12 de janeiro de 2011

A direita dos interesses desejosa da entrada do FMI em Portugal.

A direita tem uma estratégia e uma agenda escondida – a destruição do estado social – para que os sectores financeiros, que foram o grande responsável pela actual crise mundial, venham a ser os seus principais beneficiários.

Por isso a direita acha que existe Estado a mais e responsabiliza sempre o Estado pela situação a que chegamos, em vez de apontar os seus verdadeiros culpados – os especuladores financeiros internacionais.

E para cumprir esse desígnio, o de acabar com o estado social e servir os interesses económicos, tem que rapidamente e a qualquer custo ir para o governo, mesmo que isso implique a entrada do FMI em Portugal, com as consequências que essa entrada tem de negativo para a soberania nacional, para Portugal e para os Portugueses.

O que vemos hoje, é um Governo patriótico do PS e liderado pelo Engº Sócrates a resistir e a combater a crise, com resultados positivos, cumprindo e superando até os objectivos propostos para 2010, como os resultados apresentados hoje o demonstram, com a despesa acumulada do subsector estado a situar-se em 1,7% abaixo dos 2,5% previstos no OE e a receita a aumentar 5,3%, acima dos 4,3% previsto.

Ao contrario temos uma direita a puxar o País para baixo, desejosa pela entrada do FMI -o cavalo de Tróia dos interesses financeiros internacionais - pedindo permanentemente a sua intervenção em Portugal.

A direita incapaz de governar Portugal numa situação difícil, suspira pela entrada do FMI, para ser seu parceiro na destruição do Estado Social, pondo em causa direitos consolidados dos Portugueses.

Dessa direita irresponsável, que coloca em causa o interesse e o orgulho nacional, faz parte o candidato a Presidente da Republica Cavaco Silva, como se tem visto ao longo desta campanha eleitoral, em que o único objectivo é o de derrubar o Governo legítimo de Portugal.

Nunca se tinha visto numa campanha eleitoral para Presidente da Republica, um candidato fazer uma campanha assente no combate ao Governo como o tem feito Cavaco Silva, aproveitando mesmo algum descontentamento de sectores corporativos da sociedade e alguns poderes fácticos que representam apenas e tão só interesses instalados.

O que Portugal precisa neste momento, o que se exige aos dirigentes e decisores políticos é estabilidade política, um discurso positivo que puxe pelo patriotismo dos Portugueses, e saiba defender o prestígio de Portugal no Mundo, contra uma visão europeia egoísta, mesquinha e xenófoba.

Renato Sampaio

Deputado do PS e Presidente da Federação do PS Porto

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