7 de novembro de 2007

Saude

"O primeiro-ministro anunciou ontem no Parlamento que a vacina contra o cancro do colo do útero passará a integrar o Plano Nacional de Vacinação (PNV) já no próximo ano, sendo dada gratuitamente nos centros de saúde. O Governo vai também apoiar um programa de cuidados de saúde oral para algumas grávidas e idosos e passar a comparticipar a 100 por cento os primeiros tratamentos de reprodução medicamente assistida.
As novas medidas, que custarão ao Estado 42 milhões de euros, são possíveis graças ao reforço das verbas do Serviço Nacional de Saúde (SNS) previstas no Orçamento do Estado para o próximo ano, que aumentam em 225 milhões de euros, sublinhava pouco depois aos jornalistas o ministro da Saúde, Correia de Campos.
A vacina contra o cancro do colo do útero, à venda desde Janeiro por mais de 400 euros, poderá estar disponível nos centros de saúde no próximo ano escolar. Até agora, o Governo recusara-se a incluir o medicamento no PNV, alegando aguardar os resultados de estudos técnicos. Agora, mesmo sem os estudos concluídos, "há a decisão política de avançar para a inclusão no PNV por uma questão de equidade e universalidade". Resta saber em que idades será feita a vacinação. O ministro quer lançar em breve concurso para a escolha de uma das duas vacinas disponíveis, prevendo gastar no primeiro ano 15 milhões de euros.
Pela primeira vez, o Estado apoiará também alguns tratamentos de fertilidade no privado, dada a incapacidade de resposta do serviço público. "Financiaremos a 100 por dento o primeiro ciclo de inseminação intra-uterina e a indução por estimulação ovárica", disse Correia de Campos. Já as técnicas mais usadas para conseguir uma gravidez, a fertilização in vitro e a micro injecção, apesar de mais caras serão apoiadas apenas a 50 por cento no primeiro tratamento.
Igualmente anunciado foi o primeiro programa de saúde oral para alguns utentes dos centros de saúde, através de cheques dentários que permitirão o tratamento em consultórios privados. "As 65 mil grávidas seguidas pelo médico de família terão direito a três cheques dentários", explicou o ministro, que não sabia ontem determinar o valor de cada cheque. "Nos centros de saúde as pessoas têm acesso à lista de médicos que se inscreveram no programa e estão disponíveis."
Os 52 idosos a beneficiar do suplemento solidário de pensão vão também ter direito a mais apoio: receberão dois cheques dentários para serem seguidos clinicamente quando colocarem próteses dentárias. Igualmente alargado será o programa de prevenção da cárie dentária, que resulta de uma parceria entre as escolas aderentes e os centros de saúde. Mais 14 mil crianças entre os 6 e os 12 anos deverão beneficiar deste apoio."
Fonte: Publico

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