Contudo, deixo-vos aqui um artigo de Mira Amaral (ex-ministro pelo PSD) datado de Setembro de 2009 no Expresso. Neste artigo Mira Amaral fala das incongruências de Durão Barroso, afirma tal como escrevi anteriormente que o primeiro passo em relação à construção do TGV foi dado pelo PSD e as implicações face ao incumprimento do estipulado com Espanha. No final, Mira Amaral refere uma hipotese para o TGV (que o PS seguiu - adiar e não suspender).
O ex-ministro do PSD revela-se chocado que se possa romper os compromissos assumidos com Espanha.
Intervindo ontem à noite na tertúlia "125 minutos com... Fátima Campos Ferreira", no Casino da Figueira da Foz, Mira Amaral disse que o PSD "como partido que aspira ao Governo, devia-se ter preparado para apresentar alternativas".
"Não vejo é no actual PSD competência técnica nem visão económica para explicar isto", argumentou.
Lembrou, por outro lado, que o actual projecto do TGV é o mesmo, assinado em 2003, pelo governo liderado por Durão Barroso e onde a líder social-democrata, Manuela Ferreira Leite, tinha a pasta das Finanças.
"É nesse sentido que o engenheiro Sócrates chamou a atenção, e bem, no debate [televisivo] com a dra. Manuela Ferreira Leite de que o TGV que ele está a executar é aquele que já vinha decidido do governo PSD/CDS-PP", sustentou.
A esse propósito Mira Amaral lembrou que presidia, na altura, ao gabinete de estudos do PSD que, disse, "fazia política com competência técnica" e chumbou o actual modelo do TGV, revelou.
"O problema é que o dr. Barroso disse em público que não ia haver TGV nem grandes projectos enquanto houvesse pobres em Portugal. Chegou ao Governo, deve ter acabado com os pobres porque passou a haver TGV e outras coisas", ironizou.
Apesar das críticas ao actual modelo de alta velocidade - contestou, entre outros aspectos, a ligação entre Lisboa e Porto - Mira Amaral revelou-se chocado que Portugal "possa rasgar" os compromissos assumidos com Espanha "de um dia para o outro".
"O que nós podemos explicar à União Europeia é que podemos ter dificuldades em executá-lo com a rapidez e celeridade que tínhamos pensado", defendeu." in: Expresso
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