"O diretor clínico do hospital gerido pela Caixa Geral de Depósitos, João Varandas Fernandes, garante que a unidade é viável apesar dos prejuízos.
O diretor clínico do Hospital de Cascais, João Varandas Fernandes, está a constituir uma associação empresarial com outros quatro médicos para assumir o contrato de gestão da unidade. O cirurgião acredita na viabilidade económica do hospital e espera que o Conselho de Administração da Caixa o chame quando avançar a privatização. João Varandas Fernandes vai propor também ao Ministério da Saúde a gestão dos Centros de Saúde da área de influência do hospital.
Apesar dos prejuízos, João Varandas acredita que o hospital é viável económicamente mas para isso o Estado tem que dar liberdade de produção, ou seja, permitir que o hospital preste mais serviços do que os que estão contratualmente estabelecidos. É este o grande problema da actual administração mas também há a questão do excesso de pessoal. Parece que herdámos este vício do serviço público.»
Semanário Expresso 16.07.11
É suposto que o designado choque liberal despoletado pelo trabalho da Troika, especialmente acarinhado por este governo, constitua um forte apelo ao despertar da consciência empreendedora de muitos dos nossos concidadãos. Por sua vez, em época de crise, há que fazer contas à vida e decidir avançar, destemida e ligeiramente, por onde a nossa intuição nos apontar o caminho da salvação.
Está por provar que o Hospital de Cascais, PPP, se trate de um projecto economicamente viável. Prevejo que não seja. Tendo em consideração as condições especialmente duras (exigentes) impostas pelo contrato de gestão. De qualquer forma, sem alteração das actuais obrigações contratuais, essa prova requererá sempre uma equipa de gestão competente, exigente, especialmente capacitada no desenvolvimento da performance clínica, tendo em vista a prestação de um serviço público, aliada ao necessário equilíbrio económico financeiro desta unidade hospitalar PPP. Trata-se, por outro lado, de um negócio de muitos milhões, como é do domínio público, que requer suporte financeiro só ao alcance dos grandes grupos económicos.
Por isso prevejo que muita água há-de passar debaixo das pontes, até ao dia em que a CGD, no cumprimento estrito da recomendação do grupo de trabalho da troika, consiga libertar-se da aventura de em parceria com o Estado testar um novo modelo de gestão hospitalar.
Duas notas: 1.º - Económicamente viável, o problema são as contas (ruinosas): Interessante o passo em que JVF refere: "Não sou responsável pela área financeira, mas tenho a governação clínica e é a partir dela que posso dar uma visão do que está a acontecer no Hospital de Cascais". Bom, a governação clínica vai bem, infere-se. O problema são (as contas) os Serviços Financeiros, responsáveis pela demonstração de resultados: Elevados custos para os proveitos resultantes da produção contratualizada.
2.º - Sempre me surpreendeu a grande disponibilidade dos nossos jornais para publicarem páginas inteiras de publicidade à borla (?).
O diretor clínico do Hospital de Cascais, João Varandas Fernandes, está a constituir uma associação empresarial com outros quatro médicos para assumir o contrato de gestão da unidade. O cirurgião acredita na viabilidade económica do hospital e espera que o Conselho de Administração da Caixa o chame quando avançar a privatização. João Varandas Fernandes vai propor também ao Ministério da Saúde a gestão dos Centros de Saúde da área de influência do hospital.
Apesar dos prejuízos, João Varandas acredita que o hospital é viável económicamente mas para isso o Estado tem que dar liberdade de produção, ou seja, permitir que o hospital preste mais serviços do que os que estão contratualmente estabelecidos. É este o grande problema da actual administração mas também há a questão do excesso de pessoal. Parece que herdámos este vício do serviço público.»
Semanário Expresso 16.07.11
É suposto que o designado choque liberal despoletado pelo trabalho da Troika, especialmente acarinhado por este governo, constitua um forte apelo ao despertar da consciência empreendedora de muitos dos nossos concidadãos. Por sua vez, em época de crise, há que fazer contas à vida e decidir avançar, destemida e ligeiramente, por onde a nossa intuição nos apontar o caminho da salvação.
Está por provar que o Hospital de Cascais, PPP, se trate de um projecto economicamente viável. Prevejo que não seja. Tendo em consideração as condições especialmente duras (exigentes) impostas pelo contrato de gestão. De qualquer forma, sem alteração das actuais obrigações contratuais, essa prova requererá sempre uma equipa de gestão competente, exigente, especialmente capacitada no desenvolvimento da performance clínica, tendo em vista a prestação de um serviço público, aliada ao necessário equilíbrio económico financeiro desta unidade hospitalar PPP. Trata-se, por outro lado, de um negócio de muitos milhões, como é do domínio público, que requer suporte financeiro só ao alcance dos grandes grupos económicos.
Por isso prevejo que muita água há-de passar debaixo das pontes, até ao dia em que a CGD, no cumprimento estrito da recomendação do grupo de trabalho da troika, consiga libertar-se da aventura de em parceria com o Estado testar um novo modelo de gestão hospitalar.
Duas notas: 1.º - Económicamente viável, o problema são as contas (ruinosas): Interessante o passo em que JVF refere: "Não sou responsável pela área financeira, mas tenho a governação clínica e é a partir dela que posso dar uma visão do que está a acontecer no Hospital de Cascais". Bom, a governação clínica vai bem, infere-se. O problema são (as contas) os Serviços Financeiros, responsáveis pela demonstração de resultados: Elevados custos para os proveitos resultantes da produção contratualizada.
2.º - Sempre me surpreendeu a grande disponibilidade dos nossos jornais para publicarem páginas inteiras de publicidade à borla (?).
in: Saúde SA
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