O primeiro-ministro admitiu hoje, em Bruxelas, adiar grandes investimentos públicos como o novo aeroporto e a terceira travessia do Tejo para reduzir o défice este ano para 7,3 por cento (menos do que os 8.3 previstos).
O primeiro-ministro, José Sócrates, anunciou hoje aos restantes líderes da Zona Euro que o Governo português decidiu reduzir a meta do défice para este ano dos 8,3 por cento previstos no Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC) para 7,3 por cento, o que implicará "novas medidas", entre as quais se deverão contar o adiamento de grandes obras públicas.
"Estou a pensar justamente em todos os investimentos que não foram ainda adjudicados, como é o caso, por exemplo, da terceira via, como é o caso do aeroporto, para que os possamos lançar num momento em que a estabilização financeira regresse aos mercados e possa haver maiores garantias de financiamento para que essas obras se possam desenvolver", declarou.
Sócrates garantiu que não mudou de opinião sobre a importância das grandes obras públicas, reafirmando que os investimentos que já estão adjudicados irão prosseguir e apenas serão adiados para uma altura mais oportuna aqueles que ainda não estão contratados.
"Não, não mudei de opinião. Essas obras continuam a ser absolutamente indispensáveis à modernização do país. O que acho é que é razoável esperar que a situação financeira estabilize de forma a poder lançá-las", afirmou.
O primeiro-ministro, que falava no final de uma cimeira de chefes de Estado e de Governo da Zona Euro, revelou que deu conta da decisão de reduzir o défice para 7,3 por cento hoje à tarde ao líder da oposição, o presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, antes de assumir hoje à noite esse compromisso com os restantes líderes dos países da moeda única.
E será com Passos Coelho, enquanto líder do "único partido" da oposição que aprovou o PEC, que Sócrates tenciona ter um "diálogo sereno" para discutir as "novas medidas", para conseguir alcançar a nova meta de 7,3 por cento.
José Sócrates explicou que a medida se insere no quadro da decisão hoje assumida pela Zona Euro de todos os 16 países do espaço monetário único acelerarem as medidas de consolidação orçamental para oferecer mais confiança aos mercados.
Pelo lado de Portugal, revelou, deu conta aos seus colegas da decisão de "descer o défice este ano para além do que tinha sido aprovado no PEC" (8,3 por cento). "Decidimos que essa meta deve ser reduzida. O Governo português decidiu descer o défice este ano para 7,3 e assim aproximar-se-á do que é a média da União Europeia", indicou.
Lembrando que o PSD foi o único partido da oposição a aprovar o PEC, e defendendo que a decisão de descer num ponto percentual suplementar a redução do défice português já este ano "responde aos superiores interesses do país e da Europa", Sócrates disse que tenciona discutir com Passos Coelho as "novas medidas" que necessariamente terão de ser tomadas e "adoptadas no curto prazo".
Relativamente à cimeira de hoje, Sócrates disse que, face à "situação excepcional" e à "crise sistémica" que ameaçam toda a Zona Euro - e não apenas um país individualmente -, os líderes decidiram ainda criar "um mecanismo excepcional comunitário para defender a estabilidade financeira".
O primeiro-ministro adiantou que a Comissão Europeia apresentará a sua proposta para esse mecanismo no próximo domingo, por ocasião do conselho extraordinário de ministros das Finanças da União Europeia, onde será aprovado.
Os líderes reunidos hoje em Bruxelas decidiram ainda "apoiar a acção do Banco Central Europeu" para assegurar a estabilidade da Zona Euro e manifestaram a sua confiança no Banco Central Europeu para que possa desenvolver a sua acção na defesa da estabilidade da moeda única, acrescentou.
O primeiro-ministro, José Sócrates, anunciou hoje aos restantes líderes da Zona Euro que o Governo português decidiu reduzir a meta do défice para este ano dos 8,3 por cento previstos no Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC) para 7,3 por cento, o que implicará "novas medidas", entre as quais se deverão contar o adiamento de grandes obras públicas.
"Estou a pensar justamente em todos os investimentos que não foram ainda adjudicados, como é o caso, por exemplo, da terceira via, como é o caso do aeroporto, para que os possamos lançar num momento em que a estabilização financeira regresse aos mercados e possa haver maiores garantias de financiamento para que essas obras se possam desenvolver", declarou.
Sócrates garantiu que não mudou de opinião sobre a importância das grandes obras públicas, reafirmando que os investimentos que já estão adjudicados irão prosseguir e apenas serão adiados para uma altura mais oportuna aqueles que ainda não estão contratados.
"Não, não mudei de opinião. Essas obras continuam a ser absolutamente indispensáveis à modernização do país. O que acho é que é razoável esperar que a situação financeira estabilize de forma a poder lançá-las", afirmou.
O primeiro-ministro, que falava no final de uma cimeira de chefes de Estado e de Governo da Zona Euro, revelou que deu conta da decisão de reduzir o défice para 7,3 por cento hoje à tarde ao líder da oposição, o presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, antes de assumir hoje à noite esse compromisso com os restantes líderes dos países da moeda única.
E será com Passos Coelho, enquanto líder do "único partido" da oposição que aprovou o PEC, que Sócrates tenciona ter um "diálogo sereno" para discutir as "novas medidas", para conseguir alcançar a nova meta de 7,3 por cento.
José Sócrates explicou que a medida se insere no quadro da decisão hoje assumida pela Zona Euro de todos os 16 países do espaço monetário único acelerarem as medidas de consolidação orçamental para oferecer mais confiança aos mercados.
Pelo lado de Portugal, revelou, deu conta aos seus colegas da decisão de "descer o défice este ano para além do que tinha sido aprovado no PEC" (8,3 por cento). "Decidimos que essa meta deve ser reduzida. O Governo português decidiu descer o défice este ano para 7,3 e assim aproximar-se-á do que é a média da União Europeia", indicou.
Lembrando que o PSD foi o único partido da oposição a aprovar o PEC, e defendendo que a decisão de descer num ponto percentual suplementar a redução do défice português já este ano "responde aos superiores interesses do país e da Europa", Sócrates disse que tenciona discutir com Passos Coelho as "novas medidas" que necessariamente terão de ser tomadas e "adoptadas no curto prazo".
Relativamente à cimeira de hoje, Sócrates disse que, face à "situação excepcional" e à "crise sistémica" que ameaçam toda a Zona Euro - e não apenas um país individualmente -, os líderes decidiram ainda criar "um mecanismo excepcional comunitário para defender a estabilidade financeira".
O primeiro-ministro adiantou que a Comissão Europeia apresentará a sua proposta para esse mecanismo no próximo domingo, por ocasião do conselho extraordinário de ministros das Finanças da União Europeia, onde será aprovado.
Os líderes reunidos hoje em Bruxelas decidiram ainda "apoiar a acção do Banco Central Europeu" para assegurar a estabilidade da Zona Euro e manifestaram a sua confiança no Banco Central Europeu para que possa desenvolver a sua acção na defesa da estabilidade da moeda única, acrescentou.
in: Público
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