3 de março de 2010

Fim do jornal de Moura Guedes “não foi motivado pelas críticas” de Sócrates


A suspensão do Jornal de sexta apresentado pela jornalista Manuela Moura Guedes “não foi decidida pela administração da Prisa” e não foi motivada “pelas críticas do primeiro-ministro”. A garantia foi hoje dada pelo administrador da Media capital, Bernardo Bairrão, durante a sua audição na comissão de Ética, onde defendeu que “de forma alguma se tentou condicionar o conteúdo” desse formato durante a sua emissão.

“Nunca recebi nenhum contacto de membros do governo ou de alguma força política sobre este tema. Nunca esse tema foi levantado nas reuniões do conselho de administração da TVI”, sublinhou Bairrão, argumentando que, apesar de não se rever nas críticas de José Sócrates, a suspensão do Jornal “já estava a ser debatida há vários meses”.

Na base da decisão de suspender o noticiário esteve, segundo Bairrão, “ a necessidade de uniformizar o noticiário” com a restante linha informativa da estação. E, também, as críticas da Entidade Reguladora para a Comunicação Social àquele formato. “As críticas eram sobretudo em relação ao estilo e não ao conteúdo. E a administração da TVI não foi insensível a isso”, explicou o administrador.

Relativamente ao autor da decisão, Bairrão assegura que “não é verdade que a decisão tenha sido tomada pela Prisa”. “A decisão foi tomada pelo conselho de administração da Média Capital, onde têm assento três representantes da Prisa. E a decisão foi tomada depois de ouvir a administração da TVI”, disse.

"Não foi uma decisão propriamente pacífica. Foi amplamente discutida e só foi tomada na primeira quinta-feira de Setembro [na véspera do regresso que estava agendado para o programa]", disse.

in: Jornal i

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