29 de janeiro de 2011

Sobre a tentativa de boicote do Presidente da Junta de Caíde às eleições Presidenciais

Não foi a primeira vez nem será a última que o Presidente da Junta de Freguesia de Caíde-de-Rei lança a freguesia nas bocas do mundo. Já por várias vezes e de forma pública, disse que o povo de Caíde ia revoltar-se (espero que não tenha armas, varapaus, bombas e coisas que tais). O povo de Caíde ainda não se revoltou e, apesar da abstenção, foram ainda muitos os que compareceram para votar.

As razões da ameaça, da revolta, têm a ver com o cemitério, com a capela mortuária e com a falta de iluminação pública em algumas zonas da freguesia. Causa de descontentamento? Talvez… Causa para uma revolta popular? Não me parece.

Infelizmente, qualquer presidente da junta deste país gostaria de fazer e empreender todas as obras e realizações de que uma freguesia precisa. Passa, às vezes, 4 anos de um mandato a penar para que elas se concretizem pois, como é básico na economia, "os recursos são escassos". Nesta época de crise nacional e mundial, o Presidente da Junta de Freguesia de Caíde queria ter dinheiro para fazer, realizar e empreender tudo. Apesar de todos os apoios já concedidos, falta dinheiro para isto e aquilo. Eu também queria dinheiro para ter uma casa melhor, para comprar aquela qualidade de arroz em vez daqueloutra de marca branca, para ter um telemóvel melhor. Mas não dá e, portanto, coso-me com as linhas que tenho. O Sr. Presidente devia fazer a mesma coisa… Aliás, como fazem os seus colegas pelo concelho, com as mesmas dificuldades e desafios.

Caíde merece melhor, como merecem todas as freguesias do concelho. São legítimos os interesses dos caidenses e dos demais lousadenses. Estou certo que já foram ouvidos. Só que, em vez de arranjar problemas sobre problemas, é preciso encontrar soluções para os problemas, o que não está a acontecer…

A uma dada altura, parece que estamos - passe a imagem - perante aqueles filhos únicos que fazem birra enquanto os pais lhes não dão o brinquedo que querem (e eles não podem porque a vida está difícil). Bem que sabemos que "em casa onde não há pão, todos berram e ninguém tem razão".

Caro António Meireles, pela estima e pela amizade que nos une, só queria dizer o que já lhe disse: devem existir outros caminhos que não os de levantar ondas, tumultos e revoluções. Procura o diálogo e as soluções…afinal, o que qualquer caídense e lousadense faria.

por: João Correia

in: TVS

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