14 de maio de 2010

Governo quer baixar défice para 4,6 por cento em 2011


O Governo considera que as medidas adicionais ao Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC) vão permitir reduzir o défice para 4,6 por cento em 2011 e 7,3 por cento este ano.

No final do conselho de ministros, José Sócrates disse que o Governo aprovou um pacote de medidas que visam “acelerar o processo de redução do défice e consolidação orçamental”, prevendo que o défice baixe para 7,3 por cento este ano.

A nova meta pressupõe um corte de dois pontos percentuais do Produto Interno Bruto (PIB) no défice de 2010, face ao de 2009. Antes, na primeira versão do PEC, o Governo previa reduzir apenas de 9,4 por cento para 8,3. Agora, com as novas medidas, a ambição é de um défice de 7,3 por cento do PIB.

De acordo com José Sócrates, o plano de medidas permite também ao Governo traçar uma nova meta para o défice no próximo ano, que deverá fixar-se nos 4,6 por cento, menos dois pontos percentuais do que a anterior previsão. Estas novas medidas têm um impacto de um ponto percentual do PIB no défice público deste ano, porque vão vigorar só seis meses. Em 2011, permitem cortar o défice em dois pontos percentuais do produto.

Para o primeiro-ministro, as medidas aprovadas pelo Governo são “essenciais para a defesa da credibilidade da economia portuguesa”. José Sócrates destacou que o esforço que o país vai ter de fazer será “colectivo e nacional”, mas que é também “equitativo”, pois “justamente distribuído entre os portugueses e o Estado”.

“Metade das medidas aprovadas dizem respeito à redução da despesa e metade dizem respeito à sociedade e aumento da receita”, concluiu.

in: Público

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