14 de agosto de 2011

É favor de avisar o Sr. Ministro das Finanças


1. A próxima entrevista de Vítor Gaspar será feita em diferido. Só irá para o ar depois de Miguel Relvas a aprovar.

2. Enviar com urgência para o Funchal e para Ponta Delgada (mas neste caso - menos grave - apenas por correio normal, mais barato) os contactos dos senhores Poul Thomsen, representante do FMI, e dos outros dois senhores que o acompanham sempre, para que os Governo Regionais, se "considerarem útil", e "à semelhança do que aconteceu com a República Portuguesa, possam, por sua própria iniciativa, pedir para que se constitua um programa que permita resolver e fasear o ajustamento nestas regiões." (como disse Vítor Gaspar na sua entrevista a Judite de Sousa).
Se esta estratégia resultar, deve ser endereçada a mesma sugestão ao Primeiro-Ministro grego, George Papandreou, porque eles têm lá uma quantidade inacreditável de ilhas, e pode ser que ele consiga convencer a Troika que não tem responsabilidades sobre os gastos nelas efectuados.

3. Avisar o Ministro das Finanças - da próxima vez que tiver que falar em público - que, antes de ele chegar ao Terreiro do Paço, houve uma longa campanha eleitoral e que um dos grandes slogans da mensagem do PSD era cortar nas "gorduras do Estado" [a tal expressão que ele diz que não se encontra em nenhum "documento do Governo" (e di-lo sem se rir)].

4. Avisar o Ministro das Finanças para o facto de que o recurso a receitas extraordinárias - como fundos de pensões de entidades privadas - foi usado há poucos meses pelo PSD como um forte argumento para atacar o Governo socialista, afirmando-se que esta era a prova inequívoca de que o Governo não fora capaz de cumprir as metas do défice.

in: Jugular

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