O que faz mergulhar os mercados é o parecer da equipa de economistas da S&P, que penaliza a notação da República Portuguesa porque não acredita que - até 2013! - reduzamos o défice para menos de 3% do PIB. Ainda que concedam, no dizer do seu porta- -voz, ser plausível que esse défice se reduza dos tais 9,4%, em 2009, para os 4% do PIB, em 2013... mesmo com um crescimento ainda mais débil do que aquele que consta no PEC lusitano.
Tudo isto dá que pensar: quem atribuía as mais altas notações (AAA - reputação óptima!) a bancos e países que, de um dia para o outro, se viram à beira da falência, no Outono de 2008, faz descer dois níveis a um país por suspeitar que ele, em 4 anos, só vai conseguir alcançar 82% da meta traçada para o ajustamento das suas finanças públicas!
Contra esta lógica só contam factos e resultados. Daí que se ouça já o ministro das Finanças dizer que o conjunto de medidas de austeridade antecipadas para este ano se destina a descer o défice de 2010 ainda mais do que o valor já aceite por Bruxelas (8,3%). Com esse fim, e tendo em conta este contexto internacional em frenesim, o apoio anunciado pelos líderes do PS e do PSD às medidas que se revelarem necessárias para ir atingindo as metas traçadas adquire um valor invulgarmente grande. Assim ele se concretize!
in: DN
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