30 de outubro de 2010

COMUNICADO DO SECRETARIADO NACIONAL DA JUVENTUDE SOCIALISTA

A aprovação do Orçamento de Estado para 2011 afigura-se indispensável para assegurar o cumprimento das metas assumidas por Portugal junto da União Europeia no que respeita ao controlo das contas públicas. No quadro actual, em que o País se encontra exposto às pressões dos mercados e sofre os efeitos da especulação em torno da sua dívida soberana, potenciada em parte pela situação orçamental grave noutros Estados que integram a zona Euro, torna-se incontornável assegurar sinais claros de estabilidade no domínio orçamental. Apelar à não viabilização do Orçamento, como outras forças políticas têm defendido, equivale, no actual contexto económico e financeiro, a pôr em causa as possibilidades de retoma da economia portuguesa, prejudicando potencialmente as futuras gerações e, em particular, as expectativas de muitos milhares de jovens portugueses.

Assim sendo, a Juventude Socialista sublinha a necessidade de ultrapassar com responsabilidade o momento difícil que atravessamos, saudando a disponibilidade manifestada pelo Governo em realizar um esforço adicional no sentido de um compromisso politico que assegure a viabilização do Orçamento do Estado. Dessa forma, dá-se um passo que permitirá salvaguardar a sustentabilidade futura das políticas sociais e de incentivo à economia que, não obstante a redução da despesa pública efectuada no documento em discussão, são preservadas no essencial.
O Secretariado da JS sublinha ainda a necessidade de, neste contexto, e conhecidas as conclusões do Conselho Europeu que hoje decorreu, aprofundar o debate em torno do actual modelo de governação económica da União Europeia, em particular da zona Euro. Para o efeito, devem ser criados mecanismos que reforcem a solidariedade entre todos os Estados membros na ultrapassagem de crises como a que enfrentamos, e que coloquem a tónica e as prioridades da intervenção das instituições europeias também no crescimento e na criação de emprego, através da adopção de políticas anti-cíclicas à escala europeia sempre que necessário.

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