31 de maio de 2011

A campanha de casos e de reacções ou do total desrespeito pelo eleitorado

Os portugueses estão preocupados com o seu presente e o seu futuro, sabendo que, nesta coisa que se chama democracia, há uma campanha eleitoral a correr para escolher quem apresenta obra feita, programa, consistência, coerência, equipa e sentido de interesse nacional para merecer o seu voto.

Quem faz de uma campanha eleitoral um tempo de criação de “casos”, sempre infundados, sempre reveladores de uma impreparação preocupante, frequentemente caluniosos, deve ser desmascarado, analisado, portanto, e objecto deste juízo de prognose simples: – e se PPC fosse PM?

É tão claro como isto. É fazer a pergunta. E responder.

PPC não tem campanha; tem “casos”. Das novas oportunidades, às calúnias, passando pela história milenar da Católica, não esquecendo as “nomeações”, até à IVG, enfim, tudo o que contribui para o esclarecimento do presente e do futuro hipotético do país nas suas maravilhosas mãos, PPC vive daquilo de que sempre acusaram por deficiência cognitiva o PS: o efeito mediático de um dizer por dia.

Resta saber por quê.

Não é apenas pela amoral estratégia política que ora pisca o olho ao CDS ora o ataca, ora chantageia o eleitorado ora proclama a liberdade. É, também, porque PPC sabe que a sua cassete sobre as medidas de austeridade do Governo PS durante a crise que atingiu o mundo inteiro, sem referir essa mesma crise, já não cola. Ele esquece-se que os portugueses têm miolos.

PPC teve o desplante de atacar medidas de austeridade, por exemplo no debate com Sócrates, com uma demagogia rara, porque esqueceu-se de explicar que foram tomadas apenas e só no decorrer da crise (também se esqueceu que as aprovou). Por outro lado, PPC, o coveiro do Estado Social, falou de tais medidas como se fossem um ataque ao Estado Social. Lá está: não sabe o que é o Estado Social; não sabe o que são medidas transitórias para vencer a crise e para, precisamente, proteger o Estado Social, ao contrario de outras que cortam de tal maneira as pernas ao que nos define colectivamente que só com uma revisão constitucional que destrua o boneco é que lá vão.

Não por acaso foi possível atribuir 6 mil milhões de euros em prestações sociais apesar da crise.

Em termos de obra feita, já não falando na primeira legislatura que corrigiu os horrores da direita, PPC tem dificuldade em discutir coisas como a redução do abandono escolar e do insucesso escolar e a melhoria do sistema educativo; a modernização do parque escolar; o investimento na ciência e alargamento do acesso ao ensino superior; o plano tecnológico e a promoção da inovação; reforma da AP e simplificação administrativa (aqui houve lugar de forma estudada à extinção de 25% dos organismos públicos e dos cargos dirigentes, bem como a eliminação de mais de 1300 estruturas intermédias (PRACE), controlo das admissões e a redução de mais de 70 mil funcionários públicos, e não a uma cega e ignorante regra de entra um se sairem cinco.; reforço da independência energética; reforço do sector exportador; qualificação do SNS; garantia da sustentabilidade da segurança social pública; e aumento do salário mínimo em diálogo social.

Obra feita. É difícil discuti-la. É mais fácil dar as mãos a todos os partidos, ao BE, a PCP, a todos, com fome de São Bento, criar casos, ameaçar os portugueses – olhem que se votarem Sócrates eu não falo com o homem! – virar a camisola do avesso.

Mas mais do que tudo: evitar discutir o programa do PSD, o seu seu documento histórico do liberalismo, e não discutir o programa do PS, que ao contrário do dele, sabe manter o Etado Social e apostar no crescimento económico.

A última parece ser a do “medo”. PPC fala em medo. Sócrates tem medo. Saiu-lhe mal. Ainda estava a respirar de ter desabafado com o país o medo que Pacheco Pereira lhe provoca.

Que difícil enfrentar o difícil de costas direitas.

in: Aspirina B

30 de maio de 2011

A tão afamada parcialidade da comunicação social

Muitas pessoas da nossa praça, usam e abusam dos meios de comunicação social, e têm a distinta lata de dizerem que a comunicação social beneficia o PS.

Titulo da SIC: "Chuva diluviana afasta apoiantes do PS do comício de Braga"

Durante a reportagem, o jornalista refere, nem a chuva diluviana afastou os socialistas de Braga e nesse aspecto, venceram claramente os do PSD que se juntaram na rua adjacente.

Mais:

"Manipulação é, às 8 da noite, a SIC dizer que o futebolista Fábio Coentrão esteve com José Sócrates, mas não ter dito em quem vai votar:"



E isto é manipulação porque, às 13 horas, a mesma SIC tinha emitido declarações de Fábio Coentrão, após o encontro com José Sócrates, nas quais garante que vai votar PS:


Um partido unido... para desagrado de muitos



No PS estão todos "juntos e unidos" a lutar pela vitória, garante António José Seguro

29 de maio de 2011

PS/JS Lousada: Grande comício do PS no Porto.

Chegada ao Palácio de Cristal


JS Lousada - Uma estrutura com lugar na fila da frente!




Povo de Lousada a chegar

E que tal um "part-time"?

"Um Governo com 10 ministros é uma atitude demasiado populista para ser verdade. É lógico que o povo gosta, o problema é que numa altura como esta, em que estaremos sob alçada da UE, FMI e BCE, as reuniões em Bruxelas multiplicar-se-ão.
É impossível termos um governo a tempo inteiro para o país com este número reduzido de ministros e secretários-de-estado. Parece-me que Cavaco Silva não irá permitir tal coisa a quem vá governar"

Ricardo Costa (Jornalista)

28 de maio de 2011

Esclarecimento

Pelo que parece tem surgido uma série de dúvidas quanto à colocação dos "posts" com a assinatura "JS Lousada".

Este esclarecimento, não é de todo necessário porque o blog está mais do que identificado e todos conhecem as pessoas responsáveis por este sítio (ao contrário de muitos blogs que já surgiram por aí, de origem muito duvidosa mas, mais do que conhecida).

No sentido de esclarecer os mais curiosos e preocupados, os membros mais activos do blog tem a sua própria password e assinam com o seu nome.
Todo e qualquer membro do Secretariado da JS que ainda não tem o seu nome associado à conta, escreve com o nome JS Lousada, e dessa forma é possível efectivar o seu comentário.

Concluindo, convém salientar que tudo o que aqui é publicado é da responsabilidade do Secretariado da JS como um todo, e só o que é postado e assinado individualmente reflecte uma visão pessoal.

Obrigado.

26 de maio de 2011

Pela boca morre o peixe

Agostinho Gaspar tomou posse. Alguns meses depois da eleição, lá se conseguiram encontrar as agendas de todas as pessoas que tinham forçosamente de estar presentes...

Mas "pela boca morre o peixe", e eu só queria que Agostinho Gaspar tivesse coragem para me/nos falar das "obras de aparato" quando confrontado com esta proposta do PSD Lousada que se cita:

Máximas do PSD Lousada #22

Quem manda faz sempre asneira... Resumindo: se apoiar as associações, faz mal porque aumenta a despesa. Se diminuir a despesa, faz mal porque não apoia as associações. Pensa assim e vais perceber como isto funciona connosco.

25 de maio de 2011

Máximas do PSD Lousada #21

Defende sempre investimentos apenas nas freguesias em que és poder e apenas nessas. Se te perguntarem pelas outras, responde: "Queremos a unidade de todas as freguesias!"

24 de maio de 2011

MAIS CENTROS ESCOLARES

"Mais cinco novos Centros Escolares foram inaugurados esta semana em Lousada, exprimindo o resultado de uma política autárquica que encara a educação como veículo primordial de desenvolvimento.

Cerca de seis milhões e meio de euros, com financiamento em 80% pela União Europeia, nas freguesias de Santo Estêvão, Lustosa, Vilar do Torno, Torno (Aparecida) e Macieira permitiram aumentar para 70% a taxa de execução da Carta Educativa. O restante encontra-se consignado nas candidaturas aos fundos comunitários, a fim de dotar de instalações renovadas as freguesias de Caíde de Rei, Casais, Cristelos, Lodares, Meinedo, Nespereira e Sousela. Total de investimento previsto: cerca dez milhões de euros.

Enquanto a modernização da Escola Secundária se concluiu no início do ano lectivo, oferecendo condições ímpares, encontra-se praticamente concluída a EB 2,3 de Nogueira, à qual resta apenas a realização do concurso para a aquisição de mobiliário. O valor da empreitada ronda os 5,5 milhões de euros.

Para completar a requalificação do parque escolar fica apenas a faltar a nova EB 2,3 de Lousada com Secundário. A actual Escola, que conta para cima de 30 anos de existência, para além de não proporcionar condições dignas para as novas exigências de ensino-aprendizagem, revela um elevado estado de degradação incompreensível para os dias de hoje. Exactamente no sentido de debelar o problema, a Câmara já procedeu à aquisição dos terrenos para a construção de um novo edifício e prepara-se para iniciar os movimentos de terras.

Se juntarmos à materialização destes empreendimentos o largo conjunto de iniciativas promovidas pela autarquia para um ensino de qualidade, teremos uma imagem representativa da sensibilidade do Município. Uma sensibilidade complementada com um largo espectro de disponibilidades: dos professores e responsáveis dos Agrupamentos às Juntas de Freguesia e Associações de Pais, dos agentes socioculturais às instituições de solidariedade, da Rede Social à Comissão de Protecção de Crianças e Jovens estende-se um percurso colaborativo confirmado nas parcerias, com resultados frutuosos. Testemunho eloquente de que a educação é uma dinâmica colectiva."

in: Verdadeiro Olhar

Máximas do PSD Lousada #20

Se estiveres na Oposição há mais de vinte anos, não te preocupes: és um ancião e, melhor, um sábio que tudo sabe e domina. Pensa nisto!

23 de maio de 2011

Eu Participo!


O CNJ, através do Eu Participo, apresenta as suas 30 propostas jovens para o futuro do país.

Queremos ouvir a tua opinião e as tuas propostas.

O futuro do país passa por ti.

Trabalho Temporário por tudo e mais alguma coisa!

Com este PSD, os trabalhadores, actualmente empregados ou desempregados, podem esquecer os seus direitos. O PSD e PPC já nem têm receio de anunciar o seu programa neo-liberal!



Jornalismo exemplar e isento

Esta reportagem da TVI dá vontade de rir.



A jornalista refere que os blogs dão a vitória do debate a Passos Coelho, já no mundo real, as pessoas não ficaram satisfeitas nem com um, nem com outro.

Até aqui, estaria tudo bem, caso não tivesse visto os blogs que consultaram: Albergue Espanhol, Blasfémias, Portugal dos Pequenitos, 31 da Armada, Cachimbo de Magritte.

Muito bem! Todos estes blogs, para quem conhece, são extremamente isentos (Até têm logotipos de campanha do PSD). Pelo menos que não mostrassem os blogs... assim as pessoas ficavam na dúvida.

Já agora, consultem o site do PSD. Esse de certeza que também dá a vítória ao Passos Coelho.

Nota: De certeza que se consultarem o Câmara Corporativa, Jugular, Aspirina B, Barbearia do Sr Luís, etc, esses de certeza que dão uma vitória estrondosa a José Sócrates.

João Torres (Presidente da Federação Distrital da JS Porto)

Temos orgulho na nossa escolha para representar os Jovens Socialistas do Distrito do Porto. Alguém que dá a cara, intervém, assume os seus compromissos e mostra-se realmente preocupado com a sociedade e juventude.

Estaremos ao lado de João Torres neste debate.



Parabéns pela iniciativa da AEFCUP e do caro amigo, Cláudio Carvalho.

Máximas do PSD Lousada #19

Tu sabes que o lixo é uma matéria sensível. Tu sabes que tudo é lixo para ti quando estás na oposição. Não pares de falar no lixo para cativar votos e, quiçá, conquistares o voto.

22 de maio de 2011

Máximas do PSD Lousada #18

Escolhe o teu candidato às eleições o mais cedo possível... Lembra-te que, quanto mais cedo ele começar a sorrir e cumprimentar tudo e todos na rua, mais possibilidade tem de cativar o voto.

Vá lá,o senhor quer que votem nele porque precisa de um Emprego.


«Sou candidato ao emprego de primeiro-ministro», diz Passos Coelho


Não foi alguém que disse isto. Foi o próprio!
Quando uma pessoa se candidata a Primeiro-Ministro para "arranjar emprego", está tudo dito.

21 de maio de 2011

Artigo de opinião


José Sócrates derrotou Passos Coelho . E agora?

"1.Em primeiro lugar, no ambiente de pré-debate, salientamos a presença de manifestantes pró-PS e pró-PSD junto às instalações do canal de televisão do debate. Bem sabemos que não é um episódio inédito - provém de outros tempos, de outras eleições. Contudo, é uma tendência que deve ser evitada: claques do PS e claques do PSD a gritarem o nome do líder antes do debate é, no mínimo, ridículo. Legítimo - mas quase patético. Parece que a política - ou seja, a definição das grandes questões nacionais - é um jogo de futebol, em que se deve prestar apoio moral aos jogadores antes da partida! Levemos a política a sério.

2. Dito isto, vamos à análise do debate:

a) Sócrates começou o debate atacando, tal como previ. Passos coelho respondeu bem, invocando exemplos de Cameron e do partido trabalhista para refutar críticas relacionadas com a sua idade e inexperiência. Ficou, no entanto, aquém na defesa do Estado Social e no seu entendimento do papel do Estado. Foi muito redondo, muito lento, muito pouco claro. José Sócrates deu uma imagem -televisivamente - muito mais tranquilo, mais confiante. Passos Coelho mais nervoso - tremeu quando pegou nos papéis - , mais tranquilo, sobretudo num momento importante do debate: a menção de um relatório da Fomtinvest que alegava que a crise nacional era, em grande parte, consequência da crise internacional. É a confirmação de que José Sócrates é um bicho político terrível: recorreu a um documento da vida profissional de Passos Coelho para o entalar politicamente. É um golpe baixo, mas politicamente útil. Até porque a imagem televisiva mostrou um Passos hesitante na resposta e invocou um argumento político frágil: é que, enquanto administrador, tinha uma certa visão; enquanto líder do PSD tem outra. Ora, era precisamente isso que José Sócrates pretendia demonstrar! Portanto, Passos Coelho deu um presente a José Sócrates!

b) Contudo, na nossa opinião, este momento foi um fait diver. O momento mais difícil para Passos Coelho foi a da comparticipação do serviço nacional de saúde: Passos Coelho, em vez de responder directamente a José Sócrates, deu a ideia de querer fugir à pergunta, falando dos desempregados e outras matérias, pedindo por duas vezes a Sócrates para não o interromper (enquanto ele pensava na resposta). É lentidão a mais! E Sócrates, que tem uma equipa de assessores muito profissional, levou cds, folhinhas, isto e aquilo para mostrar que ele é que diz a verdade. Aspeto curioso: Sócrates acusou de o líder do PSD de colocar em causa a sua palavra - mas foi Passos quem passou por mentiroso neste debate. Ora, politicamente, foi uma jogada de génio...

c) O grande problema de Passos Coelho foi apenas reagir -nunca agir. Nunca tomou a iniciativa, trazendo assuntos incómodos para o PS (e há muitos!) , limitando-se a responder a José Sócrates. Naturalmente que isso dá, desde logo, uma vantagem significativa ao líder socialista. Este era um dos dez mandamentos que Passos Coelho não cumpriu. Falta-lhe confiança política. Falta-lhe entusiasmo.

d) O melhor momento de Passos Coelho foi a reta final. Esteve muito, muito, bem na escolha de frase proferidas por José Sócrates a diabolizar o FMI. O mesmo FMI com quem José Sócrates teve (ou terá?) de trabalhar para evitar que o país ficasse na bancarrota! E este foi, correlativamente, o pior momento de José Sócrates: então, José Sócrates celebrou um acordo com a troika, terá de cooperar para as executar, quer ser chefe do Governo que as irá aplicar - e continua a criticá-las, dizendo que o país não precisava de ajuda externa? Estamos a brincar? O mesmo Sócrates que chama o FMI - diz que Portugal não precisa do FMI! Que ilusionismo político!

e) No domínio da legislação laboral, José Sócrates caiu no ridículo: a flexibilização do despedimento encontra-se no memorando - mas Sócrates diz que o Governo está a estudar. Isto é uma A-NE-DO-TA! Uma anedota! Só não nos rimos, porque é triste... E Passos Coelho respondeu razoavelmente, embora - mais uma vez! - lento na articulação do raciocínio.

3. No global, na forma, José Sócrates muito mais ágil, perspicaz politicamente, a atacar forte e feio; Passos Coelho mais lento, com, aqui e ali, tiradas certeiras, mas um pouco inócuas. É pena: ficamos com a ideia de que Passos poderia ter mais e melhor. Bastava ter cumprido os dez mandamentos que eu aqui avancei - não cumpriu nenhum. Infelizmente para Portugal...

Notas do Debate

Vamos às notas:

Debate - demasiado centrado no passado, com as frases e os argumentos do costume. Mas, de longe, o melhor debate - 14 valores;

José Sócrates - é um animal político, com uma grande presença televisiva, com a lição muito bem estudada - 13 valores;

Passos Coelho - nervoso no início, lento, muito redondo nas respostas, embora com críticas eficazes - 12 valores.

Em suma, vitória tangencial de José Sócrates. O que poderá acontecer? Veremos o que as sondagens mostrarão. Minha opinião: o PS, neste momento, tem uma ligeria vantagem. Mas o resultado parece certinho: empate técnico entre PS e PSD. "

in: Expresso

Máximas do PSD Lousada #17

Se te quiseres promover, chama os deputados nacionais do teu partido para almoçar e passarem perto de alguma obra em construção. Quando estiver pronta, diz: "Se não fossem os nossos deputados, nada disto estaria em pé!"

20 de maio de 2011

Lá estaremos!

Defender Portugal vs Vender Portugal?


"O dia 1º de Maio é o dia do trabalhador. Foi esse dia, num contexto de acelerada revolução industrial e depois de inúmeras repressões aos trabalhadores, que no século XIX se proclamou como o dia internacional das reivindicações das condições laborais.

Hoje, num contexto de profunda mudança no mercado de trabalho, de pressão económica perante uma pesada crise financeira, de voracidade da economia especulativa, que interrogações e reivindicações deveriam colocar as celebrações do dia do trabalhador?

Creio que a bem da força e do sentido do dia 1º de Maio, a bem da eficácia dos seus combates temos que nos recentrar! Por isso, acredito que quando passamos pelo dia do Trabalhador como mais um dia feriado, todos estamos mal!

Mal os cidadãos, pois como trabalhadores que são não reforçam os seus direitos e a força do combate por esses direitos; mal os sindicatos, pois de alguma forma falharam na forma e conteúdo da mensagem que tentaram passar aos cidadãos.

Creio que o caminho a percorrer é o de promover a análise que nos permita construir um mercado de trabalho flexível, mas não selvagem, que responda aos desafios da economia, mas que proteja os trabalhadores e lhes dê instrumentos de autonomização. Enfim, um caminho que nos conduzisse de facto a uma verdadeira flexigurança e competitividade, mas não a uma versão requentada da lei da selva transportada directamente da economia de casino para o mercado de trabalho!

O 1º de Maio de hoje é, evidentemente, diferente dos tempos idos do século XIX. No entanto, se é verdade que temos muitas vezes patrões a mais e empresários a menos, também é um facto pernicioso para o nosso sistema, termos sindicatos muitas vezes demasiado cristalizados na sua abordagem, e, consequentemente, pouco preocupados com os resultados, eficácia e danos das suas lutas. Esta situação conduz-nos, na esmagadora maioria das questões, a uma guerra de trincheiras pouco produtiva, desigual e em que todos perdem.

Tendo consciência que vivemos num mercado de trabalho que extravasa e muito as nossas fronteiras geográficas, temos consciência que o nosso mercado de trabalho é hoje todo o espaço europeu (atrever-me-ia mesmo a dizer o Mundo! Mas fiquemos pela Europa!).

Neste enquadramento a responsabilidade de empresários, trabalhadores e sindicatos é fundamental. Sem isso não há emprego, não há riqueza, sem isso não há estado social.

Mas, no entanto, apesar de a UE ter o Modelo Social mais ambicionado de todo o planeta, aquilo que a UE hoje nos dá sinais de querer é que exista menos protecção social, menos garantias e direitos para aqueles que mais precisam.

Este é um muito mau sinal, ao qual, apesar das circunstâncias, Portugal tem procurado contrariar dentro da margem que tem.

Certamente esse sinal não é alheio ao facto de 24 dos 27 Estados Membros da UE serem governados à direita, numa perspectiva ultra liberal.

Numa Europa e num mundo em que centenas de multinacionais valem mais que a esmagadora maioria do PIB dos países, o lucro não pode ser a única via!

Não é admissível que se promovam despedimentos simplesmente porque as empresas reduziram marginalmente os seus lucros, que ainda assim representam várias dezenas de milhões de euros! Não é admissível que em vez de reduzir ordenados e regalias se impeça o aumento do ordenado mínimo. Não podemos admitir a promoção da política em que cada vez menos têm mais e cada vez mais têm menos.

Como dizia Kennedy “aqueles que tornarem impossível a evolução pacífica, tornarão inevitável a revolução violenta”. Não necessitamos de revoluções violentas, mas necessitamos de revoluções de mentalidade e de opção. O caminho não é o do liberalismo e do mercado selvagem, como acontece nos EUA ou mesmo no Reino Unido. O caminho é de um estado forte e solidário como acontece na Suécia ou na Dinamarca. Esta é a nossa opção. Só há um destes dois caminhos.

Estou certa que neste mês de Maio de 2011, em que o debate que pressiona Portugal se debruça sobretudo em prol da redução dos encargos do factor trabalho (a famosa Taxa Social Única!) e não com a optimização da produtividade e real competitividade das empresas e da força de trabalho, os povos trabalhadores saberão reivindicar as condições necessárias à optimização da sua capacidade produtiva assente num Estado Providência cada vez mais forte e solidário, um modelo que seja gerador de riqueza e que invista naqueles que contribuíram e querem continuar a contribuir para que esta seja possível.

Rendermo-nos às visões simplistas da economia de casino e alimentarmos um jogo em que os mais vulneráveis são deixados à sua sorte, não é nem nunca foi o espírito europeu, não é nem nunca será o espírito dos socialistas. Lutemos juntos, hoje e nos tempos mais próximos, para assegurar que estas visões predadoras não sairão vencedoras nem hoje, nem futuro!

Assim, hoje como ontem, estou certa que os cidadãos saberão avaliar o momento e tomar as opções adequadas às exigências que este lhes coloca!"

Jamila Madeira

"Afrikaner"


Depois de Passos Coelho é a vez de Fernando Nobre dizer que também ele é "Africanista".

Um dado interessantíssimo para o debate político.

Só falta dançarem Kuduro.

Já começamos a ter saudades do Catroga e do Relvas... Estes devem ter sido considerados culpados em plena Comissão Política e submetidos à Lei da Rolha.

Algures no Alentejo



Máximas do PSD Lousada #16

Se o ROC disser que falta um inventário na Autarquia, esta é a tua luta e o teu desafio! Mesmo que isso implique meses e meses com várias pessoas a contar vasos, mesas, cadeiras, ferramentas... O resto pode esperar; um Inventário jamais!

PPC e o inglês

Vinha no carro a ouvir a TSF e aquele inglês do PPC... hum...

19 de maio de 2011

Graçolas de Oportunidade

Disseram que a JS Lousada tinha sido a primeira a fazer Stand-Up Comedy no concelho. Mas depois de pensar bem, então não foi aqueloutra que colocou o Dr. Jorge Magalhães num placard vestido de Pai Natal?

Ah... Marotos! Já nos queriam enganar!

Os "Coveiros do Povo" que ficam por falar #2


Os Mandamentos

Caro João, sigo as tuas crónicas com a a regularidade que me é possível. Parabéns por esta dos mandamentos. Vamos a ver se o PPC te ouve.

(...) e a caravana passa!


Aqui está o que realmente importa. Obra feita em Lousada e numa das áreas com maior importância.

Os "Coveiros do Povo" que ficam por falar #1

Máximas do PSD Lousada #15

Cuspir no microfone na Assembleia Municipal é sempre uma boa forma de chamar a atenção de todos para a tua causa. Não dispenses esta técnica!

18 de maio de 2011

Coelho, o Africano! Genial!!!



Estas declarações só podem ser piada! Mas pronto... "em Roma, sê Romano".

Foi-se!



O Catroga é uma mais-valia tão tão preciosa que até foi mandado para fora do país! Quiçá a mando do(s) conselheiro(s) de comunicação de Pedro Passos Coelho. E logo agora que a malta tinha gostado tanto de ouvir o tipo a dizer "pintelhos"!!!

Fiquem com o novo hit deste summer: Beat dos Pentelhos. Podem ver aqui.

Sobre o Vader de Fraque do RMD

O Vader de Fraque enviado pelo Rodrigo Moita de Deus, conselheiro político e de comunicação do Pedro Passos Coelho, faz-me lembrar isto.

O Caso do Coveiro, ou de como anda muita gente a morder na mão que lhe dá pão

Imagem do Filme "The Comedy of Terrors", 1964



A, é funcionário de B na empresa que este detém. A houve uns boatos sobre B e vai dando com a língua nos dentes e, lá pelo meio, mostra a sua indignação, descredibiliza B e chama-lhe os piores palavrões que se possa imaginar. Na sua modesta opinião, de fosse B, o que faria?

a) Imagine agora que A é funcionário público e B é o seu superior hierárquico máximo. Quid Iuris?

b) Imagine agora que era C, um tipo impecável, afável e cliente de B, a quem A esteve 1 hora a falar-lhe da indignação que tem para com B, com insultos e palavrões. Qual a imagem com que ficaria de B e de A?

c) Por momentos coloque-se na pele de B. Gostava de contratar mais empregados como A? Acha que D, E, F, G, ..., AA, ... AAA, ..., accionistas da empresa de B, gostavam que ele tivesse funcionários como A?


Quem quer falar sem ter medo, mude-se! Trabalhe por conta própria, crie a sua empresa, etc. Não queremos que existam pessoas a reprimirem os seus sentimentos e a sua vontade de emitir uma opinião só porque têm medo que o patrão as mande embora. Cada um escolhe o seu caminho. Eu escolhi ter liberdade para falar. E você?