30 de dezembro de 2010
Respeitinho
A jornalista ficou-se. Foi incapaz de reformular a questão em moldes correctos.
Foi incapaz de, p.e., mudar BPN por acções da SLN e insistir.
Sobre a transparência estamos conversados.
Sobre o respeitinho também. Confirma-se ainda ser o que era".
in: barbearia do Sr Luís
Carta Aberta aos Lousadenses - Jorge Magalhães (Presidente da CM Lousada)
Venho incomodá-lo(a) pelo facto de eu próprio ter ficado incomodado por uma carta distribuída pela oposição PSD/CDS na Câmara Municipal de Lousada. Não por ter sido directamente visado, mas pelo conjunto de erros, manipulações e fugas à verdade de um texto que visou confundir os Lousadenses. E porque os Lousadenses sempre me mereceram o máximo respeito, sinto-me na obrigação cívica de desmentir, categoricamente, todas as falsidades ali contidas. Aliás, muitos foram aqueles que me incentivaram a prestar este esclarecimento público, por amor à justiça e à realidade dos factos.
Em primeiro lugar, é mentira absoluta dizer que a Câmara está em rotura financeira ao ponto de, em 2011, dever aos bancos mais de 20 milhões de euros. Na verdade, os compromissos com a banca somavam, em Janeiro de 2010, cerca de 9 milhões. Ao longo deste ano foram aprovados empréstimos de 4,4 milhões, ainda não utilizados na íntegra. A esse montante teremos de descontar 1,3 milhões de amortizações durante este ano.
Portanto, a saúde financeira da Câmara de Lousada é bastante boa, sobretudo comparada com a de muitas autarquias do país, proibidas já de contraírem empréstimos. Aliás, apenas utilizámos cerca de 25% da nossa capacidade de endividamento. Portanto, em vez de a oposição ficar satisfeita com as boas contas do Município, ocupa-se a desacreditar a Câmara, espalhando calúnias e manipulando dados como lhe convém.
Também é completamente mentira a Câmara empregar mais de mil pessoas. Já foi tornado público que a autarquia emite vencimentos a 745 pessoas. Deste grupo, 153 vieram transferidas do Ministério da Educação – com a respectiva cobertura financeira do Estado – e 270 são funcionários dos jardins-de-infância, escolas do 1.º ciclo e professores das Actividades de Enriquecimento Curricular. Resumindo, por serviço directo prestado, a Câmara emite 322 vencimentos. E o valor total dos vencimentos do ano 2010 é inferior ao de 2009. Mas já se percebeu que PSD/CDS, se fossem poder, optariam pelo despedimento! É, afinal, a sua grande preocupação. Já agora, gostaríamos todos de saber, sobretudo os próprios funcionários, quais os sectores por onde os despedimentos começariam…
Igualmente a acusação de falta de apoios às freguesias merece total repúdio. Das redes de água e saneamento aos Centros Escolares e polidesportivos, da rede viária a equipamentos sociais, são inúmeras as obras realizadas e em execução por todo o concelho.
Apesar das graves dificuldades que o país atravessa, conseguimos, através de uma gestão séria e rigorosa, manter os principais investimentos, sem comprometer as finanças do Município.
Mas, para a oposição, nada disto parece interessar, e, tão-somente, a pretexto de uma suposta mensagem de Natal, denegrir e deturpar o trabalho honesto e empenhado de quem muito tem lutado para o engrandecimento e valorização da nossa terra.
Profundamente grato pela atenção prestada, aceite os cumprimentos de
O PRESIDENTE DA CÂMARA
(Jorge Magalhães)
"A propósito do BPN, Cavaco diz-se vítima de uma campanha suja. Quem se lembra do caso das falsas escutas sabe que, nestas matérias, o Presidente sabe do que fala".
Daniel Oliveira (Expresso)
29 de dezembro de 2010
A pergunta que faltava
"Imaginem o que seria um Governo com um projecto de mudança profunda na sociedade portuguesa e volte a pôr o país a crescer… Imaginem o que seria ter Manuel Alegre Presidente da República?"
Imaginem o que seria ter Cavaco Silva Presidente da República?
in: Barbearia do Sr Luís
Mais uma vez
Universidade do Minho é a primeira do país a anular doutoramento por plágio
28 de dezembro de 2010
Câmara de Lousada anuncia redução dos preços nas ligações à rede de água e saneamento
"A autarquia de Lousada anunciou, em nota de imprensa, a redução no preço das ligações de abastecimento de água e de saneamento para o ano de 2011.
Sem fazer referência ao preço anterior, a Câmara adianta que o preço da execução do ramal de água será de 139 euros e do ramal de saneamento de 149 euros. Os utilizadores podem ainda escolher o pagamento em 24 prestações mensais sem juros.
Tarifas sociais com isenção da tarifa de disponibilidade
“As tarifas sociais, destinadas a utilizadores finais domésticos, mantêm-se com isenção total da tarifa de disponibilidade, para quem possuir rendimento bruto total, para efeitos do IRS, não superior ao valor anual da retribuição mínima mensal garantida ou parcial, para utilizadores cujos rendimentos não sejam superiores ao dobro do valor anual da retribuição mínima”, sustenta ainda a autarquia.
Actualmente, a rede de água regista mais de 10 mil utilizadores tendo-se verificado, no ano passado, cerca de 1150 pedidos de ligação. Na rede de saneamento o número de consumidores tem vindo a crescer nos últimos anos e, na maioria dos casos, actualmente, o pedido de ligação é efectuada para água e saneamento.
Expansão da rede prossegue
A expansão da rede de distribuição de água e saneamento prossegue em várias freguesias do concelho. As obras que decorrem, por administração directa, implicam um investimento superior a 770 mil euros, avança a Câmara Municipal em nota de imprensa.
No centro da vila decorrem as obras de remodelação das redes de águas e águas com um custo superior a 267 mil euros.
Na freguesia de Aveleda, entre a Estrada Municipal 605 até à Estrada Municipal 564-2, em Macieira, está a ser realizada a rede de drenagem de águas residuais, num investimento aproximado de 106 mil euros.
Em Caíde de Rei, entre os lugares da Feira Nova e a Estação, estão a ser realizadas obras de saneamento com um custo que ultrapassa os 209 mil euros.
Entre o lugar de Guindes, em Nogueira, e Montegil, em Alvarenga, decorre uma intervenção de expansão da rede de drenagem de águas residuais.
in: Verdadeiro Olhar
27 de dezembro de 2010
As mulheres de Cavaco
No debate com Defensor Moura - em que o actual presidente, sem estar protegido por discursos escritos, demonstrou até onde pode ir a sua arrogância -, coube a Cavaco Silva o minuto final. Dedicou-o às mulheres, que nesta quadra festiva estão em destaque. Não fosse a virgem Maria modelo para todas as senhoras sérias e a família o centro das suas vidas.
Ao falar às mulheres, Cavaco fez-lhes um elogio. Pela sua participação cívica na vida da comunidade? Não. Pelo papel crescente que vão tendo nas empresas, na Academia, na cultura, na política? Menos ainda. O elogio foi para as mães, esposas e donas de casa. Por cuidarem das crianças e fazerem milagres com o apertado orçamento familiar.
Quando Cavaco Silva fala o tempo anda para trás. Revela-se o líder paternal, que trata, com a serenidade dos homens ponderados, das coisas do Estado. Vigilante, protege-nos dos excessos. Nunca debate, porque o debate poderia dar a ideia de que ele navega nas águas sujas da polémica democrática. Ele é o consenso. Apesar de tudo o que sabemos, representa a honestidade no seu estado mais virginal. E para ser mais honesto do que ele qualquer um teria de nascer duas vezes e, supõe-se, duas vezes escolher Dias Loureiro como seu principal conselheiro político. A cada acusação responde sem resposta, porque ele está acima da crítica. A crítica a Cavaco é, ela própria, uma afronta à Pátria.
Mas o tempo volta para trás não apenas no olhar que tem de si próprio, mas no olhar que tem do País. Nesse País está, no centro de tudo, a família. E no centro da família está a mulher. Não a mulher que tem uma vida profissional relevante e é uma cidadã activa e empenhada. Mas a esposa e a mãe. É ela - quem mais? - que cuida dos filhos e gere as finanças domésticas.
Cavaco Silva não se engana. Esse país modesto e obediente - onde o chefe de família confia no líder que trata das finanças da Nação e na mulher ponderada que trata das finanças da casa - ainda existe. Ao lado de um outro, feito por uma geração que nasceu numa democracia cosmopolita. Onde os cidadãos têm sentido crítico e as mulheres têm vida fora do lar. Onde os homens também cumprem o seu papel nas coisas comezinhas da educação dos filhos e a gestão da economia doméstica também é obrigação sua. Onde os cidadãos não pocuram homens providenciais que os protejam do Mundo. O problema de Cavaco não é viver divorciado do País real. É haver uma parte desse país que lhe escapa.
Cavaco Silva recorda o que fomos: provincianos, medrosos, conservadores, ordeiros. E nós, como todos os povos, carregamos no que somos um pouco do nosso passado. O cavaquismo representa um Portugal que demora a dar-se por vencido. É o último estertor do nosso atraso. E o seu último minuto teve aquele cheiro insuportável a nefetalina. Aos mais velhos, que o reconhecem, dá segurança. Aos mais novos, a quem diz tão pouco, parece tão inofensivo como um avô vindo de outro tempo.
Há quem ache que Cavaco não é de direita. Engana-se. Cavaco é a única direita que realmente existe em Portugal: conservadora, tacanha, provinciana, caridosa e estatista. A outra, liberal, cosmopolita e tão pouco latina, se não se adaptar terá de esperar muito tempo pela sua vez. Passos Coelho, que representa tudo o que Cavaco despreza, irá descobri-lo muito mais cedo do que julga".
Daniel Oliveira (Expresso)
26 de dezembro de 2010
Imaginem (mais uma vez) se fosse Sócrates
Apesar de ter negado à TVI24 ter comprado ou vendido algo do BPN, a verdade é que Cavaco Silva teve um lucro de 147.500 euros com a venda de acções da SLN, que é dona deste banco. O negócio remonta a 2003. A filha do candidato presidencial também ganhou 209.400 euros.
Em declarações à TVI24, após o debate presidencial com Francisco Lopes, Cavaco Silva voltou a afirmar o que já havia sido divulgado em 2008 através de comunicado: “Nunca trabalhei no BPN, nunca comprei nem vendi nada do BPN, nunca recebi qualquer remuneração do BPN, é um caso de Justiça e o Presidente da República não deve interferir nos processos judiciais”.
Na verdade, em maio de 2005, o jornal Expresso já dava conta do negócio que envolvia Cavaco Silva e a Sociedade Lusa de Negócios (SLN), dona do Banco Português de Negócios (BPN).
Cavaco Silva comprou 105.378 acções da SLN a um euro cada em 2001. Em Dezembro de 2003, vendeu-as a 2,4 euros, com um lucro de 147.500 euros. O valor da venda das acções foi determinado por contrato, cujo conteúdo se desconhece. Certo é que foi assegurada ao candidato presidencial uma mais-valia assinalável, que Francisco Louçã, coordenador da Comissão Política do Bloco de Esquerda esclarece “ser determinada por um favor contratual de Dias Loureiro ou de Oliveira e Costa, seus ex-ministro e ex-secretário de Estado”.
O presidente da República, que agora se recandidata, nomeou, entretanto, Dias Loureiro, ex-ministro e responsável na sua campanha presidencial, para o Conselho de Estado.
A filha de Cavaco Silva também adquiriu, à época, 149.640 acções da SLN, tendo vendido as suas acções ao mesmo tempo que o pai e pelo mesmo valor: 2,4 euros. O lucro obtido foi de 209.400 euros.
Cavaco Silva é “habilidoso” na sua resposta
Em declarações à Lusa, o deputado do Bloco de Esquerda João Semedo, que acompanhou a comissão de inquérito ao caso BPN, afirmou que Cavaco Silva deu uma resposta habilidosa sobre o seu envolvimento, tendo repetido exactamente o conteúdo do comunicado emitido em 2008.
O deputado do Bloco sublinha que “O que é importante sublinhar é que Cavaco Silva pretende enganar-nos com a verdade, é uma resposta manhosa, porque a verdade é que Cavaco Silva beneficiou deste sistema pouco transparente de compra e venda de acções”.
João Semedo esclareceu que nunca viu, no âmbito da comissão de inquérito, o contrato de Cavaco Silva com a SLN, e que seria “interessante saber se as acções compradas e posteriormente vendidas” pelo actual Presidente da República foram sujeitas ao direito de preferência dos restantes accionistas.
in: esquerda.net
Programa de Estágios Profissionais na Administração Pública Central
O Programa de Estágios Profissionais na Administração Pública Central permite que jovens licenciados até aos 35 anos realizem estágios profissionais remunerados em serviços e organismos da Administração Pública.
O PEPAC possibilita aos jovens valorizarem as suas qualificações e competências, mediante o desenvolvimento de experiências formativas e profissionais.
Os estágios têm a duração de 12 meses e decorrem nos órgãos e serviços da administração central (directa e indirecta) do Estado, com exclusão das entidades públicas empresariais, designados por entidades promotoras.
Objectivos do Programa:
- Possibilitar aos jovens com qualificação superior a realização de um estágio profissional em contexto real de trabalho que crie condições para uma mais rápida e fácil integração no mercado de trabalho;
- Promover novas formações e novas competências profissionais que possam potenciar a modernização dos serviços públicos;
- Garantir o início de um processo de aquisição de experiência profissional em contacto e aprendizagem com as regras, boas práticas e sentido de serviço público;
- Fomentar o contacto dos jovens com outros trabalhadores e actividades, evitando o risco do seu isolamento, desmotivação e marginalização.
Os destinatários do Programa devem preencher, em simultâneo, estes requisitos:
- jovens à procura do 1º emprego, desempregados à procura de novo emprego ou jovens à procura de emprego correspondente à sua área de formação e nível de qualificação;
- tenham até 35 anos (até à data de início do estágio);
- tenham uma qualificação de nível superior correspondendo, no mínimo, ao grau de licenciado.
Não podem apresentar canidatura jovens que se encontrem a frequentar ou tenham frequentado programa de estágios profissionais financiados pelo Estado.
Mais informações aqui.
in: IPJ
24 de dezembro de 2010
Assembleia Municipal aprova orçamento
Gabinete de Imprensa do PS/Lousada
No passado dia 10 de Dezembro, a Assembleia Municipal de Lousada realizou mais uma sessão tendo como principais pontos da ordem do dia o Plano e Orçamento do próximo ano, a aprovação do mapa de pessoal e ainda a aquisição de terrenos para o Parque Florestal em Vilar do Torno e Alentém.
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Homenagem a Manuel Bessa Esteves
O Grupo Parlamentar do Partido Socialista, no período que antecedeu a ordem de trabalho, proferiu uma homenagem ao funcionário da autarquia Manuel Bessa Esteves, que recentemente passou a aposentado.
"Pela primeira vez, não temos, hoje, a assegurar o serviço desta Assembleia o senhor Manuel Bessa Esteves. Tendemos a exaltar os grandes cometimentos, a evocar decisões valorosas, a sublinhar iniciativas que, pela sua grandiosidade e importância, justificam, neste plenário, uma menção de especial relevo.
No entanto, é importante, também, reconhecer o trabalho daqueles que, com profissionalismo, responsabilidade e dedicação, com discrição, humildade e modéstia, tornam possível as grandes deliberações.
A Câmara perde um funcionário zeloso e dedicado, mas o concelho poderá ganhar com a maior disponibilidade de um cidadão profundamente comprometido com o desenvolvimento da sua terra, de elevada sensibilidade cultural e com um espírito voluntarioso e entusiasta.
Actor, poeta e declamador, com grande experiência de vida e um percurso notável de valorização académica e profissional, o sr. Manuel Esteves tem ainda muito para oferecer à nossa comunidade. Aposentou-se do trabalho, mas o seu dinamismo e capacidade de doação não o deixarão aposentar-se da vida e da cultura.
É hora, pois, de lhe agradecermos tudo quanto nos proporcionou, pela sua simpatia e afabilidade e pela sua presença activa que ficará indissociável da história desta Assembleia. E é hora de lhe desejarmos um futuro sempre próspero e venturoso".
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"Afinal quanto se deve actualmente englobando já os empréstimos na totalidade? São doze milhões de euros"
O líder da bancada socialista, Joaquim Santos, questionou a bancada da oposição sobre uma conferência de imprensa protagonizada pelos vereadores da oposição, no dia 3 de Dezembro, onde foi feita referência a "ruptura financeira".
"Aproveitava esta oportunidade para me dirigir a essa bancada e saber se alguém estará em condições de elucidar a nossa bancada e os senhores jornalistas aqui presentes onde encontram argumentos, no orçamento de 2011, para afirmarem que no final desse ano o município ficará a dever aos bancos mais de 20 milhões de euros".
Como não obteve resposta, o líder da bancada socialista afirmou "vou fazer uma análise com números reais e não vagos".
O Documento de Prestação de Contas de 2009, referente a empréstimos, "dizia que a dívida em 1 de Janeiro de 2009 era de 9.385.966,10€ e em 31 de Dezembro era de 9.053.615,51€. Houve uma diminuição da divida de 3.5% à banca. Neste ano de 2010 aprovámos nesta Assembleia quatro empréstimos no valor de quatro milhões quatrocentos e sessenta e um mil euros. Esta dívida foi autorizada por esta Assembleia e ainda não foi levantada na totalidade. Entretanto procederam-se a amortizações no valor de um milhão e trezentos mil euros."
O membro socialista perguntou ainda "afinal quanto se deve actualmente englobando já os empréstimos na totalidade? São doze milhões de euros (finais 2009: 9.053.615.51+ empréstimos 2010: 4.461.000€. A este valor subtraí-se 1.300.000€). Se estivéssemos em Assembleias doutros concelhos que vocês conhecem, a oposição diria concerteza: "Que maravilha".
"Será que ainda não lhes passou pela cabeça, se calhar passou e não o assumem, que grande parte destes empréstimos têm retorno? Dou-lhes como exemplo a instalação da rede de água e saneamento. Este executivo está a acautelar o pós 2013. Outros não o estão a fazer e entregaram a empresas a gestão das águas e saneamento. Se calhar estão arrependidos. E mais importante, a educação dos nossos filhos e netos. Este retorno não pode ser quantificado."
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"As despesas correntes reflectem, portanto, a contenção de gastos restringindo-as ao essencial para o pleno funcionamento dos serviços municipais"
No período destinado à discussão dos documentos previsionais para o ano de 2011, a bancada socialista efectuou uma análise dos mesmos.
"A receita corrente para 2011 sofre uma diminuição de cerca de dois milhões de euros provocada pelo corte nas transferências do Estado e na redução da cobrança do IMI, IMT e taxas previstas na tabela de taxas em vigor. As despesas correntes reflectem, portanto, a contenção de gastos restringindo-as ao essencial para o pleno funcionamento dos serviços municipais. Igual rigor se verifica nas dotações com despesas com pessoal. Porém há que ter em consideração o substancial aumento verificado com as despesas com o pessoal em consequência da transferência de competências na área da gestão do pessoal não docente do ensino básico bem como a contratação de pessoal docente para as actividades de enriquecimento curricular, acrescidas das despesas inerentes aos encargos como a Caixa Geral de Aposentações, Segurança Social e seguros contra acidentes de trabalho. É prevista, ainda, neste orçamento a contratação de pessoal destinado ao funcionamento da Escola Básica de Nogueira. No que diz respeito ao Plano Plurianual de Investimento que ascende a 31 milhões e 474 mil euros há que ter em atenção que apenas se encontram inscritos em orçamento cerca de 19 milhões e 961 mil euros, como verba definida uma vez que a restante depende da aprovação das diversas candidaturas ao QREN, em que poderão ser incluídas algumas das obras sugeridas pelos vereadores da oposição, como referiu o Senhor Presidente na sua declaração de voto".
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"Somos um concelho jovem, activo e com melhorias notórias em termos de
infra-estruturas escolares, desportivas, empresariais e habitacionais"
Da bancada socialista, o membro da JSLousada, Nelson Oliveira, afirmou que "a gestão financeira que o executivo socialista faz na Câmara Municipal de Lousada ao longo dos últimos 21 anos, tem sido feita de forma consciente, justa e em prol do desenvolvimento sustentado de Lousada, e a prova disto está à vista de todos. Somos um concelho jovem, activo e com melhorias notórias em termos de infra-estruturas escolares, desportivas, empresariais e habitacionais.
Ora com tudo isto, não nos espanta a atitude de desespero do PSD/CDS Lousada através do seu último comunicado. Esperavam estes, que a conjuntura económica mundial fosse um entrave incontornável para impedir o crescimento de Lousada nos próximos anos e que o executivo socialista não pudesse continuar a mostrar que merece e merecerá a confiança dos Lousadenses.
As principais críticas que (ainda) referem, prende-se com a pertinência da construção do Complexo Desportivo e a remodelação do parque urbano. Como toda a população sabe, estes investimentos são feitos devido à aprovação de verbas vindas do QREN, e que, se não fossem canalizadas para estes investimentos, não poderiam ser utilizados de outro modo.
Muitos aspectos há para salientar mas ainda assim o PSDLousada pensa que o Complexo é mau para os Lousadenses e que megalómanos são aqueles que utilizam estas excelentes instalações!"
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"Segundo as informações que temos e que facilmente podem ser verificadas,
a autarquia tem a seu cargo 745 pessoas"
A aprovação do mapa de pessoal para o próximo ano foi outro dos pontos em discussão e votação.
O membro socialista Nelson Oliveira afirmou que"em relação ao mapa de Pessoal, a Coligação continua a manter o mesmo rol de mentiras. Ouvem-se críticas face á contratação e são lançados para a praça públicos números absurdos na ordem dos 1000 funcionários. Nada mais falso e que necessita de ser desmentido.
Vamos a números…E números reais!
Segundo as informações que temos e que facilmente podem ser verificadas, a autarquia tem a seu cargo 745 pessoas. E como a Coligação Lousada Viva bem sabe, mas não quer dizer, este número tem uma explicação muito óbvia e facilmente compreendida por todos.
Mais uma vez relembramos que 153 funcionárias pertencentes ao Ministério da Educação, a trabalhar nas escolas do 2.º e 3.º ciclo e 270, nos jardins-de-infância e escolas do 1.º ciclo, foram transferidas para a autarquia ao abrigo do protocolo de transferências de competências. Deste modo, a autarquia paga directamente a 322 pessoas. Portanto, uma grande diferença face ao número, esse sim megalómano, referido pelo PSD/CDS. É lamentável que a Coligação sabendo de antemão a verdade, tente manipular estes factos na opinião pública".
Gabinete de Imprensa do PS/Lousada
23 de dezembro de 2010
22 de dezembro de 2010
O monstro
"Se os portugueses não tivessem memória curta e tivessem sido leitores do Expresso teriam dado por uns artigos de Cavaco Silva que, segundo o próprio, alertavam para o risco de Portugal chegar à situação em que estamos. Mas esses mesmos portugueses recordar-se-iam igualmente da última vez que o FMI esteve em Portugal, em 1983. Nesse tempo o grande problema da economia portuguesa era o mesmo que enfrentamos actualmente, a sua competitividade externa agravada agora por um contexto internacional menos favorável e por uma dívida pública e privada que consomem uma parte cada vez mais significativa da riqueza produzida pelo país.
Tal como agora os jovens não tinham emprego e no meu caso a situação era agravada pelo estigma de ter tirado a licenciatura do ISEG, os anúncios de empregos excluíam os que se tinham licenciado naquela escola, os senhores da Universidade Católica (por onde andava o Cavaco) e da Nova (onde o Cavaco se baldou até ter tido um processo disciplinar) usavam da sua influência para as empresas empregadoras favorecerem os pupilos da Nova e da Católica.
Lembrar-se-iam também de que a causa remota da vinda do FMI foi a decisão de Cavaco Silva de revalorizar o escudo, uma manobra eleitoralista apoiada num falso nacionalismo que retirou a competitividade externa das economias portuguesas, com as consequências que o país conheceu depois. O mesmo Cavaco que tinha responsabilidades directas no descalabro da economia portuguesa deu depois o golpe ao governo do bloco central quando tudo estava resolvido, governando em tempo de falsas vacas gordas, à custa da adesão à CEE que tinha sido conseguida por Mário Soares, do reequilíbrio das contas externas alcançado num governo liderado pelo mesmo Mário Soares e da imensidão dos fundos comunitários. Há poucos dias muitos evocaram o papel do falecido Ernâni Lopes na recuperação da economia portuguesa, ninguém se recordou de quem foi o responsável por Portugal ter ido bater à porta do FMI, nesse tempo Cavaco não tinha tempo para alertar em artigos no Expresso para as consequências da sua incompetência.
Outro exemplo da preocupação de Cavaco Silva com a protecção da economia portuguesa e a competitividade das nossas empresas foi-nos dado quando já era primeiro-ministro. Para reduzir a taxa de inflação não hesitou em eliminar os mecanismos de protecção negociados durante a adesão para o sector agrícola e de um dia para o outro sectores como os cereais, carnes e lácteos deixaram de ter qualquer protecção em relação à forte concorrência dos produtos vindos dos outros estados-membros soçobrando face à competitivade da agricultura europeia.
Cavaco Silva é o pai da conquista de votos a qualquer preço, dos acordos de concertação social à custa de cedências generalizadas, dos negócios lucrativos de acções com cotações fixadas por Oliveira e Costa, da promoção de professores de trabalhos manuais com o 5.º ano a professores com estatuto de licenciados, da possibilidade de os funcionários públicos poderem comprar anos de serviço com base em mentiras o que permitiu a muito boa gente reformar-se com cinquenta anos porque deram explicações quando tinham doze, dos aumentos de pensões de reforma em vésperas de eleições, do agendamento de dezenas de cerimónias de inauguração de obras públicas em vésperas de eleições, de cerimónias do CCB onde se exibiam publicamente os novos militantes do PSD, muitos deles promovidos a chefes depois do competente preenchimento da ficha de militante.
Cavaco Silva é o pai das políticas eleitoralistas sem escrúpulos em que os votos justificam os meios, da invasão do Estado por milhares de boys, do enriquecimento fácil à custa do Estado, é o pai espiritual dos que roubaram mais de 3 milhões de euros no BPN que os portugueses terão de pagar com impostos e cortes de vencimentos. O candidato presidencial Cavaco não previu o futuro do país num artigo que escreveu há sete anos, o agora candidato presidencial escreveu o futuro do país quando foi ministro das Finanças e primeiro-ministro, escreveu gatafunhos na democracia quando o seu pau mandado inventou escutas e está a escrever uma página triste na história da instituição Presidência da República.
Quando Miguel Cadilhe disse que Cavaco Silva era o pai do monstro pecou por defeito, o candidato presidencial Cavaco Silva é ele próprio a representação viva do monstro".
in: Jumento
21 de dezembro de 2010
Ficarei
20 de dezembro de 2010
Cavaco Silva: O político que não faz campanha com a pobreza
Livrem-nos dos políticos com nojo da política
Alguns candidatos à Presidência fazem da sua falta de currículo político a sua grande vantagem. Outros fizeram uma carreira inteira a fingir que era outra coisa que estavam a fazer. O cargo de Presidente é para políticos experientes. Daqueles que se orgulham de o ser.
As campanhas eleitorais não dizem muito sobre os candidatos. Dizem mais sobre o que os candidatos acham que os eleitores querem ouvir. E em tempo de crise, quando o sistema político parece ser incapaz - até pelas limitações impostas por uma União Europeia politicamente paralizada - de encontrar soluções ou apontar caminhos, tudo o que os candidatos à Presidência não querem parecer é políticos. Apesar de, como é evidente, tendo em conta o cargo a que se candidatam, não poderem ser nem mais nem menos do que isso.
Fernando Nobre, naquele que é o pior tique que um político pode ter - e confesso que esta sua postura me espanta - mostrou como seu principal currículo político não ter currículo político nenhum. Chegou ao ponto de acusar Francisco Lopes de ser responsável pelo estado em que o País está já que, veja-se o escândalo, é deputado. Como se ter sido escolhido pelo povo para um cargo que depende do voto democrático tornasse um cidadão cúmplice de tudo o que aconteça de mal. Disse que ele fazia parte do sistema, essa nebelosa que torna tudo indiferenciado e que supostamente distingue quem nunca se meteu nesse nojo que é o confronto democrático.
Defensor Moura também acusou Manuel Alegre de ser político. Coisa feia, bem se vê. Isto, apesar dele ser deputado em exercício, ter sido presidente de câmara e ter uma longa vida partidária. Temos então os políticos, os não políticos e os políticos só um bocadinho.
Cavaco Silva já tem muitos anos deste discurso. Ele paira sobre a política mas parece nunca lhe tocar. Não ser político é a sua imagem de marca. O elemento distintivo de um dos homens que há mais tempo faz política no País.
Todos eles são candidatos à Presidência da República. Um cargo que nada tem de executivo ou técnico. Um cargo absolutamente político. Um cargo que, exigindo um enorme conhecimento das instituições e dos equilibrios partidários, deveria exigir um vasto currículo com provas dadas em cargos políticos. Enfim, um cargo reservado a políticos. Não a homens que deprezam a política ou querem passar a imagem que dela têm nojo, mas aos que a vêem como a mais nobre das actividades a que um cidadão se pode dedicar. Até porque, mesmo quem tenha provas dadas de ausência de currículo nesta área (coisa estranha, a de ter na inexperiência uma vantagem), perderia essa virgindade no dia em que entrasse no Palácio de Belém.
Conhecemos de sempre este filme: políticos que fazem do ódio à política uma arma de propaganda. Acontece-lhes uma de duas coisas. A menos má: rapidamente se tornam iguais a todos os que criticaram. A pior: a sua inexperiência, voluntarismo ou falta de consistência traduz-se em incompetência ou desrespeito pelas regras democráticas.
Lembro-me das melhores eleições eleições presidenciais que este país viveu: Mário Soares, Freitas do Amaral, Salgado Zenha e Maria de Lurdes Pintansilgo. Todos políticos de primeira água que puxavam dos galões da sua experiência. E à frente dos partidos tinhamos ainda Sá Carneiro e Álvaro Cunhal, dois políticos absolutos, mestres tácticos e tribunos temíveis. O que nos aconteceu para termos chegado a este nível de indigência, onde ter currículo político é tratado como defeito ou motivo de vergonha?
Para não pôr tudo no mesmo saco, há dois candidatos que não têm seguido este caminho: Manuel Alegre e Francisco Lopes. Os dois assumem o seu passado e a sua militância. São, de formas diferentes, políticos assumidos. E, num tempo em que a demagogia derrapa para um preocupante desprezo pela democracia que conquistámos há 36 anos, isso só diz bem deles. Por mim, quero um político como Presidente. E que tenha orgulho nisso.
in: Expresso
19 de dezembro de 2010
Jornadas Parlamentares do PS
A concelhia de Lousada marcou presença através do Presidente da Comissão Política do PS Lousada - José Santalha, e do Vice-Presidente da Câmara de Lousada - Pedro Machado.
18 de dezembro de 2010
Valha-nos Deus
Cavaco, por exemplo, mostra, como de costume, toda a maturidade de um adolescente de 15 anos. Nem o Governo, nem Belém conseguiram reduzir a confrangedora vaidade com que saiu do seu buraco em 1980. O homem que raramente se enganava e nunca tinha dúvidas, o homem que trepava ao coqueiro e ganhava os 110 metros de barreiras, continua exactamente na mesma. O episódio da Sala Oval é uma prova definitiva. Vale a pena contar. Parece que o embaixador americano Hoffman disse num telegrama qualquer que o dr. Cavaco se recusara a fazer uma visita a Bush-pai [...] porque Bush-filho não o recebera na Sala Oval, para um daqueles retratos de autopropaganda que se põem em cima da secretária.
Perante esta afronta à sua figura histórica, e, por implicação, à pátria, o Presidente reagiu com toda a rapidez que o caso, como é óbvio, justificava. O embaixador, disse com dureza, mentia. E mentia, porque ele, Aníbal Cavaco Silva, fora com certeza o político português que estivera mais vezes na Sala Oval. Pensar que um torpe socialista (Soares no seu tempo ou depois Sampaio) o excedera na assídua frequência daquele santuário e que ele, por “vingança” como insinuava Hoffman, repelira o velho e carinhoso Bush, não passava de uma fantasia ou de uma intriga diplomática. Restabelecida a verdade, o país respirou de alívio. Ninguém mete tantos golos como Ronaldo e ninguém, por estas bandas, vai tanto à Sala Oval como Cavaco.
Valha-nos Deus.»
Frases...
Merkel impressionada com reformas em Portugal e Espanha
in: Destak
17 de dezembro de 2010
LOUSADA: EXEMPLO DE JUVENTUDE
Os dados do Instituto Nacional de Estatística, referentes ao ano 2009, trabalhados recentemente pela Marktest, dando origem ao Atlas Social de Portugal, confirmaram aquilo que já havíamos interiorizado, por resultados anteriores: Lousada é um concelho pleno de juventude.
A população jovem, no segmento 0-24 anos, assume o significativo peso de 33,03%, tornando Lousada no concelho mais jovem de Portugal Continental.
Vale a pena, também, comparar as taxas de crescimento efectivo. Em Portugal: 0,10%. Na Região Norte: Norte: 0,00%. No Tâmega: -0,03% (crescimento negativo). Lousada: 0,63%. Ou seja, comparativamente às restantes estruturas regionais, assume, claramente, a diferença a nível de aumento populacional.
Quanto à taxa de natalidade, os termos de comparação são abonatórios. Portugal: 9,4 por mil. Norte: 8,7 por mil. Tâmega: 9,2 por mil. Lousada: 11,1 por mil habitantes. Isto é, há, inequivocamente, muito mais nascimentos aqui.
Somos, ainda, o concelho menos envelhecido, ao registarmos 10,5% de população com mais de 65 anos, o menor índice de envelhecimento (55 idosos por cada 100 jovens com menos de 15 anos) e estamos nos que apresentam menor dependência de idosos, no rácio de 15 seniores por 100 activos.
No entanto, muito mais do que a contemplação de resultados, sem dúvida estimulantes, importa analisar, sumariamente, as suas causas e consequências.
Desde logo, a centralidade do concelho, suportada por uma invejável rede de acessibilidade. As auto-estradas A42 e A11, a variante de ligação à A4, o sistema de comboios suburbanos até Caíde e a rede capilar de estradas municipais formam um conjunto de ligações que permitem o transporte de pessoas e mercadorias com celeridade e eficiência.
A oferta do parque habitacional a preços economicamente mais sustentáveis, e a habitação social e a custos controlados surgiram, igualmente, como factores determinantes, associado ao dinamismo empresarial – agora enfrentando uma grave crise, geral a todo o país – que possibilitou a criação de muitos postos de trabalho.
Por outro lado, a política educativa da autarquia, com a cobertura total em jardins-de-infância, a modernização e ampliação do parque escolar dos ensinos básico e secundário, a componente de apoio às famílias e as ofertas formativas traduziram-se numa qualidade de serviço reconhecido por todos os agentes educativos.
Os equipamentos desportivos surgem, seguramente, também, como causa determinante. As virtualidades do Complexo Desportivo, registando, no ano de 2009, mais de 250 mil praticantes, as condições das Piscinas Municipais e dos polidesportivos, e as dinâmicas associativas, permitindo a prática de qualquer modalidade.
Se o acesso a cuidados de saúde, com dois serviços de atendimento permanente, unidade de internamento e acesso rápido ao Hospital Padre Américo, não pode ser esquecido, as propostas de animação cultural apresentam-se, igualmente, como qualificadoras: companhia profissional de teatro, conservatório de música, ofertas culturais e trabalho associativo merecem, também, ser enfatizados.
Ora, este conjunto de factores, interligados com as apostas de qualidade ambiental – rede de água e saneamento, recolha de resíduos, equilíbrio urbanístico e ordenamento do território –, o acesso às novas tecnologias de informação reforçadas pelas políticas de coesão social, tornam Lousada um concelho atractivo.
Porém, ainda mais importante, são as pessoas. São elas que tornam, dia-a-dia, a nossa terra mais bela, directamente, ou por intermédios dos seus agentes representativos. Lousada é uma terra de vida e de esperança, de consolidação do presente e de confiança no futuro. Em tempo de depressão colectiva, não poderia surgir melhor sinal de optimismo.por: Eduardo Vilar
in: Verdadeiro Olhar
Motivos de vergonha
Cavaco Silva tem pois todos os motivos para, como disse, se sentir envergonhado com a situação de fome que muitos portugueses hoje vivem.
Mas deveria sentir-se também envergonhado, e deveria dizê-lo, por, simultaneamente, outros portugueses viverem na mais escandalosa abundância (como sucedeu nos tempos das vacas gordas dos fundos comunitários em que foi primeiro-ministro e em que nasceu o Banco Alimentar Contra a Fome), e banca e grandes empresas todos os dias anunciarem lucros da ordem dos milhões que, na maior parte dos casos, irão parar a "offshores", enquanto avidamente disputam a pobres e desempregados as cada vez mais escassas verbas com que o Estado ainda os vai apoiando.
in: JN
16 de dezembro de 2010
Para quem ainda duvída da OCDE
Mas o próprio Público foi averiguar junto da OCDE os critérios utilizados e a resposta não poderia ter sido mais esclarecedora: «"Portugal obedeceu a todos os critérios estabelecidos pela OCDE para a constituição da amostra, por isso, não houve qualquer investigação", responde Juliet Evans, da EDU/IA, o gabinete de auditoria interna, responsável pela Educação, da OCDE.» Parece, afinal, que a frase de Cavaco reproduzida no título se aplica bem é ao ex-membro da comissão política da sua anterior candidatura à presidência".
in: CC
15 de dezembro de 2010
FMI em Portugal: longe da realidade
"Nas últimas semanas, muito se tem especulado sobre a eventual entrada do Fundo Monetário Internacional no nosso país. Essa possibilidade parece-me, todavia, imprudente, porquanto obrigará os portugueses a fazer sacrifícios desajustados, que adensarão a instabilidade social do país.
1. Não obstante julgar ser desnecessária uma intervenção do FMI em Portugal, importa desmistificar o papel desta instituição, que existe precisamente para socorrer países com dificuldades. O FMI não deve ser encarado como um recurso de desespero para salvar as contas do país, pelo que, mesmo intervindo segundo a lógica dos credores, urge desdramatizar a sua intervenção e, ao invés, fazer uma análise lúcida das consequências que daí adviriam.
2. Em torno desta discussão, é evidente a ânsia de alguns protagonistas políticos, desejosos de ver a imagem de Portugal profundamente descredibilizada. Enganam-se, contudo, os que entendem poder retirar proveitos políticos do eventual regresso do FMI a Portugal. Tal ocorrência prejudicaria de forma transversal os partidos do nosso regime democrático e seria encarada como uma situação de descrédito para toda a classe política – não exclusivamente para o Partido Socialista.
3. Os contornos da situação económico-financeira portuguesa são substancialmente diferentes dos da Grécia ou da Irlanda. Se, por um lado, o nosso endividamento público está em linha com o endividamento de grande parte dos Estados europeus, por outro, não se verifica em Portugal um risco acrescido de colapso do sistema financeiro ou do sector imobiliário. Ora, decorre desta sensata constatação uma total incompreensão pelo valor dos juros da nossa dívida pública, atendendo à realidade de outros países. E radica nessa mesma constatação a extemporaneidade da entrada do FMI no nosso país.
4. O momento presente deve propiciar uma profunda reflexão sobre os mecanismos de solidariedade entre os Estados-membros da União Europeia. Sem pôr em causa a inequívoca necessidade de consolidação das finanças públicas, deve ser promovida uma ampla discussão sobre o impacto contraccionista de medidas que têm vindo a ser tomadas em diversas economias. Propostas como a emissão conjunta de obrigações ou a criação de um fundo monetário europeu devem ser equacionadas no âmbito de um verdadeiro projecto de igualdade, unidade e solidariedade à escala europeia".
Nota: artigo publicado na edição N.º 5 do jornal «Cons(c)elho», a convite da Juventude Popular do Porto.
por: João Torres (Presidente da Federação Distrital do Porto da JS)
Malditos Factos
"Diz-se que a nossa escola deixa para trás os mais pobres. Que a alternativa é o cheque-ensino e a liberdade de escolha, como na Suécia e na República Checa. Mas um relatório desmente a ideia feita. Pioraram com este caminho e Portugal melhorou.
A teoria em voga tem sido esta: o nosso sistema educativo, tal como está desenhado, deixa para trás os mais pobres. A melhor alternativa seria a de instituir o cheque-ensino e, através dele, permitir o acesso de todos às escolas privadas. Garante-se liberdade de escolha, mais qualidade e mais igualdade de oportunidades. A solução seria milagrosa e já fora experimentada na Suécia. A sonhada liberdade de escolha também existiria na República Checa.
No final da semana passada saiu o relatório de Pisa, que faz uma avaliação dos vários sistemas educativos. Uma coisa aborrecida: socorre-se de números e de factos e não de postulados ideológicos.
Os dois exemplos não podiam ser mais claros: Suécia e República Checa (ver gráficos roubados ao blogue Câmara Corporativa ) viram os resultados escolares em ciências, matemática e leitura piorarem de 2000 até hoje, comparando os quatro relatórios de Pisa. Em Portugal melhoraram. Estavam os dois bem distantes de Portugal. Agora estão quase iguais. Ou seja, a receita milagrosa deixou-os muito pior. O nosso péssimo sistema deixou-nos muito melhor.
Outro dado interessante: se o nosso sistema prejudica os pobres e acentua as assimetrias, como se explica que sejamos o sexto país da OCDE (muito acima da média) e o décimo em 66 países analisados cujo sistema educativo melhor corrige as assimetrias socioeconómicas? Como se explica que sejamos um dos países em que maior percentagem de alunos pobres atingem excelentes níveis de desempenho em leitura?
O mal do monolitismo do debate político não é apenas a distorção democrática que provoca. É que permite que o discurso do mainstream não se dê ao trabalho de se basear em factos. Limita-se a repetir conversa estafada sem sequer pensar: o eduquês, o facilitismo, a degradação da escola pública. Pena existirem estudos e factos que estragam as potencialidades políticas desta narrativa".
in: Expresso
14 de dezembro de 2010
Câmara Municipal de Lousada - Bolsas de Estudo
Podem candidatar-se todos os jovens estudantes universitários que residam em Lousada, há mais de cinco anos, e que obedeçam a pressupostos como bom aproveitamento escolar, mas que tenha também necessidade de apoio financeiro.
Os interessados em efectuar a candidatura devem deslocar-se à frente de atendimento da Câmara para apresentar o requerimento a que devem juntar documentos necessários que façam prova como é o caso do atestado de residência passado pela Junta de Freguesia, fotocópia de Bilhete de Identidade e Número de Identificação Local. Aos documentos devem ainda juntar-se os documentos que comprovem os rendimentos auferidos por cada membro do agregado familiar passado pela entidade patronal ou pela Segurança Social, bem como a declaração do IRS, entre outros.
Para mais informações os interessados podem ainda consultar a página de internet da autarquia em www.cm-lousada.pt, onde têm acesso aos formulários e toda a informação necessária".
in: CM Lousada