16 de abril de 2010

Salários Chorudos?!


António Mexia e EDP. Dois nomes, dois conceitos, e um objectivo da oposição - Atacar o Governo!

Torna-se agora, extremamente popular atacar o Estado face ao salário auferido pelo gestor desta grande empresa Portuguesa. Torna-se essencial não referir a verdade dos factos, e explicar a razão de tudo isto. O que interessa é dizer que este gestor ganhou 3 milhões de euros em 2009!

Sim, também sou contra, face à actual situação que o país e o mundo atravessam, saber que existem ordenados deste valor. Mas acho que nisso, a grande generalidade da população também o é. Vemos diariamente, criticas bem fundamentas por exemplo, em relação aos ordenados dos futebolistas.

Contudo, resolveu-se pegar com o caso de António Mexia apenas porque - Cumpriu com os objectivos propostos!
Ou seja, desde 2006 estava previsto que o CEO da EDP viesse a ganhar esta quantia se, atingisse os objectivos propostos.

Mas ninguém disse nada! Todos pensaram "à boa maneira Portuguesa(?)", que Mexia não iria conseguir.

O que é certo é que conseguiu atingir os objectivos e ultrapassou-os, sendo até considerado o melhor CEO da Europa. Neste sentido, partilho da opinião do próprio Mexia quando diz que «as pessoas deixaram de estar habituadas a que alguém consiga fazer aquilo com que se comprometeu em termos empresariais».

Outro facto ainda mais importante, que foi mencionado pelo Primeiro-Ministro, é que o Estado NÃO é accionista maioritário na EDP e desse modo não consegue impor a redução dos salários nas assembleias-gerais.

Ainda hoje provou-se isso. O governo socialista propôs o corte dos salários dos gestores na EDP, PT e Zon... e sem sucesso!

A EDP tem cerca de 12 mil funcionários. Como sabemos, os gestores não atingem os objectivos trabalhando sozinhos e dessa forma, o trabalho desenvolvido pelas pessoas que integram os quadros da EDP é extremamente importante.

É urgente, no meu entender, diminuir os valores do vencimento dos gestores e aumentar o salário dos funcionários de base. Mas isto, esbarra mais uma vez no poder que têm os accionistas maioritários da empresa.

Está tudo na mão dos privados! Quer queiramos, quer não!

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