2 de janeiro de 2011

NO FIM DE CONTAS…

"Costuma dizer-se que uma mentira muitas vezes repetida transforma-se em verdade. Pelo menos, é essa a convicção da coligação PSD/CDS na Câmara de Lousada, ao insistir na tese, absolutamente despropositada, de que a Câmara se encontra na iminência de rotura financeira, de que possui funcionários a mais, de que não apresenta estratégia para o desenvolvimento do município, de que o futuro do concelho se encontra irremediavelmente comprometido.

Trata-se, afinal, da visão apocalíptica que a oposição desde sempre revelou, de resto coerente com a sua perspectiva derrotista e lamurienta, negativista e de bota-abaixo.

Em primeiro lugar, convém referir que os encargos com a banca atingiram uma soma absoluta a rondar os nove milhões de euros, e nem sequer foram empregados os empréstimos contraídos este ano, rondando 4,4 milhões de euros. Se subtrairmos 1,3 milhões de euros aplicados em amortizações em 2010, estaremos ainda muito longe dos fantasiosos 20 milhões de euros de dívida, que a oposição tão gosta de alardear.

Aliás, a Câmara de Lousada apresenta uma robustez financeira exemplar, bem distante, por isso, do dramatismo de muitas autarquias do país, e com um nível de endividamento que atingiu apenas um quarto da capacidade possível.

Portanto, o que, em qualquer lado, seria motivo de satisfação constitui, para a oposição, à falta de melhor assunto, uma distorção a pretexto de uma estéril guerra política.

Do mesmo modo em relação ao número de funcionários ao serviço da autarquia. O PSD e o CDS insistem que a Câmara emprega mais de mil pessoas. É um número publicitário. Pois já foi repetidamente assumido que, em serviço directamente prestado, a Câmara emite 322 vencimentos.

Não obstante a grave crise do país, das medidas de austeridade muito acentuadas, traduzidas num corte de transferências na ordem dos 1,2 milhões de euros, a Câmara não só tem vindo a honrar os seus compromissos, como, igualmente, tem cumprido o seu Plano de Actividades.

Certamente a coligação PSD/CDS preferiria notar a ausência de trabalhos e de projectos, de obras e de realizações. Porém, como a Câmara tem conseguido compatibilizar a poupança com o investimento, remete-se a um discurso catastrofista e manipulador.

O rigor, a transparência, o equilíbrio, a responsabilidade e sensatez foram sempre as traves-mestras de uma autarquia que, indiferente a eleitoralismos, prossegue serenamente o seu caminho".

in: Verdadeiro Olhar

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