15 de março de 2011

A direita com medo, a direita a salivar

"Nunca a direita me causou tamanho espanto. Isto que se chama de democracia vive bem se direita e esquerda conseguirem ser alternativas de poder, com propostas ancoradas em projectos de governação que se vejam e, claro, com a determinação de exercer efectivamente o poder, premissa mais fácil ou mais difícil consoante os tempos que correm, mas que tem de estar sempre presente em quem nos diz votem neste ou naquele Partido, com um rosto que é a ilusão possível de um líder.

Não sei o que se passa com a direita. Com a direita que pode vir a ser Governo. Sei que há uma direita que aprova medidas de austeridade e que depois aplaude e comenta com mãos de Pilatos o discurso do Presidente comparsa que diz demagogicamente dos limites dos sacrifícios que podem ser pedidos aos portugueses.

Essa direita que sabe estar tudo mal e que apresenta proposta nenhuma, que se revê, repito, quase em lágrimas, num discurso de tomada de posse que lhe dá base para uma moção de censura, no dia seguinte pia baixinho e vota contra o instrumento parlamentar que pode derrubar o Governo. Alguém, no seu perfeito juízo, ouvindo o líder do PSD e todos os seus discípulos devorarem o que entenderam ter sido uma crítica violenta ao Governo e mesmo um novo plano de acção acredita que não concordavam com a moção de censura do BE? Concordavam, sim (tal como o CDS). Mas andaram para ali às voltas, tendo a opção de dizer bem alto que pura e simplesmente não reconhecem o BE como força política legítima ou coçar as unhas na madeira, como os gatos, cheios de medo do poder, cheios de medo do poder, cheios de medo do quê? Da responsabilidade.

Não querem, não podem, não sabem agir de acordo com o que dizem, isto é: ser autênticos. Se o fossem, já teríamos tido moção de censura, já teriam soprado ao ouvido de Cavaco que dissolvesse a AR. O PR, líder da oposição, já o teria feito. Mas e depois? Quem passaria a ser o rosto das medidas de austeridade? Não é melhor que seja o Sócrates? Não é melhor que seja ele e que se continue a dizer umas cenas na televisão, com os blogues a dizerem das suas, que isto tem um limite, isto que o PSD aprovou, sim, pois, sempre a referirem-se aos lugares, esses morangos cobertos de chocolate, perguntando se já estarão “preenchidos”?

Pois é. A miséria da direita, quando vamos às suas bases, aos jovens que escrevem na bloga, e que hão-de ser qualquer coisa no futuro, e alguns já são, já têm “lugares” e tudo, os malandros, encontramos a estratégia/preocupação recorrente, em forma de pergunta, de querer saber se “restam” vagas neste ou naquele organismo internacional ou então dão-nos conta de nomeações como se de crimes.

Desgraçada direita sem ideologia, sem projecto, sem propostas, com medo do poder, que só quererá quando entender ser isso bom para si e não quando for isso bom para o país; desgraçada direita que vai contando o tempo apontada para os lugares, salivando, salivando muito, são morangos cobertos de chocolate, não é poder, é uma cadeira quentinha".

Isabel Moreira

in: Aspirina B

Afinal é possível...


"Uma bomba' do Pingo Doce de Monção vende gasolina 15 cêntimos abaixo do preço das grandes gasolineiras.

É um caso raro, mas uma gasolineira portuguesa consegue ter preços mais baixos do que as 'bombas' espanholas... e até atrai clientes do país vizinho".

in: DN

14 de março de 2011

Jornalismo isento, concreto e abrangente - Uma visão acertada sobre a manifestação "Geração à Rasca"

Amid crisis, Portuguese youth takes to streets

LISBON, Portugal -- Portugal's disgruntled Facebook generation, inspired by a pop song, marched in a dozen cities Saturday to vent its frustration at grim career prospects amid an acute economic crisis that shows no sign of abating.

Some 30,000 people, mostly in their 20s and 30s, crammed into Lisbon's main downtown avenue, called onto the streets by a social media campaign that harnessed a broad sense of disaffection. Local media reported thousands more attended simultaneous protests at 10 other cities nationwide.

A banner at the front of the Lisbon march said, "Our country is in dire straits." Another said, "We are the future." The Lisbon march was festive and raucous, featuring brass bands, drum combos and small children with balloons. Middle-aged parents also turned out.

Portugal, western Europe's poorest country, is producing the best-qualified generation in its history, thanks to big investments in education.

But after a decade of feeble economic growth and a huge debt burden that has forced the government to enact crippling austerity measures, Portugal's economy can't deliver the opportunities that trained young people are seeking.

The jobless rate stands at a record 11.2 percent, and half the unemployed are under 35. In the third quarter of last year, 68,500 college graduates were idle - a 6.5 percent increase on the same quarter the previous year, according to the National Statistics Institute.

Like Greece and Ireland, other debt-heavy European countries, analysts say Portugal is on the verge of needing an international bailout that would prevent its financial collapse but doom it to more years of recession.

"People's well-being has taken second place to financial matters," said Luis Santos, a 28-year-old out of work since graduating from Lisbon University three years ago. Most of his old college friends also are finding it hard to get on the career ladder. "It's hard to come across anyone who's happy about their prospects," he said.

Portugal's youth isn't just angry at unemployment but at "underemployment" - low paid, dead-end jobs beneath their levels of qualification - which leaves them stuck at home with their parents into their 30s.

Goncalo Montenegro, 45, was at the Lisbon march with his 14-year-old son. He works as a salesman but said he is worried about his son's future. "We're passing on this mess and our debt to the next generation," he said. "We have to find a different path."

Four college graduates in their 20s were inspired to organize the unprecedented protests after a pop song struck a chord with their despairing generation.

The song, called "What a fool I am" by Portuguese band Deolinda, was an unexpected hit in January, even though it hadn't been released yet. An amateur video of a concert performance of the song posted on YouTube went viral as it set a generation's simmering grievances to music.

The song's lyrics, including the lines "I can't go on like this/This situation's dragged on for too long," built into a battle cry.

Joao Labrincha, a 27-year-old unemployed graduate from Coimbra University, said he and three friends took a spontaneous decision to organize the marches after seeing the video.

"We realized that lots of people are unhappy. It wasn't just us," Labrincha told The AP. Within weeks, thousands had signed up to their Facebook page and commented on their blog.

The protest's manifesto said it wasn't targeting the country's embattled government, though many banners at the Lisbon march chided politicians. The demonstration's aim is to make people aware they have to pull together to change the country's course.

"We are protesting so that all those to blame for our current uncertainty - politicians, employers and even ourselves - might unite and quickly change this situation, which has become intolerable," the manifesto says.

After contracting in 2009, Portugal is forecast to record a double-dip recession this year.

Portugal's current economic plight stems from its inability to generate wealth while amassing massive public and private debt to finance its western European lifestyle.

in: The Washington Post

Futuro mapa autárquico pode ter menos mil freguesias

"Governo não exclui a hipótese de vir também a extinguir municípios ou a relocalizar outros".

"Arranca amanhã, terça-feira, o debate público em torno da redução do número de freguesias em Lisboa, de 53 para 24, quando são já vários os municípios disponíveis para rever o mapa autárquico. O Governo aproveita a "embalagem" lançando, para já, sete debates até ao Verão.

Dezasseis de Abril, na Universidade do Minho. É esta a data e o local marcado pelo Governo para dar o toque de partida do debate que servirá de base ao futuro regime legal de criação, fusão e extinção de freguesias e a uma reforma administrativa que vinha há muito sendo adiada e que António Costa, presidente da Câmara de Lisboa, tentou, em 2005, enquanto ministro da Administração Interna".

in: JN

PS Lousada


O PS Lousada esteve presente na apresentação da Moção de Candidatura de José Sócrates a secretário-geral, que decorreu ontem em Penafiel.
A representar o secretariado nacional esteve o Ministro da Economia - Dr. Vieira da Silva.

12 de março de 2011

Desemprego

"Independentemente da perspectiva por que seja abordado, o desemprego constitui sempre um grave flagelo, com consequências funestas e, por vezes, devastadoras.

Na verdade, as repercussões não incidem apenas na quebra do rendimento, mas, igualmente, no caminho que abre para a pobreza, a exclusão e as desigualdades, a restrição da autonomia individual, familiar e social, a corrosão da auto-estima e do sentido de responsabilidade, a sobrecarga para a comunidade, a deterioração do equilíbrio social e político…

Nos últimos tempos, temos verificado na nossa região os malefícios do desemprego massivo. Infelizmente, não se trata de um fenómeno localizado, mas Do resultado de um contexto mundial francamente adverso, dada a interdependência global em que actualmente vivemos. Por isso, as medidas tantas vezes exigidas às autarquias locais somente poderão assumir um contributo bastante relativo, quer na prevenção das causas, quer no aligeiramento das suas consequências.

Porém, este condicionamento não poderá nunca desobrigar o poder local das responsabilidades e desafios perante um cenário tão doloroso. Por isso mesmo, a Câmara de Lousada tem intervindo em várias frentes no sentido de fazer face a um problema que muito a preocupa, e para o qual também gostaria de ter soluções mais eficazes.

Da rede de acessibilidades, da continuação da isenção da derrama, à colaboração e disponibilidade para o atendimento a empresários desenrola-se um conjunto de atitudes para a tentativa de captação e fixação de novas empresas, complementadas com o meritório trabalho realizado pelo Gabinete de Apoio ao Investidor. Os gabinetes de apoio à empregabilidade e a aposta na formação e na valorização das qualificações académicas e profissionais assumem, igualmente, um papel determinante, convergindo para o Plano de Desenvolvimento Social. De resto, a Rede Social tem vindo exercido uma acção articulada entre todas as instituições representadas, merecendo a promoção do emprego e o apoio às famílias com mais dificuldades enfoque especial.

Se no turismo e na Rota do Românico podem residir fundadas esperanças para um futuro melhor, o tempo é, ainda, de crise acentuada para uma população com baixos rendimentos.

Mas, hoje, mais do que nunca, o envolvimento e participação de todas as forças vivas são determinantes para vencermos um dos maiores desafios que o concelho e a região se viram confrontados".

Eduardo Vilar

in: Verdadeiro Olhar

11 de março de 2011

Cavaco: a cada passo, presidente de alguns, e homem de memória eventual

É difícil encontrar um Presidente da República que consiga, num parágrafo, fazer passar um apelo amuado a um conceito de família não inclusivo e à moralidade na designação de dirigentes da Administração Pública, ele, o pai do Estado laranja.

"No momento que atravessamos, em que à crise económica e social se associa uma profunda crise de valores, há que salientar o papel absolutamente nuclear da família. A família é um espaço essencial de realização da pessoa humana e, em tempos difíceis, constitui o último refúgio e amparo com que muitos cidadãos podem contar. A família é o elemento agregador fundamental da sociedade portuguesa e, como tal, deve existir uma política activa de família que apoie a natalidade, que proteja as crianças e garanta o seu desenvolvimento, que combata a discriminação dos idosos, que aprofunde os elos entre gerações.O exercício de funções públicas deve ser prestigiado pelos melhores, o que exige que as nomeações para os cargos dirigentes da Administração sejam pautadas exclusivamente por critérios de mérito e não pela filiação partidária dos nomeados ou pelas suas simpatias políticas". por: Cavaco Silva

in: Aspirina B

10 de março de 2011

Ainda não se conhece qualquer reacção de Oliveira e Costa às palavras de Cavaco




"Em vários sectores da vida nacional, com destaque para o mundo das empresas, emergiram nos últimos anos sinais de uma cultura altamente nociva, assente na criação de laços pouco transparentes de dependência com os poderes públicos, fruto, em parte, das formas de influência e de domínio que o crescimento desmesurado do peso do Estado propicia. É uma cultura que tem de acabar".



in: Câmara Corporativa



Miguel Sousa Tavares comenta canção vencedora do Festival da Canção e Movimento Geração à Rasca



FRASES:

"Não deixa de ter graça mandarmos para a Alemanha um grupo que nos vai representar, e cuja plateia vai ter pessoas que nos vão emprestar dinheiro - os alemães, a ouvir que temos que fazer a revolução na rua, bla bla bla. Uma conversa que já saiu de moda há 40 anos! Eu se fosse contribuinte alemão não emprestava dinheiro"

"Aquele panfleto dos deolindos e geração à rasca, é um monumento à demagogia e irresponsabilidade. E os demagogos aparecem sempre nos momentos de crise."

"Ao contrário do que diz o Jel, não foi "a rua" que libertou os escravos. Foi a Imperatriz Leopoldina no Brasil."

"As manifestações têm importância... mas agora quando eu vejo panfletos que dizem que é preciso acabar com a subvenção do Estado aos partidos, e demitir toda a classe política, eu pergunto, vamos substitui-los? Por quem? Pelos Deolindos? Pelo menos estes, eu votei neles e sei o que eles dizem... uns são maus, outros são bons, mas estão identificados"

"Nunca dei para o peditório de que o Povo português é extraordinário, mas por azar são governados por um bando de assaltantes que são a classe política. Isso não existe, é ficção, mentira, hipocrisía e demagogia!"

"Estes movimentos são Demagogia Perigosa. Eu já vi isto acontecer. Os livros que eu li, e não os que o Jel leu, ensinam que isto acaba sempre em Ditadura. Acaba sempre tudo atrás de um Salvador. Foi assim que veio o Salazar e eu isso não quero!"

9 de março de 2011

Artigo de opinião: Isento, antipopular e abrangente.

"Todas as gerações estão à rasca. A que tem 20 e tais porque não arranja emprego, a que tem 40 e tais porque tem de sustentar a anterior, a dos 60 e tais porque se vê com umas reformas a diminuir e com o custo de vida a aumentar e a dos oitenta e tantos abandonada pelas mais novas que não estão para suportar os "velhos" ou porque simplesmente não se consegue suportar a si.

Sorrio quando me lembro do que pensava daqueles que diziam que iam para "letras". Já na minha geração isso era uma condenação a uma situação periclitante.

Os cursos de "ciências" por outro lado tinham empregabilidade. Como têm hoje cá e em qualquer outro pais.
Não é por acaso que há uns anos (não muitos) os EUA davam licença de trabalho para quem quisesse ir para lá com a formação na área das tecnologias da informação. Hoje é a Alemanha.

Mas nesses países não se pedem licenciados em Ciências Sociais ou em Relações Internacionais, cursos que abundam neste país e em que formaram muitos recém licenciados que à falta de melhor seguem pelos mestrados e doutoramentos. Sempre existem umas bolsas para isso e é melhor do que não ganhar nada.
Mas estão condenados a ficar por cá com pós graduações ou sem elas.

No ranking da empregabilidade os cursos de ciências não têm demasiados problemas. Ao contrário duma multidão de cursos cujo diploma não serve para quase nada neste mercado de trabalho deprimido e escasso.

Acresce ainda a isto o facto de não ser liquido que todos os licenciados tenham saído das universidades com uma formação adequada.

Veja-se o Direito, curso que proliferou por Universidades do país, públicas e privadas, e que hoje tem um excesso de licenciados. A ordem nem lhes quer dar hipótese de exercer. Formação deficiente argumenta.
E de facto há muitos já a exercer que nem português sabem escrever. É de fazer chorar as pedras ler documentos escritos por muitos advogados deste país. Quanto à competência técnica ou à simples capacidade de interpretação duma lei então nem se fala.

A incapacidade de escrever um simples texto. Algo que é muito comum nos dias que correm. A explicação de um conceito ou de uma ideia é na maior parte das vezes uma tarefa impossível.

E o que dizer do domínio de línguas estrangeiras que muitos demonstram? (estou também a piensar no niosso primeieiro ministro).

Numa acta de reunião vi escrito para o termo "ficou acordado" a tradução "it was awaken". É excelente saber que alguém estava acordado na reunião.

Isto seria impensável há 15 anos atrás. Não era possível tirar um curso sem o domínio básico da língua. Ou fazer um curso técnico sem dominar o inglês. Não só se exigia isso, como muita da bibliografia era em línguas estrangeiras. Toda a minha vida universitária se fez com livros em inglês e francês. Será que isso já não acontece hoje? Era inevitável dominar pelo menos o inglês.


Ao longo dos anos tenho assistido a uma degradação enorme nas pessoas que chegam ao mercado de trabalho. E piora inexoravelmente.

Também noto um sentimento de insatisfação pelo facto de a riqueza e o sucesso não chegarem depressa. Já não se espera por nada.

Há uma total incapacidade de perceber que quando se chega ao mercado de trabalho se é completamente "verde". São necessários anos de experiência para se ter o "traquejo" necessário para nos lançarmos a voos mais altos. Mas esta percepção não existe. A arrogância juvenil atribui esta incapacidade ao bloqueio feito pelas gerações mais velhas que simplesmente se querem "proteger".

Os empregadores têm uma enorme culpa nisto. Ao haver centenas de candidatos para um lugar, não se paga o salário justo. Paga-se o salário que um desesperado vai aceitar. E o esmagamento salarial é inevitável.

Com a globalização isso é ainda mais evidente. Em certas áreas o outsourcing consegue recursos fora do país a preços incríveis.

Primeiro foi o Leste e o Brasil. Já quase acabou a brincadeira nestes mercados, porque agora os bons são tão caros ou mais que os portugueses e têm mercados mais interessantes para trabalhar - Alemanha, França e UK.

Depois foi a Índia. Mas lá só ficou o que não presta ou na melhor das hipóteses o mediano. Os realmente bons foram para o Canadá, EUA e UK. Afinal é perfeitamente normal que eles queiram o melhor nível de vida possível e não é na India que o vão ter.

Estabelecido o patamar salarial que estes mercados criaram, aplica-se agora a receita a recém licenciados portugueses que perante uma inflação de "mãos" disponíveis no mercado aceitam qualquer porcaria que lhes apareça. E não têm outro remédio. O aceitar dessas condições causa um abaixamento salarial para todos.

É a média do mercado dizem eles. Saem da universidade e o máximo que podem aspirar são uns 1000 euritos por mês a fazer um trabalho que rende ao empregador 4 ou 5 mil nesse mesmo mês. E se conseguirem 1000 já vão cheios de sorte. Um indiano em IT ganha qualquer coisa como 150-200 por mês e as empresas vendem-nos a 250-300 por dia.

Entre pagar 1000 a um português ou 200 a um indiano, adivinhem quem é que a empresa vai escolher?

O problema não existe só cá. Existe um bocado por todo o lado, mas em Portugal tem uma expressão anormal.
E tem essa expressão porque há 20 anos atrás se começaram a criar Universidades como cogumelos. Que fizeram excelentes negócios e que largaram na rua milhares de "licenciados" sem qualquer perspectiva de futuro.

Legitimamente todos tinham aspirações de ter um canudo esquecendo-se que milhares como eles o iam ter todos os anos.

Hoje é isto que vemos. Não há cursos médios e há licenciados desempregados. Não se arranja um fulano que arranje uma canalização em menos de 2 meses mas há centenas de licenciados sem emprego a ir para a rua no dia 12.

Qual é a solução? Por todos os que têm mais de 45 anos na rua para arranjar emprego para todos estes jovens?

Se este fosse um país normal com uma taxa de desemprego de 4 ou 5% este problema não se punha mas perante o estado em que estamos o que é que é suposto fazer? Desempregar os que têm emprego para contratar estes a preço de saldo?

E não se esqueçam que o tempo passa a correr e por esta ordem de ideias quando esta geração estiver nos quarentas vai estar a geração dos vintes e fazer pressão para que eles larguem o lugar. Vou gostar de ver a maneira como se comportam perante esse "conflito" geracional.

Suspeito bem que vão fazer exactamente o mesmo que a geração que está hoje empregada e com 20 anos de trabalho faz - tentar manter o emprego e chegar ao fim do mês sustentando a família e um ou dois filhos no ensino superior.

Com sorte terá sabido incutir-lhes o conceito de empregabilidade aliado à vocação. Com sorte terá ajudado os filhos a estudar e conseguir entrar para um curso difícil. Com sorte não terá filhos em casa aos 35 anos para sustentar.

Com sorte terá mudado o mundo. Será justa e empática com os trabalhadores que deles dependem, pagará o valor justo pelo trabalho e será tudo aquilo que esta geração dos quarentas não é.

Veremos... Mas eu acho que vou esperar sentado. Já era isso que a minha geração dizia...."

in: O triunfo dos porcos

8 de março de 2011

Barroso: Portugal só deve pedir ajuda como "último recurso"

Durão Barroso disse hoje que o fundo de resgate europeu deve ser visto por Portugal como "o último recurso".

"A utilização fundo de estabilização financeira, bem como da assistência do FMI, tem de ser visto como o último recurso", declarou hoje Durão Barroso perante o Parlamento Europeu, em Estrasburgo, citado pela Bloomberg. O presidente da Comissão Europeia comentava se Portugal deve ou não pedir ajuda externa. "Essa é uma questão para as autoridades portuguesas. É uma questão soberana de Portugal", frisou.

Ainda assim, o antigo primeiro-ministro português, deixou alguns avisos, nomeadamente sobre os "custos" de pedir ajuda a Bruxelas e ao FMI. "Se um país pode evitar recorrer a esse mecanismo, deve fazê-lo porque há custos envolvidos" e "não apenas custos de reputação", avisou.

As declarações de Durão Barroso aparecem em vésperas da reunião extraordinária, agendada para sexta-feira, dos líderes da zona euro, que poderá ser decisiva para aferir se Portugal vai ou não seguir o caminho da Grécia da Irlanda e pedir ajuda externa.

in: Diário Económico

6 de março de 2011

Rostos antes e depois da droga

Um documentário norte-americano contra a droga utilizou fotografias das caras de consumidores tiradas pela polícia de Oregon para mostrar a deterioração dos rostos. O documentário vai ser transmitido nas escolas secundárias dos Estados Unidos.
in: Público





5 de março de 2011

A verdadeira razão

A única, verdadeira e óbvia razão do PSD não avançar (nem ter avançado até ao momento) com uma moção de censura, não tem nada a ver com a estabilidade económica, situação díficil ou raio que o valha (como se importassem com isso!).

A razão é esta:


Sondagem revela que portugueses estão contra uma crise que provoque eleições antecipadas. (in:Expresso)



O medo de não conseguirem Maioria Absoluta é superior ao interesse nacional da badalada estabilidade... por isso é que já há desentendimentos (Pacheco Pereira, António Nogueira Leite, e mais se seguirão).

4 de março de 2011

A resistência de Sócrates serve Portugal


Num artigo do "Financial Times" desta semana, Paulo Rangel e Marques Mendes são citados como sendo a favor de que Portugal peça ajuda externa o mais rapidamente possível.

"Parece que as coisas se perspectivam mais ou menos assim, para alguns dirigentes do PSD: Portugal é forçado a pedir apoio maciço externo, reconhecendo de uma vez por todas que as taxas de juro da divida pública são incomportáveis. Imediatamente o Presidente da República convoca eleições, que o PS vai perder e o PSD vai ganhar, quem sabe até com maioria absoluta. Haverá lugares para "boys" e "girls" que estão fora do poder há anos. E o principal problema de Portugal, isto é, o facto de termos um governo liderado por José Sócrates, ficará resolvido. Vamos todos à nossa vida renovados, com o sol a brilhar e os horizontes largos. A cereja em cima do bolo será que o PSD poderá enquanto governo responsabilizar o PS, a Angela Merkel, a Comissão Europeia, ou o Jean-Claude Trichet, à vez, por tudo o que de medidas de austeridade tiverem que ser tomadas durante toda a legislatura.

Infelizmente, esta atitude tão "blasé" do PSD em relação à inevitabilidade da ajuda externa é contrária aos interesses do País. A ideia de que uma intervenção externa igual à da Grécia e Irlanda pode ser benéfica para Portugal já foi desconstruída várias vezes. Desde logo, pelo que está a acontecer naqueles dois países: desde que solicitaram ajuda as taxas de juro associadas às suas dívidas públicas não desceram. Pelo contrário. Actualmente os mercados estão interessados em testar a solidez do euro. O que está em causa é a própria sobrevivência da moeda única.

Se houver ajuda externa nos mesmos moldes que na Grécia e na Irlanda, haverá sérios efeitos económicos, como tão bem explicou Pedro Santos Guerreiro no editorial de quarta-feira deste jornal. A começar pela fuga de capitais que afectará os bancos, mas não só. Haverá também gravíssimos efeitos políticos, que atingirão não apenas o PS mas toda a classe política com responsabilidades governativas desde a entrada de Portugal na UE. A crise de soberania política que se abaterá sobre nós fará alicerces em cima de um fosso crescente que existe e tem vindo a agravar-se desde 2003 entre políticos e cidadãos. Por isso, esta ânsia do PSD em derrubar Sócrates, ao ponto de abrir os braços a uma ajuda externa maciça é um bocadinho como aqueles que apoiaram a guerra no Iraque porque serviu para tirar o Saddam do poder.

Ao longo dos últimos meses, José Sócrates e Teixeira dos Santos têm feito bem em resistir às supostas evidências de necessidade de recurso à ajuda externa invocadas por um coro de operadores económicos, muitas vezes anónimos, e agora pelo PSD. Sócrates será teimoso, mas a sua resistência tem objectivos políticos reais. Porque enquanto Portugal tem resistido, a conjuntura e a forma de auxílio a Portugal tem-se tornado ligeiramente mais favorável.

De facto, essa resistência já deu frutos. Quais? Bem, tem servido para que a Europa - e sobretudo a Alemanha - dêem passos no sentido de assumirem esta crise como uma crise do euro, e não uma crise dos "gastadores do Sul". Temos de assumir as nossas responsabilidades no que respeita ao défice orçamental, mas não somos responsáveis pela vontade que alguns operadores de mercado têm de testar a solidez da moeda europeia. No momento que escrevo, Sócrates e Merkel reúnem para decidir se vai ou não haver uma possibilidade de acesso a uma linha de crédito europeia, sem necessidade de recurso a ajudas maciças, desde que o País se comprometa com objectivos de redução de défice e de reformas. Seria um bom compromisso.

Visto desta perspectiva, o PSD não deveria fazer mais do que colocar-se responsavelmente na oposição, tal como sugere Pacheco Pereira numa entrevista desta semana honrando os seus compromissos tanto orçamentais como do PEC I e PEC II. E apoiando patrioticamente os esforços do Governo em negociar na UE um acordo que impeça que Portugal sirva como mero "firewall" de Espanha, essa sim o verdadeiro teste à solidez do euro. Neste momento, tempo é dinheiro e mais do que isso. Tempo é soberania".


Politóloga - J.Negócios
marinacosta.lobo@gmail.com

JS promove resolução sobre bolsas de acção escolar no ensino superior


"A Assembleia da República discutiu esta quinta-feira, 3 de Março, um projecto de resolução do PS, apresentado por iniciativa da JS, relativo à acção social escolar no ensino superior.

Não deixando de reconhecer os avanços alcançados nos últimos anos no domínio dos apoios sociais ao ensino superior, nem os objectivos de maior justiça e eficiência traçados no novo regulamento de atribuição de bolsas, a resolução apresentada foca as dificuldades atravessadas por algumas famílias em consequência da actual crise económica e aponta alguns eixos da revisão do regulamento.

Carrega aqui para acederes ao comunicado na íntegra e aqui para acederes ao projecto de resolução apresentado".

in: juventudesocialista.org

3 de março de 2011

A hipocrisia dos cotas que se comovem com a música dos Deolinda


Gente lixada pela vida há em todas as gerações. Mas, verdadeiramente lixado é a hipocrisia, a desonestidade e a trafulhice intelectual. E disso, todas as gerações estão bem servidas.

"Por este dias não há colunista, comentador, analista, calista, ou industrial da panificação que não cite copiosamente a música dos Deolinda, que faz o retrato amargo da geração Nem Nem, dos 500 euros ou, se quisermos, a geração lixada.

Em geral, todos estes cronistas pop-de-sociedade são da geração açambarcadora, a que alegadamente espoliou as oportunidades dos jovens e os remeteu ao beco sem esperança, mas todos moralizam e escrevem como se não tivessem o bedelho no calduço.

Estes novos e improváveis ouvintes do Deolinda comovem-se até ao carpido de crocodilo com esta singela letra “Sou da geração sem remuneração/e não me incomoda esta condição./ Que parva que eu sou/Porque isto está mal e vai continuar,/já é uma sorte eu poder estagiar./Que parva que eu sou!/E fico a pensar,/que mundo tão parvo/onde para ser escravo é preciso estudar”. Ora, se esta é a música de intervenção desta geração, acho que se calhar esta geração tem o que merece (felizmente não é).

Esta é a música que tempera o sentimento de culpa das gerações bem instaladas na gamela dos direitos adquiridos. Os mesmos que, quando eram novos, escutaram e conspiraram por um mundo melhor ao som do José Mário Branco e do Zeca Afonso, e que passaram o resto da vida a trair as canções da sua juventude.

A pueril letra dos Deolinda é o pouco que eles conhecem da geração sobre quem escrevem com aquela sabichice insuportável da senilidade precoce. Eles não sabem nada, mas mesmo nada sobre a geração que agora lamentam nos seus editoriais lamechas. Quando muito conhecem os filhos e os amigos dos filhos, e como falamos de uma casta relativamente privilegiada e bem relacionada, o mais provável é os seus filhos até se estarem a safar, graças a um empurrãozinho, uma palavrinha ao amigo, um favorzinho inocente.

Se há uma geração lixada, a maior parte destes articulistas chorosos contribuiu para a lixar. Perguntem lá ao José Manuel Fernandes, se quando era director do “Público” alguma vez se preocupou com a distribuição equitativa da massa salarial? Se alguma vez se opôs a estágios não remunerados, ou a inacreditáveis fossos salariais na redacção? E, quando falo do José Manuel Fernandes, falo de todos os outros directores, directores-adjuntos, editores ou políticos de lágrima fácil que por este dias andam a lamentar o destino trágico da geração lixada. Alguma vez algum deles abdicou dos seus direitos adquiridos? Dos seus salários principescos (quando comparados com a base da pirâmide salarial)? E mais. Quantas vezes vêm anúncios e processos de recrutamento para meios de comunicação social?

É que os “lugares” que vai havendo, vão sendo traficados, negociados entre amigos, “afilhados” ou mesmo filhos. Se fizerem a árvore genealógica do jornalismo português vão perceber o que nepotismo e a consanguinidade não são fenómenos só imputáveis ao PS e ao caciquismo das empresas públicas e das autarquias. A maior parte do que se escreve nos jornais sobre ética, mérito e justiça no mercado de trabalho é apenas simples e crua hipocrisia.

É natural que este tipo de hipocrisia (ainda que cega, acredito) se identifique com a letra dos Deolinda, porque nunca na vida vão entender que esta letra também está a falar deles. Por isso espero que a geração lixada saiba escolher os seus arautos e fazer o seu caminho e a sua luta sem se deixar enganar pelas lágrimas de crocodilo.

A voz da geração lixada não é a dos Josés Manuéis Fernandes, dos inacreditáveis Cavacos (o coveiro a falar aos mortos) e nem sequer dos Deolindas do mundo. É a sua própria. O melhor e mais cru retrato que li da geração lixada é o livro “Operador de Call Center” de um jovem autor chamado Hugo Pereira uma viagem bukowskiana ao quotidiano de um operador de call center que mantém a ácida lucidez do sonho com a realização de curtas metragens.

Ironicamente, o mais poderoso retrato que eu vi desta geração enjaulada não encontrou editora capaz e minimamente atenta. Teve de imprimir o livro em Espanha e vendeu algumas dezenas a amigos e familiares. É o trágico destino do génio. Talvez se fosse jornalista ou médium tivesse melhor sorte…

É que reduzir esta geração à dialéctica materialista que nos move ou à cultura programada, oficial e comercial é desconhecer o imenso mundo de criatividade e energia que pulsa na geração lixada. É simplesmente não os conhecer.

Eu que pertenço à geração rasca do Vicente Jorge Silva, e que cá nos vamos desenrascando com um quinhão dos “direitos adquiridos” também não dou para o peditório do coitadismo da geração lixada.

Compreendo que a crise económica, o desemprego, os recibos verdes, a falta de protecção social e a eternização na casa dos pais são a dura realidade. Mas essa realidade não admite o conformismo ou a histeria, por exemplo, dessa eminência parava de serviço ao liberalismo betucho chamado Henrique Raposo e os seus queixumes dondocas de bem instalado na coluna normalmente bem remunerada do “Expresso”.

Esse rapaz está longe de ser um bom arauto para vocês, caros camaradas da geração lixada. É mais um intrujão. Porque se entramos na lógica do confronto de gerações, de espoliados e espoliadores, estamos bem mal. Esses jovens liberais de pacotilha acreditam que o problema está nos “direitos adquiridos” pelos trabalhadores, que se alapam aos postos de trabalho que deviam estar destinados por direito divino aos jovens que saem da faculdade. Portanto, a solução seria desalojar os “velhos” dos seus trabalhos e regalias, para os poder passar a uma geração mais preparada e bem formada, e disponível para ser remunerada de forma mais competitiva… para as empresas.

Ora, a formação universitária pode conferir legítimas expectativas, mas não dá um direito divino ao emprego, pelo menos aos bons empregos, sobretudo quando não os há, ou há poucos. Alguém se parece esquecer que o mercado de trabalho português não é propriamente o alemão, e que os empregos que a geração lixada pretende ter acesso por decreto não são propriamente de cantoneiro, padeiro ou portageiro.

O que a histeria dos Raposões do mundo defende é uma permanente competição pelos “bons empregos”, como se fosse líquido que um qualquer recém-licenciado fizesse melhor o meu trabalho. Uma fotógrafa amiga um dia disse-me que um cliente ficou espantado com a rapidez com que ela fez uma sessão. – Só demorou uma hora?, perguntou ele – Não, demorei vinte anos e uma hora – respondeu ela.

Se entrarmos numa lógica de confronto geracional no mercado de trabalho vamos todos sair a perder a curto prazo e as empresas também (a médio prazo). Desproteger o trabalho não é um bom negócio para ninguém, porque daqui a algum tempo não estaríamos a discutir os problemas dos recém-licenciados, mas sim a falência e miséria dos velhos licenciados. Se encararmos este grave problema social com preconceitos de classe, casta, ideológicos ou mesmo de geração, estaremos a atear o rastilho de um barril de pólvora.

Temos todos de encontrar a melhor forma de sermos uma sociedade solidária e mobilizada para o bem comum, uma sociedade de valores, de mérito, de cooperação (melhor que competição), e se para isso for preciso abdicar de alguns “direitos adquiridos”, que aliás pago ao Estado (e não é pouco) seja. Eu estou disposto a fazê-lo.

Mas só cedo esses “direitos adquiridos” (um ordenado, seguro de saúde e direito de indemnização caso seja despedido), a troco da inovação, da iniciativa e da solidariedade social. Não os dou de barato a um jovem recém-licenciado que acomoda a peidola ao sofá dos pais, ao carro em segunda mão, aos copos no Bairro Alto, às tertúlias da lamentação, ao conformismo e à espera eterna de um emprego compatível com a sua condição. Querem uma vida melhor? Lutar por ela também ajuda.

Pelo menos, ajuda mais do que aplaudir os artigos de José Manuel Fernandes ou as músicas da Deolinda.

É que uma parte da geração lixada também é uma geração acomodada que vai azedando. E azedar é acabar com o sonho, o deles, e o nosso, num país mais justo e mais feliz".

por: Rui Pelejão Marques

...

Para além de dizer que o Governo deve continuar até 2013, Pacheco Pereira descobriu agora que Passos Coelho é mais liberal que social democrata.

2 de março de 2011

What's up, Doc?


"Pedro Passos Coelho esteve em silêncio durante uns dias. Consequência: O PSD subiu nas sondagens. É sempre assim quando PPC fica calado.

Mas PPC, que segundo alguns comentadores políticos está em fase de aprendizagem (sem nunca dizerem de quê e para quê), detesta ver o seu Partido com pretensões a chegar ao poder com maioria absoluta e voltou a falar para reconhecer as suas limitações.

Dizia ele, se bem ouvi, que limitar o vencimento dos gestores públicos ao ordenado do Presidente da República *, era promover o clientelismo e a incompetência porque os melhores recusariam assumir lugares nas empresas públicas.

Estando ele na corrida para ser Primeiro-Ministro, que ganha menos que o Presidente da República, ficamos esclarecidos sobre a sua competência, não é?

* O actual Presidente da República, tendo sido obrigado a optar entre o vencimento do cargo ou as suas reformas, optou pelas reformas por elas serem superiores ao vencimento de Presidente da República.
Fica a lembrança só para se ter uma ideia do espólio feito aos contribuintes a favor do pagamento de pensões vitalícias superiores ao vencimento do mais elevado cargo do Estado.
Há que nascer duas vezes..."

in: Barbearia do Senhor Luís

1 de março de 2011

Quem fala assim é um representante de uma juventude?

Pelos vistos, para o presidente da JSD Nacional (Duarte Marques), o Estado não deveria comparticipar os estágios profissionais. Para este, o Estágio é apenas uma forma de mostrar o valor do jovem.

Iniciar a vida laboral, ganhar um salário como todo o trabalhador merece, já é algo acessório e que não é nada relevante para um jovem?!

Frases:

"A JSD não considera que o mais importante é depois de um curso terminado terem a garantia de um emprego com boa remuneração", o que "defendemos é que os jovens devem ter uma oportunidade para mostrarem que tem capacidades e competências - o seu valor";

"Este governo tenta colmatar o desemprego dos jovens, pagando estágios aos jovens";

"Um estágio não pode ser visto como uma forma de emprego";