinquenta e cinco membros, em representação do Continente e das regiões autónomas, 55, repito para não me enganar, houve lugar para uma e só uma senhora. Sofia Galvão. Extraordinário.

Esta é a tendência no novo PSD. Em todos os órgãos nacionais. Entre os 89 escolhidos, lá estão oito mulheres, 8, repito para que não se enganem. Esta é a linha de ruptura prometida pela nova direcção. Um partido sem quotas. Um partido sem pruridos. Um partido onde a palavra discriminação não faz sentido.

Esta é a expressão mais ridícula que um partido deu até hoje à igualdade de género. Esse complexo de esquerda que deve ser banido deste PSD liberal, brando e ligeiro. Um partido em que as mulheres foram afastadas da decisão política interna. Sem apelo nem agravo. Péssimo sinal.

O que mais me escandaliza é que ninguém falou sobre isso. Ninguém denunciou esta situação. Todos deram is-so como normal no PSD. Nem uma voz contestatária. Ninguém. A começar pelas próprias mulheres sociais-democratas. Extraordinário. Este PSD sexista.

Depois da "lei da rolha" pensei que nada mais me escandalizaria no PSD. Estava enganado. Este partido está sempre a surpreender-me. A surpreender o País.

por: Miguel Freitas - Deputado PS

in: DN

Prof. Marcelo is back...

"Mas alguém pára a versão tuga do Speedy Gonzalez apimentado com o síndroma Nuno Rogeiro, ou seja, a capacidade de comentar sobre tudo e mais um par de botas?

Marcelo admitia esta semana que queria voltar à TV e à "adoutrinação publica", perdão, à opinião televisiva. A TVI faz-lhe a vontade, depois de o ter atirado borda fora por causa dos ataques a essa obra prima do ridículo chamada Santana Lopes.

A verdade é que o "Grande" Marcelo revelava-se na TVI. A cumplicidade com o seu interlocutor, deixava saltar o animal gregário de Marcelo: acutilante, brilhante, centro do universo, dono da razão, próximo de uma audiência transversal que à 2ª feira desenhara a sua opinião por aquilo que o Professor comentava ao Domingo.

Marcelo não voltou a ser um "fenómeno" como foi na TVI porque passou a ter pela frente algum cinzentismo que lhe refreava os ímpetos apaixonados.

Em plena crise mas, SOBRETUDO, com um novo lider no PSD, alguém conseguia calar Marcelo? Nem que fosse no prime time da rádio regional de Vila Velha de Rodão. Mas ele tinha que "soltar a franga".

Vai ser giro de assistir. Ai se vai. O PPC é que deve estar já a pensar como fazer uma das suas declaraçoes de amor, bem sucedidas, como se viu no Congresso com o AJJ".

Mónica Andrezo Pinheiro
in: Blog de Esquerda

Uma boa oportunidade para...

Ontem:
- O líder parlamentar do PSD considerou hoje que "será uma loucura" o Governo português prosseguir com o projecto do TGV Lisboa-Madrid sabendo que Espanha o vai suspender do lado de lá da fronteira.

Hoje:
- Esta noite um telefonema do ministro do Fomento espanhol, José Blanco, para o ministro das Obras Públicas, António Mendonça, deu a confirmação: a parte espanhola da ligação entre Madrid-Lisboa não vai ser adiada.

in: DN

Considerações

"CDS e PSD combatem desenfreadamente e descaradamente o Rendimento Mínimo! Sabemos que existem abusos que devem ser suprimidos, mas isso não coloca em causa a medida social. Trata-se de um apoio social para pessoas em situação de pobreza. Cada beneficiário recebe em média 89€. De 2003 a 2008, a fiscalização aumentou 783%!"
João Paulo Correia - Deputado PS

20 de maio de 2010

Francisco Assis acusa deputados do PSD na comissão de "incidente" para manter suspeição sobre Sócrates

O líder parlamentar do PS acusou hoje os deputados do PSD na comissão de inquérito de, à falta de provas, quererem "manter a suspeição" de que o primeiro ministro mentiu sobre a tentativa de compra da TVI.

"Não lhes sendo possível provar que o primeiro ministro mentiu à Assembleia da República e que o Governo interferiu na decisão da PT nem negociar a entrada no capital da TVI, porque isso não sucedeu, aqueles deputados querem pelo menos manter uma situação de suspeição, o que só pode merecer o mais veemente repúdio", declarou Francisco Assis.

Assis falava em conferência de imprensa, no Parlamento, numa reação à posição manifestada hoje pelo deputado do PSD Pacheco Pereira segundo a qual os elementos recolhidos nos resumos de escutas enviadas à comissão de inquérito demonstram a "existência de uma operação política de carater conspirativo de controlo dos órgãos de comunicação social" que era do "conhecimento do primeiro ministro".

in: LUSA

Unicamente para descontrair

Tá visto, e pode-se comprovar pela imagem.
O Presidente do Irão, Mahmoud Ahmadinejad, é Social Democrata e apoiante da politica de Verdade da Manuela Ferreira Leite

Nos passos perdidos: Frasquilho pega-se com Frasquilho em mais um debate aceso entre os dois

"O dia seguia calmo na Parlamento quando, de repente, Miguel Frasquilho e Miguel Frasquilho encontram-se nos passos perdidos e irrompem num aceso debate. Tal foi a zaragata que todos os grupos parlamentares largaram o que estavam a fazer para ir ver o que se passava.

A coisa ia chegando a vias de facto quando Miguel Frasquilho disse que Portugal estava na bancarrota por causa das políticas do PS, isto segundos depois de Miguel Frasquilho ter dito que Portugal ia de vento em popa por causa das políticas do PS. Nesse momento, Frasquilho agarra-se a Frasquilho e se não fosse Ferreira Leite e a sua mala carregada com um tijolo, “os dois tinham-se matado ali” – como confirmou ao Imprensa Falsa um deputado comunista que diz que já não é a primeira vez que vê os dois pegados.

Entretanto apareceu Jaime Gama e mandou todos os deputados para as suas salas, menos Miguel Frasquilho e Miguel Frasquilho, que acompanharam o presidente ao gabinete. Segundo o Imprensa Falsa conseguiu apurar, Jaime Gama teve uma conversa franca com os dois e tentou convencê-los a respeitarem as ideias de cada um. Mas o esforço do presidente da Assembleia terá sido em vão, porque Miguel Frasquilho saiu esbaforido do gabinete, dizendo apenas "respeitar as ideias deste gajo? Nunca! Antes borrar um pé todo até ao joelho". E bateu com a porta."

in: Imprensa Falsa

19 de maio de 2010

«Obras Públicas: Ziguezague do PSD»

Com a ascensão à liderança de Pedro Passos Coelho pensámos que o ziguezague tinha sido banido do seio do PSD. Tinha chegado um novo líder e com ele uma linha de rumo clara, transparente e objectiva.

Pensámos que tinha terminado a diversidade de posições a que fomos sujeitos nos últimos anos. Eram as opiniões dos barões, dos candidatos, da líder e dos ex-líderes.

Afinal, rapidamente, aquilo que foi uma vitória esmagadora de Pedro Passos Coelho e de uma encenação de união com a expectativa de que o rumo agora era claro e uno acabou por se esboroar passado um escasso mês sobre o Congresso.

Falo, obviamente, de obras públicas. Falo do investimento do Estado em obras decisivas para o futuro do país e para a competitividade dos territórios.

E se as posições divergentes são legítimas em política, se os pontos de vista e as estratégias são diferentes, não vem daí nenhum mal ao mundo. O problema surge quando um partido político com a responsabilidade do PSD não tem um rumo claro sobre esta matéria, não tem uma estratégia linear sobre uma questão tão importante como são as obras públicas.

Por um lado, Pedro Passos Coelho escreveu, recentemente, no livro que editou durante a campanha interna a líder que o aeroporto “deve avançar de acordo com o calendário previsto” e o TGV “deve prosseguir na medida em que permita a ligação à rede de alta velocidade espanhola e europeia”, mas, já esta semana, Miguel Relvas, Secretário-Geral do PSD, afirmou que “o Governo deverá suspender imediatamente todas as grandes obras públicas anunciadas”.

Ora aqui está como as coisas acontecem ao sabor dos ventos e conforme alguns comentadores da praça vão discorrendo sobre esta matéria.

E como se tudo isto não chegasse, são agora as distritais do PSD também a falar. Mas a falar para aplaudirem as obras públicas lançadas pelo Governo. Refiro os casos da distrital do PSD de Leiria que em comunicado se congratulou com a finalização do contrato de concessão do Pinhal Interior, dizendo mesmo que o projecto representa uma oportunidade de recuperação económica para a região.

Mas sobre esta mesma concessão (Pinhal interior), o deputado do PSD Miguel Frasquilho afirmou à TSF que o avanço da construção da auto-estrada Pinhal Interior é “um sinal negativo” por parte do Governo.

Já sobre a Auto-Estrada Viseu Coimbra e IC12 que o Governo tem em curso é o PSD de Viseu e dos concelhos limítrofes a clamar pela sua realização e mesmo a aprovarem moções e a efectuarem declarações nas Assembleias Municipais para que as mesmas (e outras) avancem a toda a força, quando na Assembleia da República os deputados do PSD as contrariam.

Depois temos ainda o Presidente da República a dizer que os investimentos públicos devem ser repensados e temos agora uma brigada de economistas zeladores do bem comum que querem também entrar no jogo político pedindo para serem recebidos por Cavaco Silva para se manifestarem contra as obras públicas.

Enfim, cenas políticas de um profundo desrespeito pelos resultados eleitorais e pela legitimação democrática de que o governo está investido.

Em tudo na vida há limites. E também na política devia haver limites para a decência e para o decoro!

Este é um combate que vale a pena travar! A economia e o emprego exigem a nossa disponibilidade para este combate.

Acácio Pinto - Deputado PS
in: Acção Socialista

Moção de Censura - PCP

Ou a Moção de Censura apresentada pelo PCP é uma bricadeira de mau gosto, ou hipocrisia política.

Sabendo de antemão que esta seria reprovada, como é costume o PCP decide fazer "show off", incitando a população ao protesto em massa.

O facto de apresentarem uma Moção de Censura, é algo extremamente importante e sério para ser feito de ânimo leve como parece ser o caso.

Se uma Moção de Censura fosse aprovada neste momento, o Governo teria que cair obrigatóriamente. O principal problema seria a visão que passavamos para o exterior, num momento em que somos observados muito atentamente pelos organismos internacionais.
A consequência imediata poderia ser um agravamento acentuado do défice, e "boas-novas" das agências de rating e do FMI.

O mais grave é que o PCP tem memória curta e não se lembra que eram eles que "patrocinavam em larga escala" o Governo em 1983, quando o FMI tomou conta das finanças públicas Portuguesas.

18 de maio de 2010

PS quer obrigar municípios a divulgar atribuição de subsídios a associações

O grupo parlamentar do PS quer que os critérios de atribuição de subsídios às associações por parte dos municípios passem a ser divulgados publicamente, defendendo também a obrigatoriedade da publicitação dessas decisões nos sites das autarquias.

Segundo o deputado penafidelense, Nuno Araújo, o partido entregou na segunda-feira na Assembleia da República um projecto de lei que pretende gerar "mais transparência" sobre a matéria, o que permitirá um "escrutínio concreto" da actividade das organizações e das prioridades das câmaras sobre o financiamento de instituições locais.

"Não queremos ter nenhuma atitude paternalista no que tem a ver com a gestão que as autarquias fazem dos recursos financeiros, mas achamos que o ideal, quer para a classe política quer para o movimento associativo, é que se possa fazer um acompanhamento mais próximo das decisões tomadas pelas autarquias de ano para ano", disse à Lusa.

Com o projecto de lei, o PS quer alterar parte da Lei de 1999 que regula as competências e o regime jurídico de funcionamento de municípios e freguesias e fazer com que as câmaras tenham de identificar anualmente as actividades de interesse municipal a privilegiar e os respectivos critérios de atribuição.

Além disso, refere o documento, as decisões de comparticipar o programa desses grupos terão de ser divulgadas nas páginas da Internet das autarquias "durante cinco dos 10 dias subsequentes à tomada da deliberação".

Nuno Araújo defende que, com estas regras, o próprio movimento associativo e todas as forças políticas das assembleias municipais poderão avaliar as prioridades definidas e perceber de que forma o trabalho associativo está a ser valorizado, "o que não acontece neste momento".

"Numa altura de dificuldades como a que se vive, as associações têm cada vez maior importância", afirmou o deputado.

Sobre os critérios de entrega dos subsídios, o socialista considerou que a sua escolha faz parte da autonomia dos executivos, mas apontou a taxa de execução e o plano de actividades da organização como exemplos "mais evidentes".

in: JN

A Vassoura

Se fizermos uma breve pesquisa, o local onde percentualmente aparece mais vezes o nome José Sócrates, é bem capaz de ser o jornal Povo Livre do PSD.

Tudo o que lá se escreve, não me admira. No entanto, fiquei espantado com o artigo de Vasco Graça Moura, quando diz:

- O eleitorado devia ter varrido o PS do mapa político há muito tempo! E admira-me que o Presidente da República ainda não o tenha feito.

Uma coisa é verdade. No que se refere ao eleitorado, VGM não poderá usar a força para este mudar de opinião. Resta-lhe continuar a mandar bitaites contra o Presidente da República - Cavaco Silva. Lá para 2011, talvez seja feita a sua vontade (...depois das presidênciais).

17 de maio de 2010

Sócrates responde à Comissão de Inquérito

“Ao fim de semanas de inquirições, esta comissão não recolheu um único testemunho conhecedor dos factos, um único documento preparatório do negócio ou qualquer outro elemento de prova que contraditasse aquilo que afirmei ao Parlamento [no dia 24 de Junho]”, escreve o primeiro-ministro.

E diz que “todo os intervenientes relevantes no processo negocial entre a PT e o grupo Prisa vieram confirmar diante desta comissão, sob juramento, que não tinham prestado ao Governo, ou a mim próprio, qualquer informação relativa a este negócio”.

Consulte aqui, as respostas do Primeiro-Ministro.

in: Público

Esta é boa, PPC

PP Coelho em entrevista ao JN, refere:

"E foi por essa emergência absoluta que entendemos que - apesar de estarmos na Oposição e de o PSD ter uma liderança que não teve responsabilidades de Governo nos últimos 20 anos e que deveríamos estar, como estamos, a preparar uma alternativa de Governo ao Partido Socialista -, o PSD se dispôs a cooperar com o Governo".

Assim de relance e que eu me lembre, nos últimos 20 anos... Cavaco Silva, Durão Barroso, Santana Lopes... Tudo pessoas que não tiveram quaisquer responsabilidades governativas.

Apanhado!

Estava eu a ver o programa Parlamento na RTP2 e a assistir a uma troca de ideias mais ou menos bem conseguidas entre João Galamba (PS), Miguel Frasquilho (PSD), Honório Novo (PCP), entre outros.

A certa altura, João Galamba confronta Miguel Frasquilho com o relatório elaborado por este último, enquanto General Manager do BES.

E não é que o deputado do PSD, que pauta o seu discurso com duras criticas ao Governo Socialista, nomeadamente no que concerne à Crise Económica, culpando o PM José Sócrates pelo estado da nossa economia, vem agora, enquanto GM do BES dizer o seguinte, cito:

- Portugal não é a Grécia. Portugal tem uma enorme credibilidade na redução do défice;

- Este Défice é uma consequência natural da adesão ao EURO;

- Portugal foi um dos primeiros países a sair da recessão e um dos países com o crescimento mais alto da União Europeia;

- O aumento do spread não é baseado em qualquer dado macro-económico, é puramente especulativo;

- "A situação económica do país decorre exclusivamente da forte pressão especulativa contra o euro";

Das duas uma, ou o Dr. Miguel Frasquilho é mau deputado, ou mau economista!

Podem ver o video aqui.

Seguro desafiado a avançar para a liderança do PS já no próximo congresso do partido - Política - PUBLICO.PT

Seguro desafiado a avançar para a liderança do PS já no próximo congresso do partido - Política - PUBLICO.PT

14 de maio de 2010

Desculpa?!

Pedro Passos Coelho pediu desculpa aos Portugueses por concordar com as medidas de redução do défice, aplicadas pelo Governo Socialista.

Este pedido de desculpas pareceu-me muito desadequado. Tal como Franciso Assis referiu, só pede desculpa, aquele que acha que errou.

Pode-se sim, pedir compreensão devido ao momento dificil que estamos a atravessar, uma vez que urge uma resposta firme em relação aos mercados financeiros.

Mas será que PPC já não sabe como agir e já anda a fazer mea culpa acerca dos seus "erros"? Mau prenúncio!

Sinceramente acho que o acordo entre o Governo e o maior partido da oposição, é extremamente benéfico para o país e para a sua imagem exterior.

Mas cada um sabe de si.

Governo quer baixar défice para 4,6 por cento em 2011


O Governo considera que as medidas adicionais ao Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC) vão permitir reduzir o défice para 4,6 por cento em 2011 e 7,3 por cento este ano.

No final do conselho de ministros, José Sócrates disse que o Governo aprovou um pacote de medidas que visam “acelerar o processo de redução do défice e consolidação orçamental”, prevendo que o défice baixe para 7,3 por cento este ano.

A nova meta pressupõe um corte de dois pontos percentuais do Produto Interno Bruto (PIB) no défice de 2010, face ao de 2009. Antes, na primeira versão do PEC, o Governo previa reduzir apenas de 9,4 por cento para 8,3. Agora, com as novas medidas, a ambição é de um défice de 7,3 por cento do PIB.

De acordo com José Sócrates, o plano de medidas permite também ao Governo traçar uma nova meta para o défice no próximo ano, que deverá fixar-se nos 4,6 por cento, menos dois pontos percentuais do que a anterior previsão. Estas novas medidas têm um impacto de um ponto percentual do PIB no défice público deste ano, porque vão vigorar só seis meses. Em 2011, permitem cortar o défice em dois pontos percentuais do produto.

Para o primeiro-ministro, as medidas aprovadas pelo Governo são “essenciais para a defesa da credibilidade da economia portuguesa”. José Sócrates destacou que o esforço que o país vai ter de fazer será “colectivo e nacional”, mas que é também “equitativo”, pois “justamente distribuído entre os portugueses e o Estado”.

“Metade das medidas aprovadas dizem respeito à redução da despesa e metade dizem respeito à sociedade e aumento da receita”, concluiu.

in: Público

13 de maio de 2010

Oposição de Esquerda Irresponsável

Há uma esquerda arcaica, incluindo nos partidos socialistas, que acha que pode haver eficiência económica fora da economia de mercado, que pode haver criação de emprego sem aumento da competitividade externa da economia, que a despesa pública pode aumentar indefinidamente sem cobertura pela receita, que a disciplina orçamental é descartável e reaccionária, que o Estado social inclui aposentações aos 60 anos com pensão completa e protecção absoluta da segurança no emprego (para quem o tem...), que os serviços públicos não têm de ser eficientes, que os funcionários públicos têm privilégios naturais, que pode haver correcção do défice orçamental excessivo e do endividamento público incomportável sem alguma redução do nível de vida.
Infelizmente, o lugar destas ideias e outras semelhantes só pode ser a oposição...

por: Vital Moreira (Causa Nossa)

Lá vai ter que ser...

12 de maio de 2010

Mais um erro dos "especuladores"?!

Os economistas e as suas previsões!
O pior, é que tudo isto se passou num espaço de 24 horas!

"Segundo a Reuteurs, seis peritos apontam para que a economia nacional tenha tido um crescimento de 0,2% , no primeiro trimestre de 2010(...)"

in: Diário Económico - 11/05/2010


"Segundo a OCDE, a economia portuguesa cresceu no primeiro trimestre uns surpreendentes 1%, o que faz de Portugal o país com o crescimento mais forte em cadeia quer da Zona Euro, quer da União Europeia quer mesmo do mundo desenvolvido."
in: Jornal de Negócios - 12/05/2010

Portugal teve o maior crescimento da UE no primeiro trimestre

Em termos homólogos, o crescimento foi de 0,5 por cento na zona euro e de 0,2 por cento na UE, segundo dados divulgados hoje pelo serviço europeu de estatística, o Eurostat. Portugal também apresentou uma das variações homólogas mais elevadas (1,7 por cento, conforme o INE já tinha divulgado), superada penas pelos 4,6 por cento da Eslováquia.

Estes valores são ligeiramente melhores do que os do último trimestre do ano passado, quando o produto estagnou na zona euro e subiu apenas 0,1 por cento na UE. Nessa altura, as variações homólogas eram ainda fortemente negativas, respectivamente -0,2 por cento e -0,3 por cento.

A Grécia e a Espanha continuaram a apresentar variações homólogas (as que comparam como o mesmo período do ano precedente) negativas, de respectivamente 2,3 e 1,3 por cento. Em cadeia, a economia grega recuou 0,8 por cento em relação aos últimos três meses de 2009, enquanto a espanhola subiu 0,1 por cento, interrompendo finalmente a profunda e prolongada recessão em que tinha mergulhado em 2008.

Entre as principais economias europeias, a Itália teve o melhor desempenho trimestral, com um crescimento de 0,5 por cento (0,6 por cento homólogos), seguida da Alemanha (0,2 por cento em cadeia e 1,5 homólogos), do Reino Unido (0,2, mas ainda com uma queda homóloga de 0,3), da França (0,1) e da Espanha.

A evolução do PIB da zona euro e da UE foi no entanto modesta quando comparada com a dos Estados Unidos, que no mesmo período cresceu 0,8 por cento em cadeia e 2,5 por cento homólogos.

in: Público

O Amor na Assembleia da República

Novo PM Britânico

O líder Conservador conseguiu aliar-se aos Liberais Democratas de Nick Clegg, obtendo assim uma maioria parlamentar que lhe permite governar.

O dia de ontem foi histórico para o Reino Unido. Depois de negociações em ziguezague político, os Conservadores de Cameron conseguiram trazer os Liberais Democratas para o seu campo e formar um governo de coligação, o primeiro desde 1945, derrotando os Trabalhistas, que regressam à oposição depois de terem governado durante 13 anos. "Vou apresentar a minha demissão à Rainha. Irei recomendar que o meu cargo seja ocupado pelo líder da oposição", afirmou ao fim da tarde um Gordon Brown visivelmente emocionado, pouco antes de abandonar o nº 10 de Downing Street, que foi ocupado ainda nessa noite por David Cameron. O líder ‘tory' torna-se assim o primeiro-ministro mais jovem do Reino Unido em 198 anos .

À hora de fecho desta edição, os detalhes do acordo de coligação ainda não eram conhecidos, mas era certo que os Liberais Democratas iriam desempenhar um papel importante no novo executivo, ocupando vários ministérios. Apesar de ter falhado as estimativas de votos e deputados nas eleições, o líder Liberal Democrata Nick Clegg acabou por se tornar no elemento decisivo na formação de um novo governo. A recompensa virá sob a forma de cargos de relevo para elementos liberais-democratas. Se Clegg se pode tornar o número dois do governo britânico - como vice de Cameron -, o lib-dem Vince Cable foi visto na chancelaria do Tesouro a falar com os responsáveis pelas finanças públicas do Reino Unido.

Surpresa Trabalhista

Os negociadores Liberais Democratas disseram em privado que ficaram "surpreendidos" pela hostilidade do lado Trabalhista. Com efeito, vários altos responsáveis do partido de Gordon Brown, como Jack Straw ou o ministro Andy Burnham, mostraram-se contrários à realização de um governo de coligação. Uma parte do partido, que irá escolher um novo líder no Congresso após o Verão, não queria ser visto como uma "coligação de vencidos" ou ter de novo um primeiro-ministro sem ser eleito, como aconteceu a Brown quando substituiu Tony Blair. Vários parlamentares Trabalhistas colocaram mensagens nos seus blogues e no Twitter que preferiam ver Cameron como primeiro-ministro do que aceitar um acordo com Clegg.

in: Diário Económico


11 de maio de 2010

Um "taxista" mais erudito

Medina Carreira foi, na noite de sexta-feira, à Feira do Livro apresentar mais uma profecia da desgraça, agora editada em livro. Perante uma audiência que o ouviu religiosamente, o antigo - muito antigo - ministro das Finanças encontrou terreno fértil para espalhar 'mimos' por todos os lados:

- enganam a malta, só ganham os que têm mais lata, os latosos (sobre os políticos)
- aldrabice, gatunagem, país desorganizado, é uma ladroeira, vigaristas, burlões (expressões mais usadas sobre os políticos)
- queremos arranjar uma casa e demoramos anos a ter os papéis a não ser que se pague a alguém debaixo da mesa
- não sei se na China se rouba menos ou mais do que cá
- Portugal é uma burla
- a ministra da Educação que surgiu com um sorriso e pintada já perdeu a pintura
- nem há militares (sobre a hipótese de haver uma ditadura militar(!))

Ouvindo bem, é difícil perceber a diferença entre as opiniões de um economista, ex-ministro e com lugar cativo num órgão de comunicação social e as opiniões de um taxista que, mal tem o cliente sentado, zurze nos políticos, no país, enfim, na "choldra" (só faltou esta expressão a Medina Carreira).

Emídio Fernando
in: Correio Preto

O sacrifício de voltar a 1998

Em 1998, Portugal estava no auge do optimismo. O rendimento dos portugueses atingia os 66% do da Europa a 15. Os portugueses sentiram-se ricos e compraram casas, carros, frigoríficos. O nível de consumo estava acima das possibilidades de então, mas não das de hoje.

Hoje, se Portugal voltasse ao nível de consumo de 1998 teria um saldo externo positivo que lhe permitia reduzir a dívida externa a metade em cerca de 10 anos.

Esta ideia parece estranha. Estamos a dizer que, se o consumo público e privado voltasse aos níveis reais em que estava no ano da Expo, em que os portugueses estavam a consumir claramente acima das suas possibilidades, e estavam a consumir ao nível mais elevado de sempre, o País ficaria não só com um nível de consumo sustentável, mas até com um nível de consumo que chegaria para conseguir reduzir o endividamento de uma forma rápida.

Sim. Isso é verdade. Basta fazer as contas. Entretanto o PIB avançou 13%.

Saliento apenas que não defendo que reduzir o consumo de forma tão acentuada (mais de 20%) seja necessário, ou sequer desejável.
Aliás, para que Portugal consiga ter as contas externas equilibradas bastaria uma redução do consumo privado de 8%, a que se juntasse um retorno do consumo público ao nível anterior à crise (de 2007).

É importante salientar que uma redução do consumo de 8%, se acontecesse num só ano, seria sentida pelos consumidores de uma forma acentuada. No entanto, tal significaria apenas que o nível de poupança português passasse a ser semelhante ao de Espanha, o que poderia ser obtido se todos os portugueses decidissem converter o seu subsídio de Natal integralmente em poupança.
O que se está a sugerir é que os portugueses terão de viver nos próximos dez anos com um consumo entre os 12% e os 25% acima do registado em 1998. Um nível que corresponderia a uma evolução fraca, mas que não corresponderia, ao contrário do que muitos têm dito, a um empobrecimento progressivo, ou voltar a situações de miséria e de pobreza que caracterizavam Portugal nos anos oitenta ou setenta.

Não é possível fazer uma consolidação e inverter a situação de endividamento externo sem esforço e sem sacrifícios. Mas o esforço e sacrifícios necessários não se comparam aos vividos noutros ajustamentos, como os de 1975 ou os de 1983. Nessa altura, o rendimento de muitos portugueses caiu em termos reais mais de 30% e caiu de um nível muito mais baixo do que o que se encontra hoje.

Hoje o rendimento per capita de Portugal está entre os 68% e os 70% da média dos países mais ricos da União Europeia a 15 (e nos 77% da UE27). O nível de consumo privado de Portugal é mais de 20% superior ao de 1998.

O problema da última década foi o conhecido crescimento lento (de cerca de 1% ao ano), mas foi também o facto de o consumo, tanto privado como público, ter crescido mais do que o PIB (que ainda assim cresceu 16% entre 1998 e 2008 - ver quadro). É facto da despesa ser superior à produção e ter crescido mais que a produção, que levou ao problema de endividamento externo.

Corrigir esta situação exige uma moderação ou mesmo um recuo do consumo privado e público. Isto será feito com a correcção do défice, mas terá também de ser acompanhado pelo aumento da poupança privada.

Aumentar a poupança tem, assim, de ser colocado no centro das prioridades das famílias portuguesas, da mesma forma que os portugueses têm de entender a necessidade de redução da despesa pública, e em particular da despesa corrente, que, em alguns casos, acabará por afectar serviços.

Ao mesmo tempo, o País não deve descurar o outro lado da equação e tem de conseguir relançar o investimento, em particular o investimento privado. Nesse sentido, a consolidação deve ser acompanhada de medidas de aumento de competitividade da economia portuguesa. Entre estas estão alguns dos investimentos públicos estruturantes. E apenas esses devem neste momento avançar. Mas estão também muitas outras medidas de racionalização das empresas públicas, de melhoria do ensino, de simplificação, de melhoria do funcionamento dos mercados. Este é o momento de encontrar consensos para as fazer avançar.

Manuel Caldeira Cabral - Dep. Economia da UMinho
in: Jornal de Negócios

10 de maio de 2010

PSI 20


Cortes no Investimento Público + (possível) Aumento dos Impostos =
Subida a pique da cotação bolsista.


PSI 20 com a segunda maior subida.

Tudo isto não faz sentido, para o mais comum dos cidadãos!

De Mário Crespo a Manuela Moura Guedes

O poder da informação nos canais de televisão em Portugal é sempre um tema actual. Mas nem sempre o que parece é...

Uma parte da informação televisiva que se tem produzido em Portugal, nos últimos anos, oscila entre dois extremos que só aparentemente são opostos: o da obsequiosidade gelatinosa e o da agressividade espalhafatosa. Ambos os estilos pseudo-informativos convergem na violação qualificada de dois dos principais deveres deontológicos dos jornalistas, que são os deveres de objectividade e de isenção. Ambos consubstanciam um jornalismo parcial, cuja principal característica consiste em enaltecer artificialmente certos lados da realidade e/ou em desqualificar ou omitir outros.

Os expoentes mais visíveis desse tipo de jornalismo são Mário Crespo, na SIC-Notícias e Manuela Moura Guedes, na TVI. Os dois jornalistas prosseguem, há anos, implacáveis cruzadas contra certas pessoas, embora utilizando métodos diferentes mas que, na verdade, concretizam a mesma degenerescência deontológica: a parcialidade da informação. Mesmo quando aparentam alguma objectividade, um e outro acabam por só revelar uma parte da verdade ou então apenas a verdade de uma das partes.

A deliquescência voluptuosa com que Mário Crespo põe certas pessoas a agredir moralmente terceiros de quem não gosta só aparentemente contrasta com os insultos que Manuela Moura Guedes dirige, ela própria, àqueles que detesta. Em termos de deontologia jornalística não há diferença entre os dois métodos. A obsequiosidade de Mário Crespo revela, afinal, a mesma parcialidade que a agressividade de Manuela Moura Guedes. Se a jornalista da TVI se apresentava em muitos aspectos como uma emanação reciclada do velho estilo Palma Cavalão, o pivot da SIC-Notícias não passa de um comentador travestido de jornalista, que faz por interpostas pessoas o que aquela fazia pessoalmente. Os dois actuam quase sempre segundo agendas próprias de interesses, sobretudo políticos, que tentam ocultar atrás do biombo da informação: num caso, o Jornal da Noite da TVI, e, no outro, Jornal das Nove da SIC-Notícias.

Mas vejamos algumas pérolas desses estilos: em Abril de 2009, fui convidado para ser entrevistado por Manuela Moura Guedes no Jornal da Noite. Era uma armadilha montada em conluio com alguns dos meus opositores dentro da Ordem dos Advogados. De boa fé, aceitei o convite e fui insultado em directo. O episódio é bem conhecido e não vale a pena acrescentar mais pormenores. Basta apenas referir que, apesar de tudo, tive oportunidade de lhe responder e de lhe dizer cara a cara o quanto ela violava o Código Deontológico dos jornalistas.

Pouco tempo depois, em 19 de Maio seguinte, na SIC-Notícias, fui alvo de agressões ainda maiores, não por qualquer jornalista da estação, mas sim por entrevistados cuidadosamente seleccionados. A propósito do Dia do Advogado, a SIC-Notícias convidou sucessivamente para os principais programas de informação dessa noite dois dos meus mais destacados opositores na Ordem dos Advogados. Sem qualquer hipótese de defesa, fui moralmente seviciado, em directo, por ambos os adversários, sobretudo pelo convidado de Mário Crespo, sem que nunca me tivesse sido dada qualquer possibilidade de rebater as pérfidas acusações de que fui vítima.

Mas os exemplos não ficam por aqui. Nas anteriores eleições para o Ordem dos Advogados, havia quatro candidatos a Bastonário: Menezes Leitão, Magalhães e Silva, Garcia Pereira e eu próprio. Pois Mário Crespo conseguiu esta notável proeza de «imparcialidade»: entrevistou duas vezes o candidato Magalhães e Silva e não entrevistou nenhuma vez qualquer um dos outros candidatos.

Ainda mais um exemplo que ilustra bem como em jornalismo algumas mentiras são feitas de silêncios. Posteriormente, Mário Crespo convidou um advogado para o seu programa (por sinal um dos dois que estivera na SIC-N no Dia do Advogado) a quem, a dada altura, pergunta candidamente se concordava com a existência de sindicatos nas magistraturas. O entrevistado responde, ainda mais candidamente, que sim, porque os magistrados também seriam trabalhadores. Mas o que ambos omitiram é que o entrevistado era, simplesmente, o advogado de um dos sindicatos de magistrados, de quem, obviamente, a última coisa que se esperaria era que defendesse a não existência de um cliente seu.

Este é, pois, o cintilar de algumas das mais refulgentes vedetas de alguns dos mais esplendorosos programas de informação televisiva em Portugal. Um jornalismo não de referência, como pretende certa propaganda, mas um jornalismo notoriamente de reverência para com certos interesses ou pessoas.

In: JN - Marinho Pinto

9 de maio de 2010

Ora diga lá outra vez?


Aguiar-Branco interpelou frequentemente o seu adversário ao longo do debate e disse-lhe, a certa altura: "Eu também gostava relativamente ao TGV de ter um esclarecimento do teu pensamento".

Na parte final do frente a frente, insistiu que "gostava que o Pedro esclarecesse agora qual é sua a posição" sobre o TGV porque "já esteve contra, já esteve a favor, agora creio que é mais ou menos a favor ou contra".

"Vamos à questão do TGV. Eu não mudei de opinião em relação ao TGV", contrapôs Passos Coelho, dizendo que considera que as linhas Lisboa-Porto, Porto-Vigo e Lisboa-Évora-Faro-Huelva "não precisam de alta velocidade".

Quanto à linha Lisboa-Madrid, Passos Coelho disse defender que esta é "estratégica" e que Portugal deve cumprir o compromisso que assumiu "quer com a União Europeia, quer com Espanha"

por: Pedro Passos Coelho (durante a campanha para a presidência do PSD)

Finanças

O Presidente da República recebeu na residência oficial uma embaixada de ex-culpados pelo estado calamitoso a que chegaram as finanças públicas ex-responsáveis pela pasta das Finanças para «partilhar a sua preocupação pelo actual rumo económico do país».

Adenda: o nome de Miguel Cadilhe não consta na embaixada ao Presidente… Não é impunemente que se chama “pai do monstro” ao senhor Silva…

in: der terrorist