Por cá, que estamos nos antípodas da China, essa particular espécie de astrólogos que são os economistas anuncia exactamente o inverso. E se 2011 vier também a ser o Ano do Coelho, temos bons motivos para temer que seja ainda pior do que o Ano do Tigre (ou do "Animal Feroz") que passou.
Basta ver o caminho para que apontam as propostas que, como as migalhinhas de pão de Hansel e Gretel, Pedro Passos Coelho vai de vez em quando deixando cair.
Primeiro foi a proposta de revisão constitucional que, de uma assentada, acabava com a proibição de despedimentos sem justa causa (como os despedimentos baratos do Ano do Tigre, também para... combater o desemprego) e ainda com a educação e ensino públicos. A coisa caiu mal e Passos Coelho calou-se por uns tempos. Voltou agora à carga em Ílhavo: as empresas públicas com custos sociais (para Passos Coelho, com "prejuízos crónicos") devem ser fechadas.
Entre outras, Coelho quer, pois, fechar empresas com "prejuízos crónicos" como a CP, a STCP, a Carris, os Metros de Lisboa e Porto, os Centros Hospitalares de Coimbra e Lisboa Norte, o Hospital de S. João, o Instituto de Oncologia... Os "lobbies" privados que estão por trás de medidas destas afiam já os dentes. O Ano do Coelho será, entre nós, o Ano do Tubarão.
in: JN
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