14 de abril de 2010

O Vaticano e a pedofilia...


Mais uma vez o Vaticano abala a opinião pública com declarações revestidas de ignorância cientifica e merecedoras de repúdio face aos recentes escândalos de pedofilia que envolvem membros do clero.

É certo que nunca deveremos confundir a igreja na sua totalidade com alguns membros que se desviam dos ensinamentos de Deus, mas seria importante admitirem que existem padres pedófilos e que por outro lado altos quadros da Igreja Católica tentaram abafar diversos casos.

Mas não! Em vez de reconhecerem isso, pedir desculpa, seguir em frente e deixar a justiça actuar... passaram ao ataque, usando como bode-expiatório pessoas com uma orientação sexual diferente "da dita normal"!

As recentes afirmações do cardeal Tarcisio Bertone (número dois do Vaticano) são inacreditáveis. Este membro do Vaticano diz que “Muitos psicólogos e psiquiatras demonstraram que não há relação entre o celibato dos padres e a pedofilia, mas muitos outros demonstraram, e disseram-me(?) recentemente, que há uma relação entre homossexualidade e pedofilia”.
Gostávamos todos de saber o conteúdo de tais estudos e os pressupostos científicos inerentes.

Para além disto, refere que “esta patologia toca todos os tipos de pessoas e os padres num grau menor, em termos percentuais”. Ou seja, no entender deste Cardeal, os padres são diferentes de todos os outros tipos de pessoas, de todos os outros seres humanos uma vez que de certo, devem ser algo superior... melhores, quiçá?!

O "Preconceito Intrínseco" continua dentro do Vaticano?

A Igreja, que tanto ajuda e luta diariamente pelo mais comum dos cidadãos, merecia representantes com outro tipo de mentalidade.

A povo, a plebe, continuará a atenta!

13 de abril de 2010

Oferta de Emprego - IPJ


O Instituto Português da Juventude pretende recrutar 2 assistentes técnicos com vínculo à Administração Pública, em regime de mobilidade interna, para exercer funções na área de recursos humanos.

Até 16 de Abril, concorre...

Para mais informações acede ao documento original aqui.
(caso necessites, estamos disponíveis para ajudar a elaborar a candidatura).

"Desafios à Esquerda" com Ricardo Rodrigues


Nelson Oliveira e Tiago Romão Cunha (JS Lousada) estiveram presentes ontem à noite, no debate promovido pela candidatura do deputado Nuno Araújo à concelhia do PS Penafiel.

O encontro subordinado ao tema "Sociedade e Política", contou com a presença de Ricardo Rodrigues, deputado da Assembleia da República e Vice-Presidente da Bancada Parlamentar do PS.

Numa plateia repleta de socialistas, foi possível trocar opiniões sobre os assuntos mais importantes do país e da governação socialista.

A Nova Europa

Passos Coelho foi finalmente entronizado como líder do PSD, num congresso (o XXXIII) pouco interessante e sem novidade.

Em mais uma reunião magna dos laranjinhas (recuso chamar de sociais-democratas os militantes do PSD) talvez as impressões mais salientes tenham sido o aparente abandono da traça conservadora tecida pela ex-líder Manuel Ferreira Leite - agora substituídos pela dinâmica populista e liberal do novo (aqui num duplo sentido) líder -, e a misoginia institucional patenteada pela sua elite, que apenas conseguiu destacar um punhado de mulheres para as dezenas de cargos a assumir nos seus diferentes órgãos políticos.

Esta viragem do PSD para o campo do populismo liberal chega tarde a Portugal (ou melhor, regressa tarde, pois fora já detectada durante o consulado Barroso) e coloca o partido do Presidente da Comissão Europeia finalmente alinhado com a tendência liberal populista europeia. Este fenómeno, muito sentido nos países do Leste e do Centro da Europa - mas também com manifestações na Europa ocidental - é marcado pelo domínio político e cultural de uma corrente de opinião que procura construir um cabaz de políticas públicas à volta da ideia de que o Estado é um mau gestor e um pior patrão.

Desta premissa deriva a constatação que "menos Estado, melhor Estado". A solução é, então, deixar que seja o mercado a gerir a sociedade, com uma ou outra reserva social. Esta hegemonia cultural foi conquistada já nos anos do novo milénio, através de intensa formação política (apoiada em diversos ‘think tanks' politicamente bem apoiados e subsidiados), com o recurso às novas tecnologias e promovendo novos protagonistas, que rapidamente atingiram posições de destaque nos meios de comunicação contemporâneos, nos jornais e na blogosfera; e Passos Coelho, ao usar como referencial esta dinâmica, demonstra não só o bom entendimento da mesma como ameaça projectar o seu potenciamento.

Naturalmente que parte da responsabilidade deste estado da arte é também das esquerdas - nomeadamente as governamentais - de alguns destes países, que ao aplicarem muitas vezes medidas públicas de direita, não tem sabido responder eficazmente às exigências políticas de quem neles deposita o voto e de quem espera uma política diferente daquela que a direita possa fazer. Por isso, julgo que é necessário - e com alguma urgência - alargar o debate sobre a nova esquerda, promover novos protagonista e programas, num movimento que envolva genuinamente partidos, sociedade civil e academia; pois estou certo que, se a esquerda nada fizer, a tendência da hegemonia cultural e política de direita na política europeia é para se manter.

José Reis Santos - Historiador

in: Diário Económico

A justiça portuguesa - Marinho Pinto

Sempre defendi que na justiça não pode haver revoluções mas sim reformas. Só que também alertei que aonde não se fizerem as reformas necessárias, mais cedo ou mais tarde terá de haver uma revolução. São as evidências da história que o mostram.

Os tribunais portugueses tornaram-se em locais onde se cometem algumas das mais escandalosas ilegalidades

O que se está a passar hoje na justiça portuguesa prenuncia uma revolução que já se afigura como inevitável, porque não se fizeram as reformas que adaptassem a nossa justiça ao estado de direito e à democracia. A justiça não foi capaz de se modernizar e, por isso, está hoje em conflito aberto com o desenvolvimento e a modernidade.

E tudo porque o estado não criou um novo arquétipo de magistrado, antes optou por manter o antigo como se ele fosse capaz de assimilar os valores da democracia e do estado do direito. O resultado está à vista: os magistrados apropriaram-se da justiça e administram-na a seu-bel prazer como quem exerce um poder absoluto e não como quem presta um serviço à comunidade. Eles mantiveram os poderes ilimitados que detinham desde o estado novo e usam-nos, muitas vezes, apenas para agredir os direitos das pessoas e dos próprios Advogados, incluindo o seu sigilo profissional.

Os tribunais portugueses tornaram-se locais onde frequentemente se cometem algumas das mais escandalosas ilegalidades, sem que as vítimas possam sequer recorrer. Os magistrados convenceram-se de que tudo lhes é permitido, apenas porque eles e só eles podem interpretar e aplicar as leis. Casos flagrantes de corrupção foram pura e simplesmente varridos para debaixo do tapete, com absolvições escandalosas, unicamente porque os visados eram juízes. Mas, apesar disso, alguns deles não se inibem de fazer julgamentos morais, em público, sobre outras pessoas.

Os magistrados portugueses consideram que o princípio da separação de poderes não se lhes aplica e, por isso, interferem com os poderes legislativos e executivo, alegando que também são cidadãos e não podem ficar diminuídos nos seus direitos. Para eles a separação de poderes serve apenas para os manter fora de qualquer sindicância democrática.

Querem ser tudo e o seu contrário. Arrogam-se titulares do órgão de soberania tribunais, mas constituem sindicatos para pressionar os outros poderes em ordem a aumentar os seus privilégios corporativos. Chegam mesmo a fazer greves às funções soberanas em que estão investidos, apenas porque - dizem - também são trabalhadores. Estranho país este em que os titulares de alguns órgãos de soberania são trabalhadores sindicalizados. Atribuem-se o poder de espiar as mais altas figuras do estado, através de escutas telefónicas sem respeito pelos requisitos formais que as leis processuais impõem, porque interpretam essas leis em função das suas conveniências e interesses.

Sentem que podem politizar e partidarizar as suas funções soberanas apenas porque sabem que a independência e a irresponsabilidade funcionais de que gozam os torna intocáveis e acima de qualquer escrutínio dos cidadãos. Muitas das suas genuínas motivações são políticas (como se vê pelas declarações públicas de alguns deles falando em nomes dos outros) e o seu verdadeiro objectivo é atacar os titulares de outros poderes soberanos com quem estão permanentemente em emulação.

Entendem que podem violar sistematicamente o segredo de justiça (com objectivos políticos e para criar artificialmente alarme social para fins processuais), apenas porque sabem que nada acontecerá, pois são eles que têm a última palavra sobre a instauração e o julgamento de qualquer processo-crime.

Os magistrados portugueses (ou alguns falando em nome deles) lançam permanentemente suspeitas infamantes sobre os patrimónios dos políticos, mas os patrimónios deles próprios estão bem resguardados e não são declarados ao Tribunal Constitucional.

Enfim, julgam que os seus poderes não têm limites e por isso agem como se tudo lhes fosse consentido no convencimento ingénuo de que a sociedade democrática lhes vai tolerar essa postura por muito mais tempo.

Eles chegaram ao ponto de inscreverem no seu estatuto funcional o privilégio ridículo de poderem entrar numa discoteca sem pagar o consumo mínimo obrigatório. Não espanta, pois, que a degradação da justiça tenha atingido o ponto sem retorno a que chegou.

É óbvio que as consequências desta situação vão ser devastadoras, até porque esse processo de degenerescência ocorre no quadro de um sistema político, também ele desacreditado e em falência. Mas isso não os preocupa nem parece incomodar muito os titulares de outros poderes soberanos.

in: JN

12 de abril de 2010

Grigory Perelman está cansado da matemática e dos matemáticos


Um génio matemático acaba de ser contemplado com um prémio de um milhão de dólares por ter resolvido um dos sete problemas mais difíceis da matemática, mas é provável que o recuse. Loucura? Aparentemente não. Pura desilusão com a matemática e os matemáticos. Afinal, não é a primeira vez que Perelman foge dos holofotes da fama a sete pés.

Quando, há uns dias, um jornalista ligou para o telemóvel de Grigory Perelman a tentar fazer-lhe umas perguntas acerca do prémio que tinha acabado de lhe ser atribuído, o matemático russo de 43 anos respondeu-lhe simplesmente: "Pare de me incomodar, estou a apanhar cogumelos."

Visto pelo prisma das descrições que dele circulam há anos na imprensa e na Net - algumas vindas dos escassíssimos privilegiados que o entrevistaram pessoalmente, mas a maioria baseada em conversas com antigos colegas ou mesmo com os vizinhos do prédio onde mora -, Perelman é a imagem escarrapachada do "génio maluco". Barba comprida e cabelo desgrenhado, unhas sem cortar há meses, olhar intenso, magro, mal vestido, de higiene duvidosa - como se tivesse a dada altura esquecido que a vida em sociedade requer algumas concessões básicas do lado da aparência e da indumentária. O que não é surpreendente: há quatro anos que Perelman vive num estado de quase reclusão no apartamento modesto que partilha, num bairro não menos modesto de São Petersburgo, com a sua mãe idosa.

Não é a primeira vez que Perelman fica sob os holofotes da fama científica - e também não é a primeira vez que foge deles a sete pés. Em 2006, foi recompensado pelo seu trabalho com a Medalha Fields, considerada o Nobel da matemática. E tornou-se o primeiro, desde a criação do prémio, em 1936, a recusá-lo. Agora, a história parece querer repetir-se na sequência da atribuição, pelo mesmo trabalho, do Prémio Milénio do Instituto de Matemática Clay (CMI), uma fundação privada com sede em Cambridge, Massachusetts, nos EUA.

Maravilhas da matemática

Aquele instituto elaborou, no ano 2000, a lista dos sete problemas matemáticos mais difíceis de sempre e ainda por resolver na entrada do novo milénio - as "sete maravilhas" da matemática, em suma -, e criou um prémio de um milhão de dólares (748 mil euros) para quem conseguisse resolver cada um deles. E justamente, o primeiro problema a "cair", logo em 2002 - a chamada conjectura de Poincaré (hoje velha de 106 anos) - foi resolvido por Perelman.

Mas Perelman não submeteu a sua demonstração para publicação a uma revista da especialidade, como é costume: publicou-a em três prestações no site arXiv.org, um repositório on-line de pré-publicações onde físicos e matemáticos expõem os seus resultados à avaliação dos seus colegas. Uma atitude considerada tão pouco ortodoxa como o seu autor e que, há oito anos, foi uma autêntica estreia na Internet vinda de um matemático reputado (que ele já era na altura). A demonstração por Perelman da conjectura, considerada muito sintética e elegante por quem a percebe, precisaria de vários anos de escrutínio cerrado até os matemáticos poderem concluir com certeza que não continha falhas.

No comunicado emitido no passado dia 18 de Março pelo CMI a anunciar o prémio, o seu presidente, James Carlson, afirmava que "a resolução da conjectura de Poincaré por Grigory Perelman (...) constitui um avanço fundamental na história da matemática, que ficará na memória durante muito tempo".

Mas quando telefonaram a Perelman para lhe anunciar a boa notícia, diz Carlson, citado pelo jornal The Independent, "ele respondeu que tinha de pensar nisso", recusando-se a dizer logo se aceitava o prémio. Os responsáveis do Clay Institute ainda têm esperanças, porém, de obter uma resposta final afirmativa e de conseguir que Perelman vá a Paris, no próximo mês de Junho, receber o galardão e celebrar o resultado.

A proeza de Perelman

O matemático francês Henri Poincaré enunciou a conjectura que tem o seu nome em 1904. Uma conjectura, diz o mesmo documento do CMI, que "é fundamental para conseguir perceber as formas tridimensionais". E nomeadamente, acrescente-se, a forma do Universo.

Mas uma conjectura é, antes de mais, uma proposição matemática que parece ser verdade, mas que se revela muito difícil de provar ou invalidar - e que portanto não pode ganhar, enquanto essa situação se mantém, o estatuto de teorema. E a conjectura de Poincaré resistiu de facto aos embates repetidos dos matemáticos mais aguerridos durante quase um século.

A conjectura de Poincaré tem a ver com uma área da matemática, a topologia, que estuda as propriedades estruturais que certos objectos conservam mesmo quando sofrem deformações extremas mas "contínuas" (ou seja, que não os rasguem nem os furem) - quando sofrem um morphing, para utilizar uma palavra na moda. Por exemplo, para um especialista de topologia, uma bola de futebol, ou a pele de uma laranja, mesmo espalmadas, esticadas, espezinhadas, serão sempre uma esfera (uma superfície cujos pontos se encontram todos à mesma distância do centro). Isto porque, desde que tenha conservado a sua integridade, essa forma tão disforme, irreconhecível, poderá sempre recuperar a sua redondez original através de deformações graduais, contínuas - no caso da bola, por exemplo, bastaria para isso enchê-la com ar devagarinho, cuidadosamente. Já um pneu (ou um donut) nunca se poderá transformar numa esfera por este tipo de procedimento porque tem um buraco no centro - o que o torna radicalmente diferente, do ponto de vista topológico.

Os matemáticos explicam muitas vezes as suas ideias com imagens que para os leigos podem parecer estranhas. Mas, de facto, uma maneira simples de perceber (e demonstrar) que um objecto é uma esfera consiste em imaginar um elástico esticado em redor do objecto. Seja qual for a posição inicial do elástico, se o objecto for topologicamente igual a uma esfera, ao deslizar o elástico sem permitir que deixe de estar em contacto com a superfície do objecto, o elástico poderá sempre ser encolhido até ficar "reduzido a um ponto" e retirado sem danificar a superfície. Pelo contrário, o mesmo nunca poderá acontecer com um elástico colocado à volta de um pneu (ou um de donut) que passe pelo buraco central. Para o "reduzir a um ponto" e o retirar, será sempre preciso rasgar o pneu (ou o donut). Superfícies cuja integridade nunca sofre com o encolhimento do elástico, como a bola de futebol (mas não o donut) são qualificadas de "simplesmente conexas".

Menino-prodígio

Um pouco mais abstracto: tal como um círculo é uma forma unidimensional num espaço a duas dimensões (o plano), uma esfera é uma superfície, ou forma, bidimensional no nosso espaço físico habitual a três dimensões - e, subindo mais um degrau, uma "hiperesfera tridimensional" é uma forma com todos os seus pontos a igual distância do seu centro num espaço com quatro dimensões. E o que Poincaré conjecturou foi precisamente que, tal como acontecia com a esfera num espaço com três dimensões, num espaço a quatro dimensões mesmo as formas mais disformes eram equivalentes a uma hiperesfera tridimensional desde que não tivessem buracos (como os donuts) - ou seja, desde que fossem "simplesmente conexas".

Paradoxalmente, ao longo dos últimos 20 anos, as conjecturas semelhantes a esta em espaços com mais de quatro dimensões foram sendo demonstradas - graças contudo a avanços matemáticos que justificaram a atribuição de várias medalhas Fields. Mas a conjectura original de Poincaré, essa, permaneceu imune às tentativas de resolução até à chegada de Perelman, que teve mesmo assim de desenvolver uma série de técnicas e métodos inéditos ao longo de vários anos para conseguir perceber exactamente o que se passava neste caso e concluir que a conjectura também era válida para a hiperesfera tridimensional.

Perelman foi sempre um ás da matemática e em 1982, ainda adolescente, ganhou a medalha de ouro nas Olimpíadas Internacionais de Matemática. Fez investigação no prestigiado Instituto Steklov de São Petersburgo e, no início dos anos 1990, passou uma longa temporada nos Estados Unidos, convidado consecutivamente pelas universidades de Nova Iorque, Stony Brook, Berkeley. Num artigo de 2006 do jornal The New York Times, um colega norte-americano recorda-o nessa altura dizendo que "parecia Rasputin, com o cabelo e as unhas compridas", e que era uma personagem "um pouco de outro mundo - amável, mas tímido e nada interessado na riqueza material". Alimentava-se de pão, queijo e leite e já na altura gostava de apanhar cogumelos nos bosques.

Foi durante a sua estadia nos EUA que conheceu dois grandes matemáticos envolvidos no esforço de resolução da conjectura de Poincaré - e, a partir daí, tendo percebido que a resolução do problema estava empancada, lhe dedicou toda a sua energia quando regressou a São Petersburgo, em 1995. Depois de anos de silêncio, publicou a sua demonstração em 2002 e voltaria mais uma vez aos EUA, em 2003. A seguir, os seus contactos com o mundo da matemática foram-se tornando cada vez mais escassos, até que cessaram quase por completo.

Desgosto ético

Teria Perelman abandonado a matemática, o mundo? Teria, talvez, perdido a razão? É frequente ouvir-se dizer que os génios matemáticos sofrem por vezes de perturbações mentais - doença bipolar, síndrome de Asperger, depressão grave, entre outras.

Em 2006, a escritora e jornalista Sylvia Nasar, autora da célebre biografia do genial matemático John Nash, que sofria de esquizofrenia - intituladaUma Mente Brilhante (A Beautiful Mind, em Portugal editada pela Relógio d"Água) e que deu também origem a um filme com Russell Crowe no papel de Nash -, esteve na Rússia e conseguiu entrevistar Perelman, um acontecimento raríssimo. E, num artigo publicado na revista New Yorker, ela e o seu co-autor (David Gruber) contaram o que, segundo o próprio Perelman, lhe tinha acontecido.

Ao que tudo indica, o matemático não tinha enlouquecido: estava apenas desgostoso com os seus pares e tinha escolhido, mais uma vez, uma forma peculiar de mostrar o seu desgosto. Estava particularmente enojado com um deles, Shing-Tung Yau, laureado da Medalha Fields em 1982, professor de Matemática em Harvard e nas Universidades de Pequim e Hong Kong. Basicamente, Yau tinha começado por criticar a demonstração publicada em 2002 por Perelman no arXiv.org, argumentando que estava incompleta, e acabado por afirmar, em 2006, que tinham sido investigadores chineses da sua equipa a elaborar a derradeira prova da conjectura.

"Não são as pessoas que quebram as normas éticas que são vistas como estranhas", explicou Perelman a Sylvia Nasar naquele dia que passou com ela a passear por São Petersburgo. "São as pessoas como eu que ficam isoladas." E a propósito de Yau, acrescentou: "Não posso dizer que estou escandalizado. Há gente pior. Claro que muitos matemáticos são mais ou menos honestos, mas quase todos são conformistas. São mais ou menos honestos, mas toleram os que não o são." Perelman não é o único a pensar que Yau não acrescentou nada à sua demonstração; eminentes matemáticos concordam com ele - e o prémio que agora foi anunciado é disso mais uma prova. Yau, por seu lado, ameaçou processar os autores do artigo daNew Yorker por difamação, mas acabou por não o fazer.

Sergei Kisliakov, director do Instituto Steklov, disse ao jornal The Guardian há uns dias que Perelman tem "princípios morais bastante estranhos" e que "reage muito mal a pequenos pormenores que considera impróprios".

Mas uma coisa parece certa: Perelman é fiel aos seus princípios. Quando a atribuição do Prémio Millennium fez acorrer um cortejo de jornalistas à sua casa, conta ainda o The Independent, o matemático terá gritado a um insistente repórter do The Daily Mail, através da porta fechada do apartamento: "Tenho tudo o que preciso!" E a sua mãe terá dito a um repórter do tablóide russo Komsomolskaya Pravda: "Não queremos falar com ninguém; não nos façam perguntas sobre o prémio."

Ninguém sabe qual será a decisão final do génio desiludido. Entretanto, várias organizações de solidariedade e outras entidades russas já pediram encarecidamente a Perelman para aceitar o prémio e doar o dinheiro a uma boa causa.

in: Público

Portugal ajuda a salvar Grécia com 774 milhões

As Finanças justificam o contributo de Portugal com a necessidade de solidariedade entre os Estados-membros. Grécia receberá 30 mil milhões.

Apesar da difícil situação financeira do País, o Governo português decidiu ontem participar no mecanismo de empréstimos bilaterais da zona euro à Grécia, que pode atingir 30 mil milhões de euros. De acordo com a chave de repartição acordada, Portugal terá de emitir dívida pública para cobrir um empréstimo de até 774 milhões de euros a Atenas, reembolsado a uma taxa ligada à Euribor e que neste momento seria de 5%. Pelas actuais condições de mercado a que Portugal tem colocado a sua dívida, esta operação pode até resultar rentável para o Estado, ao longo dos três anos de duração desse crédito.

O ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, disse ontem que "Portugal participará neste esforço conjunto numa proporção correspondente à sua dimensão económica e financeira, reflectida na participação no capital do BCE (2,58% excluída a Grécia)".

SAUDADES! SAUDADES!

No Inverno de 1899, apeava-se em Lousada, vindo de Lisboa, um jovem de 23 anos. Chamava-se Augusto Eliseu de São Boaventura e fora nomeado Administrador do Concelho, cargo de magistratura administrativa, existente em Portugal entre 1835 e 1937, a quem competia a representação do Governo para o cumprimento da Lei, das regras da administração pública e da autoridade policial.

Muito poucos anos permaneceu São Boaventura em Lousada. No entanto, a sua participação na sociedade concelhia foi tão envolvente e a apreciação pelas virtualidades locais tão sincera que as verteu em crónicas, quarenta anos depois das suas inolvidáveis vivências, quando regressou em breve visita para matar saudades e partiu mais saudoso ainda.

Primeiramente publicadas no “Jornal de Lousada” em 1939, e imediatamente compiladas num livro admirável – precisamente intitulado “Saudades! Saudades!” -, reeditado pela Câmara Municipal em 1997, são um emocionante repositório da hospitalidade de um povo que continua a entrelaçar o passado e o futuro em garbosa harmonia.

As tradições do Carnaval e da Páscoa, as romarias, os bailes, a caça ou o ambiente de fidalguia das casas senhoriais são retratados com enorme sensibilidade, tal como as descrições da Vila de Lousada, “mais alegre, mais pitoresca, mais garrida”, do Monte do Senhor dos Aflitos, com os seus “admiráveis e frescos jardins. Soberbos arvoredos. Ruas cheias de frescura e poesia” e de uma região, que é “um paraíso, com todos os seus encantos e todas as suas maravilhas”.

Na gastronomia, a rendição às “sopas e mais sopas, guisados e mais guisados, saladas e mais saladas, assados e mais assados, peixes e mais peixes, frutas e mais frutas, aos “doces feitos por gentilíssimas mãos” e ao soberbo e “rico pão-de-ló, daqueles do tamanho de rodas de carro, tão doce, tão delicado e tão fofo como beijinhos de moça casadoira”. A acompanhar, um “vinhinho verde, rubro, espumoso, saltitante, capaz de rachar pedras e que alegrava o coração, que abria a inteligência e que acariciava a alma”.

São Boaventura, que era também jornalista, acompanhando o rei D. Carlos nas suas visitas à Madeira, aos Açores, a Paris, que comeu à mesa com um Imperador, com reis e Presidentes da República, sublinha mesmo: “comi bem, apreciei cozinhas diferentes e iguarias raras (…) mas tão variados pratos, tão admiravelmente condimentados, só em Lousada.

Daí não surpreender a confissão do escritor Fialho de Almeida, alentejano convicto, em bilhete dirigido ao São Boaventura tempos depois de uma visita que aqui lhe fez: “Cama dura. Caldo de Deuses. Vinho de Altar. Sobe aos Céus. Não voltes a Lisboa. Já estás no Paraíso.”

Mais de um século volvido, Lousada continua fiel a si própria, rejuvenescida por novas propostas, novos programas, novos empreendimentos.

Se ainda pudesse regressar, São Boaventura repetiria, ainda com mais emoção, o estribilho com que encerrou cada uma das crónicas: “Lousada, que foste a maravilha da minha mocidade e és a maior saudade da minha velhice!”

Eduardo Vilar - in: Verdadeiro Olhar

Bom senso!

Deputados recusam folga pela visita do Papa

Os deputados da Assembleia da República não querem folga pela visita do Papa a Portugal. Todos os partidos com assento parlamentar recusaram a hipótese de propor uma amnistia a propósito da visita de Bento XVI ao nosso país, avança o jornal «i».

Ao contrário do que aconteceu em visitas papais anteriores, desta vez, não haverá qualquer amnistia ou perdão de penas, decidida pela Assembleia da República.

A culpa é, em boa parte, da crise económica e do clima de crispação social que se vive, a propósito de muitas das medidas decididas por causa da crise e que desagradaram aos portugueses.

11 de abril de 2010

Condolências

Polónia

Ora diga lá outra vez?


Morais Sarmento, presidente do Conselho de Jurisdição cessante do PSD, afirmou este sábado que não vai discursar no XXXIII Congresso Nacional para não correr o risco de o PS «pensar que tem algum aliado» entre os sociais-democratas, escreve a Lusa.

9 de abril de 2010

Cultu’JS


"No próximo sábado, dia 10, sobe ao palco do Auditório Municipal, pelas 21H30 a peça “Sopa de Massa” de Constantino Alves, pelo teatro “O Nariz”.

Sopa de Massa é um monólogo satírico de um homem perdido na sua vida que se procura num percurso através da grande cidade, entre a rotina do vício e a rotina do sistema social. "

José Sócrates - Anos 80

JS/JS (José Sócrates/Juventude Socialista) - Anos 80

8 de abril de 2010

Magistrados - "O Erro de Saldanha Sanches"?


Há um livro que gosto muito, o seu nome é O Erro de Descartes e como devem saber quem o escreveu foi o nosso António Damásio, contrariando as concepções no Dualismo Mente-Corpo de Descartes.
É fascinante que uma verdade absoluta num determinado dia, torna-se ultrapassada no dia seguinte, contudo isto não acontece com os nossos magistrados.

Saldanha Sanches disse, certo dia, que "não há classes incorruptíveis", mas pelo que parece está enganado!

O Partido Socialista tenciona apresentar uma proposta de modo a que os Magistrados sejam obrigados a entregar a sua declaração de rendimentos ao Tribunal Constitucional.

Como é de esperar a confusão gerou-se para os lados dos tribunais. Baptista Coelho (Ass. Sindical dos Juízes) refere em primeiro lugar que os juízes "não têm nada a temer" mas que a medida é “absolutamente inócua” e que “demonstra a incapacidade da classe política para combater a corrupção em Portugal”. Acrescenta ainda que “os resultados vão ser zero, porque não consta que haja casos de corrupção na magistratura”.

Algo não está a bater certo. A medida tenciona prevenir os casos de corrupção e os juízes estão contra? Por outro lado é notório que os magistrados tem muito poder na nossa sociedade e podem estar em posições... "aliciantes"!

Melhor do que ninguém, os juízes sabem que não existem pessoas incorruptíveis na nossa sociedade (até porque julgam-nas diariamente). Mas pelos vistos, não há a mínima hipótese de um magistrado ser (um dia, quem sabe!) corrompido!

Podemos portanto, estar descansados!

Escrevam... "O Erro de Saldanha Sanches".

Uma Frase a ter em conta

"Portugal é injustamente inscrito na lista injuriosa dos PIGS (porcos) (Portugal, Irlanda, Grécia e Espanha) pelos operadores do mercado".

Philippe Marini, relator-geral da Comissão de Finanças do Senado francês - Le Monde

Me voy

Pronto pessoal, prometo que da próxima vez, vai o Secretariado em peso!

7 de abril de 2010

Pais do Amaral acusa Moniz de usar TVI para derrubar Governo de Santana Lopes


Como se não bastasse, temos aqui mais uma prova da credibilidade jornalística da linha editorial seguida pela TVI nos tempos de JE Moniz e MM Guedes. Agora é a vez de Pais do Amaral referir que também Santana Lopes foi alvo da TVI.
Que irão dizer agora todos os Sociais-Democratas que colocaram nos píncaros a idoneidade de JE Moniz? Continuarão a defende-lo?

O ex-accionista da Media Capital afirmou ter tentado substituir o "posicionamento" da TVI e afastado Moura Guedes por interesse comercial: "Uma TV com informação séria vale mais" (in: Público)

Ai, estes "escritores"... Fazem-me lembrar alguns artistas da terra

Olhem só o CV de Pedro Passos Coelho no site do PSD:

O que é o Partido Social DEMOCRÁTICO. Ou a Juventude Social DEMOCRÁTICA?

(podem ver a versão original em http://www.psd.pt/archive/doc/CV_-PPC.pdf)


(imagens retiradas do CV de PPC)

O terrível Ângelo está a corrigir as redacções do Pedro:

— Então, vamos lá a corrigir isto, Pedro. “Social Democrático”?! Lê lá os estatutos do PSD e fixa o nome, porra. Ai esta miudagem é levada da breca.

in: Câmara Corporativa (blog)

Mário Soares em Lousada


No próximo dia 23 de Abril comemora-se o 1º Centenário da República, com a Conferência "República e Liberdade" no Auditório Municipal de Lousada. Esta iniciativa contará com a presença do ex- Presidente da República - Dr. Mário Soares.

Mário Soares é, a par de José Sócrates, uma das pessoas mais importantes da política nacional a marcar presença em Lousada nos últimos meses.

Um (mau) exemplo Espanhol!

Baltazar Gárzon irá ser julgado por investigar crimes do tempo do Franquismo.

Os queixosos acusam Garzón de ter montado um "artifício jurídico" para abrir um inquérito aos desaparecidos da Guerra Civil espanhola (1936-1939) e do regime do general Francisco Franco (1936-1975), ignorando uma lei de amnistia geral aprovada pelo parlamento espanhol em 1977, dois anos depois da morte de Franco (JN).

Todo e qualquer cidadão tem direito a recorrer à justiça, mas quando se julgam pessoas por tentarem colocar em prática algo que é justo e coerente, aí estamos mal!

Energia: socialistas querem tornar transparente consumo do Estado


O grupo parlamentar do Partido Socialista vai apresentar no Parlamento uma recomendação legislativa para obrigar o Estado a divulgar quanto a administração pública gasta em energia e para facilitar a fiscalização desse consumo, disse no passado domingo em declarações à Lusa o deputado Duarte Cordeiro.

A recomendação, assinada pelos deputados socialistas Duarte Cordeiro, Jorge Seguro Sanches, Francisco Assis e António José Seguro, visa fazer o Governo criar uma lei que obrigue os organismos de Estado a comunicar de forma pública as facturas energéticas e a definir medidas de redução do consumo.

“O Estado é seguramente o maior consumidor energético em Portugal, e tem por isso de haver uma maior fiscalização sobre o seu consumo, para que tenha um comportamento exemplar”, disse Duarte Cordeiro em declarações à Lusa.

“Acreditamos que a proposta terá efeitos positivos para sensibilizar os agentes públicos para a necessidade de maior transparência no consumo energético”, acrescentou o deputado.

O texto da proposta recomenda ao Governo que - em acordo com a Associação Nacional de Municípios e com os Governos Regionais dos Açores e da Madeira - aprove legislação que obrigue à divulgação na Internet, para além dos consumos, planos de poupança energética definidos por ministério, por região autónoma e por município.

"Obrigar o Estado a ser um exemplo"
O diploma visa também encorajar as autarquias a poupar energia, discriminando positivamente, na atribuição de financiamento estatal, os municípios que se comprometam com a implementação de planos de redução de consumo.

“O futuro passa pelas energias renováveis e por maior eficiência energética, mas também pela redução do consumo. O princípio da proposta é obrigar o Estado a ser um exemplo na redução do consumo energético e incentivar o Estado à redução”, frisou Duarte Cordeiro.

O deputado mostrou-se convicto ainda que a proposta socialista merecerá o apoio dos outros partidos políticos. “É um sinal para que o Governo legisle rapidamente e em diálogo com as autarquias e com os governos regionais”, afirmou.

A proposta legislativa visa ainda obrigar os organismos do Estado a divulgar o consumo em percentagem do orçamento de funcionamento anual, a lista dos dez edifícios mais gastadores por cada agência estatal e ainda a avaliar as emissões de dióxido de carbono relativas ao consumo, com planos de compensação de emissões.

in: JS

6 de abril de 2010

Ainda bem que há pessoas assim

Ora aqui está um site que se recomenda: http://wikileaks.org/
Acham que não? Vejam

PSD tem mais dívidas do que todos os outros partidos juntos

Quem não se sabe governar a si mesmo, como é capaz de Governar o país? PPC e os seus amigos deviam responder a isto no Congresso!

Curiosidades


- O PCP tem mais imóveis do que todos os outros partidos juntos. 276 imóveis sendo que, não se sabe o seu valor patrimonial.

- Pedro Passos Coelho começa a faltar à palavra. Agora que é líder, a "Lei da Rolha" faz muito jeito:
"No XXXIII Congresso social democrata, marcado para sexta, sábado e domingo, em Carcavelos, não serão votadas quaisquer alterações aos estatutos do PSD, disse hoje à agência Lusa o secretário geral do partido, Luís Marques Guedes" in: Sol

5 de abril de 2010

Debate no Parlamento


A estratégia da oposição para promover as exportações... é criticar a politica de promoção de exportações por parte do Governo PS e... ponto final!

A oposição (renovada) está cheia de ideias novas...

Oferta de Emprego

Precisa-se de Contabilista, sério e responsável, com mais de 5 anos de experiência. Remessa de Ficha de Militante, com carta de apresentação, para o PSD.
"Em matéria de património imobiliário, o mais recente acórdão do Tribunal Constitucional (TC) sobre as contas anuais dos partidos, relativo a 2006, aponta irregularidades só ao PCP e ao PSD, tendo concluído que ambos "violaram o dever genérico de organização contabilística" decorrente da Lei de Financiamento dos Partidos Políticos e das Campanhas Eleitorais em vigor (Lei n.º 19/2003, de 20 de Junho)."

O-tal-plano-e-os-tais-vinte-anos![3]

Pergunta: E se um Professor não perceber nada do que escreve?
Resposta: Tem de pedir ajuda ao 2264.

Vá lá...



Vá lá, Bessa, tu consegues... Só falta mais uma! Está quase!


"nas últimas eleições antárcticas, ter 800 jovens assistir a apresentação de um programa autárquico de juventude"




Segurança Social penhora sete mil contas bancárias


Governo avança com as primeiras medidas do ano contra os contribuintes faltosos. Até ao fim do ano deverão ser lançadas 60 mil penhoras.

A Segurança Social avançou neste fim-de-semana com a primeira grande acção de penhoras bancárias do ano. A iniciativa recaiu sobre sete mil contribuintes faltosos - no conjunto do ano, o Governo espera avançar com penhoras de vários tipos sobre 60 mil devedores - e enquadra um montante global de dívida de 123 milhões de euros.

De acordo com a informação apurada pelo Diário Económico junto do Ministério do Trabalho, é no Porto e em Lisboa que se localiza a maior parte dos devedores abrangidos (quase metade do total). Segue-se Braga, Faro e Leiria.


Este primeiro processo de penhoras bancárias, que começou na sexta-feira e termina hoje, corresponde a um valor médio em dívida de 17.571 euros.

Sendo realizado por via electrónica, tem eficácia prática imediata. "A regularização posterior de cada situação dependerá da resposta do devedor", explica o Ministério liderado por Helena André. Caso o contribuinte faltoso não avance qualquer resposta, "os saldos cativos serão transferidos para o IGFSS [Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social] em prazo não superior a 60 dias", continua a mesma fonte.

Mais do que recuperar dívida através da transferência de saldos, a Segurança Social foca-se "sobretudo no estímulo para a realização de acordos" para pagamento em prestações, "opção para a qual os serviços se encontram já preparados".

Aliás, recorda o Ministério, cada acção de penhora acaba por ser instrumental para cumprir os objectivos de cobrança já estabelecidos no Plano de Combate à Fraude e Evasão Contributivas - que se distribuem por quatro vertentes: cobrança coerciva, acordos de pagamento em prestações, dissuasão do incumprimento e medidas junto dos grandes devedores. O ano de 2009 pode ser um bom exemplo disso, uma vez que os contribuintes faltosos regularizaram 100 milhões de euros já depois da penhora de contas bancárias, de imóveis e veículos ou de outros créditos. A maioria destes acordos estão em vigor até 2012.

in: Diário Económico

4 de abril de 2010