Confesso que o discurso do Dia 10 de Junho do Prof. Cavaco Silva me deixou algo incrédulo.
Por momentos pensei que estaria a ouvir a voz de Oliveira Salazar ou de Américo Thomaz a incitar os Portugueses aos "3F" - "Fátima, Futebol e Fado", e a louvarem o esforço dos cidadãos patriotas que se entretêm com o analfabetismo acompanhado por uma sardinha num pão.
Cavaco Silva teima em colocar-se à parte das responsabilidades nos destinos do nosso país, ele que é o político que há mais anos está na política activa. Os avisos são sempre feitos para os outros, sejam eles socialistas, sociais-democratas, bloquistas, comunistas ou centristas. Dispara em todas as direcções sem olhar para o seu próprio umbigo.
Proclamar de viva voz a necessidade de apostarmos na Agricultura é de todo necessário, contudo esta leitura não poderá ser demasiado simplista, nem abordada no tom que foi.
Cavaco esquece-se de muitas coisas. Principalmente que a aposta na Agricultura tem que ser melhorada (é certo), mas actualmente ela tem vindo a aumentar desde que ele próprio negociou a estagnação desta área e essencialmente das pescas com a Política Agrícola Comum /UE.
Sim, Cavaco esquece-se que ele é o principal responsável pelos tais subsídios para não produzir, a partir de 1989. Também se esquece que não pode pedir o mesmo número de agricultores como há 50 anos atrás, porque o que se fazia com 40 pessoas, hoje faz-se com 3 ou 4 dada a evolução tecnológica inerente.
A evocação do repovoamento do interior, da solução para o desemprego jovem ser o campo, é vista por Cavaco e seus apoiantes como no regime ditatorial se distinguiam os campónios dos senhores da cidade. Esse tempo já lá vai!
A temática em si é pertinente, é efectivamente necessário apostar mais na agricultura, mas não é em tom de aviso, de recado, ou disparando em todas as direcções que Cavaco consegue alguma coisa. É que esquece-se que estes disparos fazem ricochete!
Por momentos pensei que estaria a ouvir a voz de Oliveira Salazar ou de Américo Thomaz a incitar os Portugueses aos "3F" - "Fátima, Futebol e Fado", e a louvarem o esforço dos cidadãos patriotas que se entretêm com o analfabetismo acompanhado por uma sardinha num pão.
Cavaco Silva teima em colocar-se à parte das responsabilidades nos destinos do nosso país, ele que é o político que há mais anos está na política activa. Os avisos são sempre feitos para os outros, sejam eles socialistas, sociais-democratas, bloquistas, comunistas ou centristas. Dispara em todas as direcções sem olhar para o seu próprio umbigo.
Proclamar de viva voz a necessidade de apostarmos na Agricultura é de todo necessário, contudo esta leitura não poderá ser demasiado simplista, nem abordada no tom que foi.
Cavaco esquece-se de muitas coisas. Principalmente que a aposta na Agricultura tem que ser melhorada (é certo), mas actualmente ela tem vindo a aumentar desde que ele próprio negociou a estagnação desta área e essencialmente das pescas com a Política Agrícola Comum /UE.
Sim, Cavaco esquece-se que ele é o principal responsável pelos tais subsídios para não produzir, a partir de 1989. Também se esquece que não pode pedir o mesmo número de agricultores como há 50 anos atrás, porque o que se fazia com 40 pessoas, hoje faz-se com 3 ou 4 dada a evolução tecnológica inerente.
A evocação do repovoamento do interior, da solução para o desemprego jovem ser o campo, é vista por Cavaco e seus apoiantes como no regime ditatorial se distinguiam os campónios dos senhores da cidade. Esse tempo já lá vai!
A temática em si é pertinente, é efectivamente necessário apostar mais na agricultura, mas não é em tom de aviso, de recado, ou disparando em todas as direcções que Cavaco consegue alguma coisa. É que esquece-se que estes disparos fazem ricochete!
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