8 de abril de 2010

Magistrados - "O Erro de Saldanha Sanches"?


Há um livro que gosto muito, o seu nome é O Erro de Descartes e como devem saber quem o escreveu foi o nosso António Damásio, contrariando as concepções no Dualismo Mente-Corpo de Descartes.
É fascinante que uma verdade absoluta num determinado dia, torna-se ultrapassada no dia seguinte, contudo isto não acontece com os nossos magistrados.

Saldanha Sanches disse, certo dia, que "não há classes incorruptíveis", mas pelo que parece está enganado!

O Partido Socialista tenciona apresentar uma proposta de modo a que os Magistrados sejam obrigados a entregar a sua declaração de rendimentos ao Tribunal Constitucional.

Como é de esperar a confusão gerou-se para os lados dos tribunais. Baptista Coelho (Ass. Sindical dos Juízes) refere em primeiro lugar que os juízes "não têm nada a temer" mas que a medida é “absolutamente inócua” e que “demonstra a incapacidade da classe política para combater a corrupção em Portugal”. Acrescenta ainda que “os resultados vão ser zero, porque não consta que haja casos de corrupção na magistratura”.

Algo não está a bater certo. A medida tenciona prevenir os casos de corrupção e os juízes estão contra? Por outro lado é notório que os magistrados tem muito poder na nossa sociedade e podem estar em posições... "aliciantes"!

Melhor do que ninguém, os juízes sabem que não existem pessoas incorruptíveis na nossa sociedade (até porque julgam-nas diariamente). Mas pelos vistos, não há a mínima hipótese de um magistrado ser (um dia, quem sabe!) corrompido!

Podemos portanto, estar descansados!

Escrevam... "O Erro de Saldanha Sanches".

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